• Por Mayara Zago com Julyana Oliveira
Atualizado em
O açúcar está mascarado em diversos alimentos como cerais, pães e sucos (Foto: Getty Images/ Reprodução)

O açúcar está mascarado em diversos alimentos como cerais, pães e sucos (Foto: Getty Images/ Reprodução)

A compulsão alimentar caracteriza-se como a falta de controle ao modo e ao que se come. O indivíduo se alimenta sem fome e, geralmente, em curtos espaços de tempo, sendo acompanhado da angústia e da falta de controle na forma de comer. De acordo com a psicóloga Monica Machado ao se falar de comida é importante não deixar de lado o estado emocional da pessoa, já que ambos estão diretamente ligados. 

+LEIA MAIS | CONFIRA 6 ALIMENTOS QUE NÃO SÃO RECOMENDADOS DURANTE O PERÍODO MENSTRUAL

Além disso, a alimentação desregrada e dietas mal elaboradas são alguns dos fatores que podem desencadeá-la, assim como também o culto a magreza inacessível; muitas horas em jejum e a troca frequente de alimentos saudáveis por industrializados e com gorduras ruins.
Os sintomas mais frequentes, segundo a nutricionista Mariana Possapp  do Espaço Médico Brasil,  são: comer sem fome; sentir-se satisfeito e continuar comendo; comer até passar mal; comer rápido demais sem mastigar a comida e se alimentar escondido. “Normalmente, o que leva a compulsão alimentar são indivíduos com quadro de ansiedade, depressão, problemas emocionais e estresse. A dificuldade da perda de peso também pode levar alguns indivíduos a desenvolverem este transtorno, por se frustrarem inúmeras vezes”, lembra Mariana.

O açúcar é um componente que agrava esse quadro, segundo a nutricionista ortomolecular Ana Paula Santos, do Clube da Dieta, por que estimula a taxa do aminoácido triptofano que entra no cérebro e promove um aumento no nível de serotonina, ou seja, na sensação de prazer e bem-estar atrelado ao alimento e, consequentemente, ao ato de comer. Para que esse quadro possa ser revertido é preciso começar com uma reeducação alimentar e comportamental. “Antes de comer, pergunte-se se está realmente com fome”, explica a nutricionista.

+LEIA MAIS | TRATAMENTO ORTOMOLECULAR: SAIBA COMO FUNCIONA E QUAIS SÃO SEUS BENEFÍCIOS

 Ana Paula Santo indica que a ingestão de probióticos, como kefir, kombucha e suplementos de lactobacilos ou de alimentos ricos em triptofano, como aveia, banana, tofu, feijão, chocolate amargo e peixe são recomendados na dieta para esse tipo de tratamento.

+LEIA MAIS | ENTENDA O METABOLISMO E APRENDA COMO ACELERÁ-LO

Nesses casos, apoio de familiares e amigos próximos é de extrema importância e, antes de qualquer mudança, seja ela na alimentação ou no comportamento psicológico, é preciso procurar um profissional da saúde (nutricionista, endócrino ou nutrólogo) com o acompanhamento de um médico psiquiatra ou psicólogo. “É importante enfatizar que a compulsão alimentar não descarta a falta de apetite, em muitos casos ela se inicia pelo não comer e a pessoa se vê saudável sem saber que este ato também pode levar a graves consequências, como subnutrição ou anemia”, finaliza a psicóloga Mônica.