• Por Caterina Poli
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Venho percebendo, há pelo menos uns cinco anos, que o mercado de paisagismo tem crescido muito no Brasil. Quando comecei nos anos 1990, era algo restrito a camadas realmente muito altas da sociedade, tinha que ser multimilionário para contratar um paisagista. E também havia poucos profissionais no mercado, em São Paulo talvez uns 20 mais conhecidos.


Ao longo desses quase 30 anos que tenho trabalhado na área, desde o meu primeiro estágio (agora entreguei minha idade), percebi uma gigantesca melhora na conscientização do cliente e uma maior valorização da nossa profissão. E também percebi que tem aparecido ótimos profissionais novos na área, trazendo um frescor e ideias novas ao nosso ramo de atividade. A melhor parte desse crescimento, e da valorização do paisagismo, é que agora a classe média pode ter acesso aos serviços de um paisagista, seja por um projeto, seja por meio de uma consultoria, seja por uma visita técnica. O mito de que paisagismo é algo supercaro está caindo por terra – literalmente!

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É claro que não é baratinho, mas já dá para sair da lista de desejos e se materializar no seu lar. Para quem não pode pagar uma execução de jardim, ao menos pode contratar um projeto, e para quem não pode pagar um projeto, uma visita técnica ou uma consultoria já pode ajudar, e muito!

Também caminhamos para um mundo onde a geração mais jovem está curtindo cuidar de plantas, montar seu próprio jardim, sua horta caseira, em busca de bem-estar e como terapia antiestresse. Até nas escolas primárias tem aulas práticas de plantio no currículo, coisa impensável na minha época (entreguei a idade de novo!).

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Quem sabe a gente um dia atinja o nível da Inglaterra, onde o hobby predileto da maioria população é “gardening”, onde cerca de 40% da população pratica algum tipo de jardinagem e onde os números do mercado só crescem!

Enquanto isso, vamos plantando, projetando, sonhando e pensando em tornar o paisagismo acessível a mais pessoas. Quando me perguntam o que fazer para ser paisagista digo: estude arquitetura ou agronomia, faça cursos, pesquise em viveiros, estagie em escritórios, se profissionalize ao máximo, porque o mercado está crescendo, mas ficando cada vez mais exigente. O glamour é só na foto, tem que ralar e trabalhar muito, mas dá para ser muito feliz! Vamos?

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Caterina Poli (Foto: Editora Globo)

Catê Poli
@cate_poli_paisagismo  


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