• por Redação Casa e Jardim
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Cartaz da exposição do artivista Mundano é inspirado no convite à Semana de Arte Moderna de 1922  (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Cartaz da exposição do artivista Mundano é inspirado no convite à Semana de Arte Moderna de 1922 (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Resíduos de crimes ambientais, como o rompimento da barragem de lama em Brumadinho, queimadas na Amazônia e no Pantanal e o derramamento de óleo em águas do Nordeste, passam a compor as obras que o artista Mundano reuniu na exposição Semana de Arte Mundana. Com abertura prevista para este sábado (12), a mostra foi organizada na galeria Kogan Amaro e pode ser visitada gratuitamente até 26 de março.

Inspirado no cartaz da Semana de Arte Moderna de 22, que completa seu centenário este ano, o convite para a abertura da mostra já dá o tom do que o público verá. Promover reflexão sobre questões ambientais e a função da arte no combate às emergências climáticas é um dos principais objetivos de Mundano, que se denomina um artivista (junção entre artista e ativista).

Obra “Arara Brigadista”, que compõe a exposição Semana de Arte Mundana  (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Obra “Arara Brigadista”, que compõe a exposição Semana de Arte Mundana (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Para ele, é hora de abandonar o modernismo e enxergar a arte como ferramenta para encarar os inúmeros desafios contemporâneos. “O que proponho nessa exposição artivista, no ano em que comemoramos os 200 anos da independência do Brasil, em um contexto de retrocesso socioambiental, de negacionismos descomunais, de absurdos diários que evidenciam nosso racismo estrutural, é uma ruptura”, justifica Mundano. “Basta de modernismo e viva o Artivismo!”, propõe o expositor.

Tela “Evolução”, uma das presentes na Semana de Arte Mundana  (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Tela “Evolução”, uma das presentes na Semana de Arte Mundana (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Na galeria, cerca de 50 obras com diversas referências a clássicos da arte moderna estão reunidas em um ambiente transformado em curral, cercado por madeira, com uma porteira aberta e coberto por grama sintética, que simula um pasto. Com curadoria de Enivo e Denilson Baniwa, a exposição possui ainda poesias sonoras selecionadas por Mel Duarte.

Tela “Isolamento social sempre existiu”, que tem como referência o quadro “Quarto em Arles”, de Vincent van Gogh  (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

Tela “Isolamento social sempre existiu”, que tem como referência o quadro “Quarto em Arles”, de Vincent van Gogh (Foto: Galeria Kogan Amaro / Divulgação)

A visitação da mostra é gratuita e deve ser feita mediante agendamento pelo site da galeria. Até o dia 26 de março, o público poderá visitar a exposição de segunda a sexta, das 11h às 19h, e aos sábados, das 11h às 15h. No dia da abertura, o horário vai até às 17h.