• por Bianca Alves
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O consumo do alho pode estar relacionado à prevenção de doenças cognitivas (Foto: Organic Facts/ Reprodução)

Apesar de saudável, o alho não protege contra a doença, alerta a OMS (Foto: Organic Facts/ Reprodução)

Junto a novos diagnósticos do coronavírus, ao redor do mundo, notícias começam a se espalhar envolvendo desde modos de cura a formas de contágio. Porém, estes rumores nem sempre são verdade. Pensando nisso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) investigou dez mitos sobre a doença para alertar a população. Confira e entenda.

1. Secadores de mão matam o vírus
Pode parecer loucura, mas um mito que se espalhou foi o de que, se você colocar as mãos molhadas debaixo de um secador por 30 segundos, o vírus seria expulso e morto, impedindo o contágio. A OMS aponta que não há nenhum indício de que isso possa acontecer e afirma que, para se proteger, é necessário lavar as mãos frequentemente com água e sabonete ou higenizá-las com produtos feitos à base de álcool. Após a lavagem, é recomendado secar com papel ou com um secador de ar morno.

2. Lâmpadas ultravioleta esterilizam a pele
Emitir raios ultravioleta na pele mais atrapalha do que ajuda, uma vez que pode causar irritação. Além disso, exagerar nessa exposição também pode acarretar danos às células do DNA, especialmente se a radiação vem do sol, o que pode até causar câncer a longo prazo.

3. Comer alho ajuda a proteger contra o vírus
Apesar de ser um alimento saudável e com propriedades antimicrobianas, o alho não protege contra coronavírus. O mito surgiu depois de uma publicação de 2019, que rodou por todas as redes sociais, dizendo que tomar água fervida com alho pode curar a doença. Desde então, algumas plataformas já bloquearam o post, como o Facebook.

Relacionado a esse mito, muitos dizem que fazer bochecos com enxaguantes bocais à base de alho ajuda a proteger contra o vírus, o que não é verdade. A OMS aponta que esse tipo de produto pode até eliminar alguns micróbios da saliva, mas o efeito é de apenas alguns minutos.

4. Óleo de gergilim ajuda a bloquear o coronavírus de entrar no corpo
Outro alimento que pode ser aliado da saúde, mas não faz milagre quanto à proteção contra a doença. Muitos, inclusive, chegaram a dizer que aplicar o ingrediente sobre a pele ajudaria a bloquear a entrada do vírus. Segundo a OMS, a máxima é falsa, porque a transmissão ocorre quando uma pessoa infectada espirra e as micropartículas liberadas vão parar na boca ou no nariz do indivíduo ao lado. Dessa forma, proteger a pele não tem nenhuma ação quanto à contaminação.

5. Passar álcool gel pelo corpo protege contra o vírus ou cura a doença
Apesar de a limpeza das mãos ser muito importante, a proteção da pele, em geral, não afeta na contaminação da doença. Para os que já estão infectados, também não adianta utilizar produtos à base de álcool na pele. Segundo o órgão, ainda não está claro se uma pessoa pode ser contaminada ao tocar um objeto que possui o vírus e depois tocar a boca, o nariz ou os olhos. Nesse caso, é importante manter a faxina em dia.

6. Termômetros detectam pessoas infectadas
Apesar de estarem sendo usados para detectar pessoas contaminadas em aeroportos e estações de trem, eles nem sempre são totalmente assertivos, uma vez que a pessoa pode apenas estar com uma gripe normal. Além disso, segundo a OMS, pode levar de dois a dez dias para que a pessoa contaminada apresente a febre como sintoma. Inclusive, em alguns casos, esse dado aumenta para 14 dias.

7. Cartas e embalagens vindas da China carregam o vírus
Se você recebeu algum produto de origem chinesa pelo correio, não há porque se preocupar. Segundo o órgão da saúde, a substância não sobrevive por muito tempo em objetos, especialmente em viagens de longa distância.

8. Pets também pegam coronavírus
Apesar do boom da doença ter sido transmitido de animais para humanos, o caminho reverso não acontece com os pets e não há evidências de que possa acontecer. A OMS recomenda lavar bem as mãos depois do contato com os bichinhos, já que isso pode prevenir o contágio de outros vírus e bactérias.

9. Vacinas para pneumonia protegem contra o coronavírus
Já existem pesquisas que buscam por uma vacina eficaz contra a epidemia, porém ainda não há nenhum produto no mercado capaz de bloquear o vírus. Não há data prevista para que esse tipo de medicamento profilático seja liberado.

10. Soro fisiológico ajuda a proteger
É importante lavar as vias aéreas com soro fisiológico para o bem do sistema respiratório, mas não há evidências de que isso protege contra a doença.