• Por Diego Revollo
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A transformação dos banheiros é o tema da coluna de estreia de Diego Revollo (Foto Divulgação)

Foi com alegria que recebi o convite de Casa e Jardim para mensalmente estar aqui com vocês dividindo minhas impressões sobre o universo de decoração e tendências. Sou arquiteto e minha história com Casa e Jardim é antiga. Foi aqui que eu publiquei meu primeiro projeto (10 anos atrás) quando eu nem tinha meu escritório e por essa razão sempre tive um carinho especial pela revista e por todos da equipe que conheci ao longo desses anos.

Não me defino como um seguidor de tendências, principalmente nessa área, pois acredito que uma casa deve ser duradoura já que não podemos renová-la a cada ano ou estação como a moda. Mas admito que trabalhando na área seja fácil farejar e sentir as novidades que chegam e principalmente entender o que deve ser descartado. Nesse sentido pretendo aqui mostrar a minha percepção daquilo que aposto, que acredito e que tem vida longa; ou seja, minhas escolhas.

No escritório, recentemente, projetamos uma série de banheiros para dois clientes e, como todo arquiteto, quando projetamos tentamos sempre surpreender e trazer algo novo ou aquilo que acreditamos que está por vir. Por essa razão nessa primeira coluna resolvi falar um pouco sobre banheiros: minhas apostas e aquilo que considero que não volta mais.

Os banheiros estão passando por uma grande transformação desde o ano passado. Sinto que, como no final dos anos 90, quando eles tiveram uma grande virada em termos visuais estamos passando por um momento semelhante agora e vejo que eles estão e virão cada vez mais charmosos e decorativos. Nesse sentido vale destacar alguns itens e dizer o que muda.

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1. Revestimentos. Se até então a aposta era apenas um revestimento de um só padrão, cor única e com visual uniforme que resultavam em espaços com estética “clean” e quase que minimalista, agora vemos um retorno do revestimento decorativo em suas mais variadas formas. A mistura de revestimentos diferentes no mesmo banheiro é já realidade. É como se trabalhássemos com composições de padrões e cores da mesma forma que fazemos com tecidos em decoração. Se a composição é harmônica vale tudo.

2. Metais e louças. A ditadura das louças brancas e metais cromados realmente está com os dias contados. As louças voltam a ser decorativas: além do desenho, agora escolhemos cores e acabamentos. O raciocínio é o mesmo para os metais.  A novidade é possível, pois a indústria – atenta a essa tendência – investiu pesado e hoje os tons de metais são quase uma cartela de mais de cinco cores e diversos acabamentos.

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3. Espelhos. Se no fim dos anos 1990 projetávamos banheiros com espelhos inteiros e sempre o maior tamanho possível, agora seguimos o sentido oposto. Eles voltam a ser pequenos ter formatos variados e principalmente se apresentam com molduras decorativas. É novamente o raciocínio de trabalhar com um espelho decorativo dentro de um banheiro e não apenas com uma peça funcional. Fique atento, pois você vai começar a reparar e gostar de muitos espelhos com desenho e extremamente charmosos.

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4. Iluminação. A iluminação que era também extremamente funcional e pensada apenas nesse sentido volta a ser decorativa. As arandelas retornam triunfantes em modelos com desenho atual e usadas ora em par ao lado dos espelhos, ora apenas de forma unitária assimétrica; mas sempre em destaque. Esqueça aqueles modelos neutros “de banheiro” e prepare-se para peças com personalidade e desenho marcante.

5. Boxes. Ainda reluto em abraçar essa tendência dos boxes, mas o fato é que eles estão mais vintages e até com ares industriais uma vez que os vidros se apresentam encaixilhados e, na sua maioria, com perfis de ferro na cor preta fosca. A minha ressalva é se, apesar de charmosos e decorativos, terão a mesma durabilidade das ferragens cromadas ou em inox já que estão permanentemente expostas à água.

diego-revollo (Foto: C.Fares)

(Foto C.Fares)

Fico por aqui, até o próximo mês!

Diego Revollo
@diegorevollo