• Por Lara Muniz
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O capixaba de Vitória Paulo Mendes da Rocha completaria 93 anos no dia 25 de outubro (Foto: arquivo.arq.br / Reprodução)

O capixaba de Vitória Paulo Mendes da Rocha completaria 93 anos no dia 25 de outubro (Foto: arquivo.arq.br / Reprodução)

1. Os prêmios mais importantes da arquitetura mundial estão na sua estante
Em 2006, prestes a completar 78 anos de idade, ele conquistou o Pritzker, a maior honraria para um profissional da construção. Mas a galeria não para aí. A Bienal de Arquitetura de Veneza deu a ele o Leão de Ouro pelo conjunto se sua obra. Tem mais: entregue pelo príncipe japonês, ele também recebeu o 28º Prêmio Imperial do Japão. Da Europa, veio a Medalha de Ouro do Riba - acrônimo para The Royal Institute of British Architects. O que a gente tem a dizer sobre isso? Ele mereceu cada um deles.

2. Seu design é objeto de desejo
Em 1957, antes mesmo de completar 30 anos de idade, ele comandava seu primeiro grande projeto de arquitetura, a construção do Clube Atlético Paulistano. Ao longo desse processo, ele desenhou uma cadeira leve, com traço fluido, cuja estrutura de aço pode ser finalizada com lona ou couro. A cadeira Paulistano, como ficou conhecida, rendeu a ele, em 1986, o troféu do Museu da Casa Brasileira em seu ano de estreia (mais um prêmio importante pra conta do capixaba!). Desde 2009, a peça integra o acervo fixo do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA.

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3. Ele leva a política a sério
Em 1961, já com bons projetos no currículo, PMR estreia como professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Atento ao papel social do arquiteto, suas discussões sobre o tema ultrapassam as fronteiras do Butantã e ele tem os direitos políticos cassados pela ditadura militar, sendo proibido de dar aulas ainda em 1969. Só volta ao ofício em 1980 (ao lado do amigo, parceiro e incentivador Vilanova Artigas, que passou pelo mesmo processo). Hoje é um dos participantes do grupo “ArquitetXs pela Democracia”, que tem um canal no Youtube e perfil no Instagram.

4. Para ele, Brasília foi um erro
Em distintas ocasiões, Paulo Mendes da Rocha já se declarou contrário à construção da cidade em formato de avião. Segundo o arquiteto, o projeto é um tropeço histórico que não tem nada a ver com a obra criativa de Oscar Niemeyer, além de ser um erro estratégico tomar da cidade do Rio de Janeiro o status de capital federal.

5. Todos amam a Pinacoteca
Seu projeto mais querido é um dos museus mais visitados do Brasil, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Jardim da Luz, em São Paulo. O projeto original de Ramos de Azevedo e Dominizano Rossi foi reformado por ele entre 1993 e 1995 e, desde então, se tornou uma das instituições artísticas mais visitadas do Brasil. Ah! E rendeu a ele o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina em 2001 - mais uma láurea para a conta.