• Texto Stéphanie Durante | Repórter de imagem Simone Monteiro | Fotos Edu Castello
  • Texto Stéphanie Durante | Repórter de imagem Simone Monteiro | Fotos Edu Castello
Atualizado em
  (Foto: Edu Castello)

Fachada: o tijolo aparente e a madeira estão muito presentes na construção de estilo modernista. Para equilibrar a fachada de linhas retas, o arquiteto desenhou janelas de madeira ao lado das portas de correr do quarto do casal. Repare que é possível observar as plantas crescendo sobre a laje. Na foto à dir., fachada dos fundos: o living é voltado para o quintal, com jardim projetado pelo paisagista Rodrigo Oliveira. A laje que avança na frente em balanço protege as portas-balcão com venezianas tipo camarão das chuvas e da vegetação que cresce na cobertura. (Foto: Edu Castello)

Rede na varanda, ambientes integrados, um jardim amplo, muita madeira e tijolos aparentes. Estes foram os principais pedidos dos proprietários desta casa de 289 m² no bairro do Butantã, em São Paulo, que faziam questão de um lar com clima de interior. “Já tínhamos uma ideia bem definida do que queríamos a decoração de casa quando compramos o terreno, então fomos atrás de alguém que tivesse essa linguagem”, conta a moradora. A escolha do profissional, o arquiteto Carlos Verna, aconteceu logo em seguida. “Eles viram trabalhos que eu fiz e acabaram se identificando. Gosto de misturar o rural com a decoração industrial e de trabalhar com os materiais utilizados projeto que têm uma identidade muito forte com o nosso passado”, diz Carlos.

  (Foto: Edu Castello)

Living: a porta de entrada, situada no corredor lateral, foi comprada em um galpão de materiais de demolição. Para garantir a boa luminosidade, as portas de correr são envidraçadas e ocupam a altura do pé-direito do imóvel. Almofadas e mesas laterais, da Atelier Fernando Jaeger. Vasos, da LS Selection. A cadeira de balanço Thonet, na ponta próxima ao terraço, é herança de família. (Foto: Edu Castello)

O projeto de construção seguiu as formas e os princípios da arquitetura modernista. Para dar mais destaque à natureza do entorno, o living é voltado para o quintal e, com isso, a entrada da casa foi posicionada em um dos corredores laterais. “A área de serviço e o escritório com sala de TV ficam na parte da frente, próximos à garagem, e a cozinha e o living estão logo atrás, em contato com o jardim”, explica o arquiteto. As janelas com vãos grandes e as portas de correr envidraçadas, projetadas pelo profissional, garantem a entrada de bastante luz natural e priorizam a vista do verde. “A combinação dos ambientes integrados e dos janelões deixou a casa muito agradável e aconchegante. Mesmo estando na sala, posso ver as crianças no jardim”, conta a moradora, mãe de três meninas. Elas dormem em um espaçoso quarto no pavimento superior, próximo à sala multiuso e à suíte do casal. “Eles me pediram para fazer um cômodo grande, no qual elas pudessem dormir juntas. Ao mesmo tempo, queriam que ele fosse projetado de maneira a ser facilmente dividido no futuro”, afirma Carlos.

  (Foto: Edu Castello)

Sala de jantar: integrada à cozinha por porta de correr, a sala de jantar possui mesa, da Casa Antigua, com cadeiras, da Depósito Santa Fé. Vasos, da Tok & Stok. Cristaleira, comprada em um antiquário na cidade de Porto Feliz, interior paulista. Sobre ela, bowl, da LS Selection. (Foto: Edu Castello)

A sustentabilidade esteve sempre presente nas reuniões para definição do projeto e, por isso, adquiriu um papel muito importante na obra. Além de instalar placas de aquecimento solar e reservatório para captar parte da água da chuva, o arquiteto criou também um “teto jardim”. “Depois da impermeabilização especial, colocamos diversas floreiras sobre a laje para criar um tapete verde. Também plantamos uma faixa de vegetação próxima ao guarda-corpo para que, com o tempo, caia uma “cabeleira” da cobertura da casa”, explica ele. Além do efeito estético, a solução contribui para o conforto térmico no interior do imóvel. O terraço na laje é acessado pela claraboia de policarbonato retrátil, que fica logo acima de uma escada de três lances. “Um dos lados da claraboia é fixo e o outro desliza por baixo dela. É um jeito prático de chegar à cobertura e leva ainda mais iluminação natural para dentro da casa”, afirma o arquiteto.

  (Foto: Edu Castello)

Cozinha: o ladrilho hidráulico, da Ladrilhos Artesanais, reveste todo o piso da cozinha e a ilha central, construída em alvenaria. O móvel branco, à esq., foi comprado em Embu das Artes.Objetos, da Marcenaria Trancoso. (Foto: Edu Castello)

  (Foto: Edu Castello)

Quarto do casal: janelas, venezianas e portas de correr, todas de cumaru, projetadas pelo arquiteto Carlos Verna e executadas pela Mie Marcenaria. Para proteger a casa de insetos foram instaladas telas. Roupa de cama, da Mundo do Enxoval. Luminária de cabeceira, da L’Oeil. (Foto: Edu Castello)

  (Foto: Edu Castello)

Escada: com estrutura leve, de aço e madeira, a escada de três lances começa no térreo e termina na cobertura da casa. Na foto à dir., na cobertura da casa, a grama está plantada em diversas floreiras, dispostas lado a lado por toda a laje. Para isso, foi necessária uma impermeabilização específica no local. Embaixo das placas de energia solar ficam a caixa d’água e um reservatório que capta a água da chuva. (Foto: Edu Castello)

  (Foto: Edu Castello)

Claraboia: para trazer mais luminosidade, o arquiteto instalou na laje uma cobertura de policarbonato retrátil sobre o vão da escada. Deslizando-a para um dos lados, abre-se o acesso ao “teto jardim”. (Foto: Edu Castello)