• Por Casa e Jardim Online
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O melhor cômodo para compartilhar momentos com os amigos ou a família é a sala de jantar. Seja para uma reunião com a turma, para um jantar romântico ou para um almoço sozinho, é importante decorar bem o ambiente, para que a refeição se transforme em uma experiência. Por isso, se você está de mudança ou quer renovar a decoração desta área, é preciso ter em mente alguns critérios na hora de escolher mesa, cadeiras e iluminação.

Para não ter erro, a designer de interiores Giseli Koraicho, da Infinity Spaces, e a arquiteta Patrícia Penna, do escritório Patrícia Penna Arquitetura, revelam dicas valiosas que utilizam ao idealizar seus projetos. Veja a seguir:

1. Espaço para mesa e cadeiras

SALA DE JANTAR | A pedido dos moradores, as cadeiras de Jader Almeida foram restauradas, pois são especiais para eles. Mesa de jantar da Dpot. Pendente da Sergon Prime (Foto: Luiz Franco/Divulgação)

O projeto das arquitetas Suellen Figueiredo e Renata Westphal para a sala de jantar deste apartamento de 180 m², em São Paulo, dedicou um bom espaço para a circulação ao redor da mesa. A pedido dos moradores, as cadeiras assinadas por Jader Almeida foram restauradas, pois são especiais para eles (Foto: Luiz Franco/Divulgação)

Todo mundo sabe que a estrela da sala é a mesa de jantar. Por isso, o primeiro passo é tirar as medidas do cômodo para definir o tamanho certo para o móvel. Isso será importante para dimensionar a mesa, lembrando também de levar em consideração o espaço para a circulação ao seu redor.

Segundo Giseli, a medida ideal entre a mesa e a parede ou outros móveis é de um metro. “Esse parâmetro se justifica, pois o conforto da sala de jantar também está na possibilidade de circular sem esbarrões e com comodidade. Nada de cadeira esbarrando na parede ou no aparador”, afirma.

A escolha da mesa também deve ser determinada pelo número de assentos disponíveis. A recomendação é considerar, no mínimo, dois lugares a mais que o total de integrantes da família, podendo variar se os moradores tiverem o costume de receber mais convidados. De acordo com a designer de interiores, o cálculo para cada cadeira deve seguir a regra: cada ocupante da mesa deve ter um espaço entre 60 cm e 70 cm de largura.

2. Modelos de mesa

SALA DE JANTAR | Mesa desenhada pelo Studio 92 Arquitetura em serralheria e madeira Nogal Sevilha da Berneck, executada por Forchela Serralheria e Tavares Decoração. Cadeiras Tok&Stok. Pendente Arquitetura da Luz. Na porta, arte do estúdio Lanó Art (Foto: Mariana Orsi)

O formato de mesa mais adequado vai variar de acordo com o espaço e o número de assentos. A mesa quadrada cria uma atmosfera mais íntima, como neste projeto do Studio 92 Arquitetura de um loft de 30 m² em São Paulo (Foto: Mariana Orsi/ Divulgação)

Os principais modelos de mesa são retangular, quadrado, oval e redondo, e a decisão deve ser feita de acordo com o layout do cômodo e o número de pessoas que pretende contemplar. Uma mesa retangular, por exemplo, é o formato mais indicado para um ambiente comprido e estreito. A mesa oval também é adequada para essa disposição, mas tem a vantagem de proporcionar flexibilidade na hora de acomodar um assento extra.

Já o modelo redondo é indicado para ambientes pequenos e com layout quadrado, já que sua maleabilidade permite acomodar mais posições. “Vale lembrar que uma mesa redonda muito grande dificulta o acesso aos alimentos e acaba afastando as pessoas”, reforça Giseli. Por fim, o formato quadrado pode se adequar de acordo com o tamanho dos ambientes, sendo uma excelente opção para aproximar em qualquer caso.

Também é importante analisar os pés da mesa, já que os modelos com apoio central permitem um conforto geral aos usuários. Segundo Patrícia, os pés centralizados não devem avançar tanto para as bordas, pois eles podem ser incômodos e fazer com que as pessoas fiquem batendo os pés no apoio.

3. Materiais indicados

SALA DE JANTAR | O projeto de Greisse Panazzolo valoriza o design brasileiro, como a luminária Ninho do designer André Ferri, na Boobam. Repare nos elementos naturais: cestos, peças de cerâmica e plantas  (Foto: Marcelo Donadussi/Divulgação)

O projeto da arquiteta Greisse Panazzolo para este apê de 200 m² em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, traz na sala de jantar uma bela mesa de madeira natural, que dá um tom mais quente e aconchegante para o cômodo (Foto: Marcelo Donadussi/Divulgação)

Os materiais mais utilizados para o tampo da mesa são madeira, pedras – naturais ou sintéticas – e o vidro. A escolha deve seguir, além da estética e do gosto pessoal, os critérios de uso, levando em conta a frequência que o móvel será utilizado.

Tampos em vidro podem ficar marcados com um simples toque das mãos, exigindo uma limpeza maior, enquanto a pedra pode incomodar pelo toque frio e a madeira, embora proporcione uma sensação mais agradável, pode sofrer avarias com mais facilidade. “O material mais indicado deve ser pensado dentro do contexto de utilização e avaliação desses aspectos”, explica a arquiteta.

4. Como combinar cadeiras com a mesa

Apartamento de Leandro Segala, na Avenida Paulista (Foto: Lufe Gomes / Editora Globo)

O arquiteto Leandro Segala optou por combinar modelos diferentes modelos de cadeiras com uma mesa com tampo de vidro para a sala de jantar de seu apartamento de 110 m² na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Lufe Gomes / Editora Globo)

Na hora de combinar as cadeiras com a estrela da sala, é preciso considerar a altura da mesa e o espaço que haverá no ambiente. “Ambientes menores pedem cadeiras mais ‘sequinhas’ e sem braço, enquanto espaços maiores permitem investir em modelos mais robustos, com espaldar mais alto e braços”, comenta Patrícia.

Para quem quer inovar e trazer um toque contemporâneo ao cômodo, a dica é usar diferentes modelos de cadeira na mesma composição. “Trabalhar um mix de cadeiras é um excelente caminho. Para ficar mais descolado e divertido, também podemos fazer uso dos bancos”, diz a designer Giseli. Outra sugestão é o canto alemão (termo usado para definir o aproveitamento das quinas com bancos), que é acolhedor e moderno, além de economizar espaço e acomodar mais pessoas.

5. Iluminação certa

Neste projeto do arquiteto Vitor Penha, a combinação de tubulação aparente, eletrodutos e holofotes cria uma luz cênica, com pontos de destaque e nuances de sombra. Sobre a bancada, dois pendentes. Na área da pia, Vitor optou pela luz fluorescente, que nã (Foto: Marcelo Magnani/Divulgação)

Neste projeto do arquiteto Vitor Penha, a combinação de tubulação aparente, eletrodutos e holofotes cria uma luz cênica, com pontos de destaque e nuances de sombra. Sobre a bancada, dois pendentes (Foto: Marcelo Magnani/Divulgação)

Para finalizar, a iluminação tem o potencial de impactar diretamente a atmosfera do ambiente, podendo ser mais íntima ou convidativa. Uma das opções que funciona bem são os lustres, que conseguem iluminar o ambiente por completo. Você também pode optar pelos pendentes, que apresentam um ar mais despojado. Mas, se prefere não arriscar, a recomendação é usar os plafons, peças fixas por completo no teto.