• Por Marilena Dêgelo
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Gustavo Penna (Foto: Casa e Jardim)

Gustavo Penna (Foto: Casa e Jardim)

Seu avô era poeta e seu pai, engenheiro civil. Gustavo Penna, 60 anos, escolheu ser arquiteto para dar formas tridimensionais às palavras. “Fiz apaixonadamente essa opção”, afirma. Quando ele tinha cinco anos, seu pai saiu de Belo Horizonte para trabalhar na construção de Brasília com Lucio Costa e Oscar Niemeyer. “Até hoje eles são minhas grandes referências”, diz. Formado em 1973 pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde lecionou por três décadas, Penna estagiou no setor de Patrimônio Histórico, coordenado por Costa. “Lá comeceiame interessar pela arquitetura colonial brasileira”, conta. Em 1974, montou seu escritório no casarão centenário de seus avôs, no centro de BH. No local inspirador, ele comanda uma equipe de 30 profissionais na criação de casas e espaços públicos com olhar sensível sobre nossas heranças barroca e modernista.

Design eleito. Luminária Falkland, 1964, com círculos de alumínio e malha, do milanês Bruno Munari para Danese (Foto: Casa e Jardim)

Design eleito. Luminária Falkland,
1964, com círculos de alumínio e
malha, do milanês Bruno Munari
para Danese (Foto: Casa e Jardim)

• “O essencial em uma construção é o silêncio das formas: a leveza, o acolhimento e o enquadramento da paisagem.”
• “O que mais me inspira é a música de Tom Jobim ou dos amigos do Clube da Esquina.”
• “Quando a arquitetura é derivada da poesia, os espaços ficam mais humanos.”
• “Ao projetar casas, gosto de trabalhar com a dimensão do encontro das pessoas.”
• “A matéria-prima do arquiteto é a compreensão do outro. A casa que permite reinterpretações de quem a usa sobrevive ao tempo.”
• “Na arquitetura, a sustentabilidade equivale à honestidade. É o mínimo que se espera dela.”
• “Os acabamentos são os adjetivos. O fundamental são os substantivos: piso, paredes, teto e janelas olhando para o lugar certo.”
• “Lina Bo Bardi dizia: deve-se trabalhar com o que se tem na mão. Economizo nos meios, mas não na sensibilidade.”
• “A casa é pequena na quantidade de materiais. O que a torna grande é a maneira como se abre para a natureza.” 

A luz, o vento e a paisagem entram fartamente nas casas projetadas pelo arquiteto. A do alto, à esq., no Morumbi, capital paulista, tem abertura zenital. Acima, a de Nova Lima, Minas Gerais, exibe formas e materiais que se integram com a natureza (Foto: Casa e Jardim)

A luz, o vento e a paisagem entram fartamente nas casas projetadas pelo arquiteto. A do alto, à esq., no Morumbi, capital paulista, tem abertura zenital. Acima, a de Nova Lima, Minas Gerais, exibe formas e materiais que se integram com a natureza (Foto: Casa e Jardim)

 (Foto: Casa e Jardim)

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