1) O documento discute o declínio do petróleo como principal fonte de energia devido à necessidade de um sistema energético sustentável para evitar mudanças climáticas catastróficas e pela insuficiência da oferta de petróleo para atender à demanda mundial.
2) Nos próximos anos, combustíveis fósseis como petróleo e gás natural continuarão dominando a matriz energética mundial, respondendo por cerca de 80% da oferta de energia.
3) Embora as fontes renováveis cresçam
O documento discute os impactos ambientais do derramamento de petróleo, a importância econômica do petróleo e seus muitos derivados. Explora como o derramamento de petróleo é difícil de conter devido a falhas humanas e equipamentos, e causa danos significativos à vida marinha e costeira.
O documento discute recursos naturais não renováveis como petróleo, carvão mineral e gás natural. Explica que esses recursos vêm de decomposição de seres vivos enterrados há milhões de anos. Também menciona recursos renováveis como hidrelétricas e fontes alternativas de energia.
Gás de xisto no brasil e no mundo crime ambiental hediondoRoberto Rabat Chame
1) A ANP realizou uma licitação para a exploração de gás de xisto no Brasil, apesar dos riscos ambientais.
2) A exploração do gás de xisto usa fracking, que pode contaminar lençóis freáticos e já causou problemas nos EUA.
3) Muitos países rejeitam ou baniram o fracking devido aos riscos ambientais.
Gás de xisto no brasil e no mundo crime ambiental hediondoFernando Alcoforado
1) A ANP realizou uma licitação para a exploração de gás de xisto no Brasil, apesar dos riscos ambientais envolvidos e recomendações contrárias.
2) A exploração de gás de xisto usa fracking, que pode contaminar lençóis freáticos e já causou problemas nos EUA.
3) Muitos países baniram ou suspenderam a exploração de gás de xisto devido aos riscos ambientais, mas o Brasil continua ignorando esses riscos.
Trabalho prático #3 gom (henrique santana 74278)Sydney Dias
O documento descreve o derramamento de óleo no Golfo do México em 2010, que ocorreu após uma explosão na plataforma Deepwater Horizon. Detalha os impactos ambientais significativos no Golfo do México e nas costas americanas, assim como os custos financeiros bilionários para a BP. Além disso, discute as possíveis causas do acidente e as medidas de contenção e impactos no setor de petróleo.
O documento apresenta trechos de uma reportagem sobre a dependência do mundo em relação ao petróleo e as alternativas energéticas em desenvolvimento. Os textos de apoio indicam que embora o petróleo ainda seja amplamente utilizado, as fontes renováveis como solar, eólica e biomassa já atendem 18% da demanda e seu uso está crescendo. O Brasil se destaca por seu maior uso de fontes renováveis como biomassa e hidrelétrica em comparação ao mundo.
Produção e consumo dos combustíveis fosseisProfessor
O documento discute a produção e consumo de combustíveis fósseis no mundo e no Brasil, especificamente carvão mineral, petróleo e gás natural. Aborda os principais países produtores destes combustíveis, suas reservas, usos e impactos ambientais. No Brasil, destaca a produção de carvão no Sul, petróleo na Bacia de Campos e investimentos em infraestrutura para gás natural.
Sustentabilidade, Ecologia e O Petróleo no BrasilAlfredo Moreira
O documento discute o Protocolo de Kyoto, um tratado internacional que tem como objetivo fazer com que países desenvolvidos assumam compromissos de reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Explica que o Protocolo estabeleceu metas de redução de emissões até 2012 e mecanismos como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Também discute as Conferências da ONU sobre o clima e a prorrogação do Protocolo até 2020 na COP-18.
Economia e meio ambiente apa do pratigiRoque Fraga
1) O documento discute as relações entre economia e meio ambiente, explicando como o sistema econômico tradicional via o meio ambiente apenas como fornecedor de recursos, ignorando os impactos ambientais da produção e do consumo.
2) Apresenta os conceitos de biocapacidade e pegada ecológica para medir a capacidade dos ecossistemas de suportar as atividades humanas versus o consumo da população.
3) Argumenta que uma economia verde que valorize o capital natural pode crescer mais rapidamente a longo
O documento discute o conceito de desenvolvimento sustentável e seus subtemas. Ele explica que o desenvolvimento sustentável envolve o uso controlado de recursos para não prejudicar gerações futuras, e aborda a relação entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade do planeta, além de medidas para assegurar a sustentabilidade.
Como defender o meio ambiente dos impactos provocados pelos setores produtivo...Fernando Alcoforado
1) O documento discute os impactos ambientais causados pelos setores produtivos, infraestrutura e cidades e como mitigá-los. 2) Principais impactos incluem erosão, poluição, emissão de gases do efeito estufa pela agropecuária, indústria e transporte. 3) Sugere substituir combustíveis fósseis e adotar fontes renováveis para reduzir emissões e minimizar mudanças climáticas.
I. O documento discute diferentes fontes de energia utilizadas em diferentes países de acordo com suas características geográficas, como marés no Japão, vulcanismo na Islândia, rios na França e ventos na Alemanha.
II. Aborda questões sobre petróleo, como sua localização em bacias sedimentares no Brasil e uso em indústrias químicas.
III. Discutem países com potencial hidrelétrico e uso de fontes renováveis versus nuclear.
O documento discute recursos naturais e energia. Ele define recursos naturais, distingue entre recursos renováveis e não renováveis, e classifica os principais tipos de recursos. O documento também examina os principais países produtores e consumidores de recursos energéticos como carvão, petróleo e gás natural, e discute as vantagens e desvantagens do uso de recursos renováveis e não renováveis.
Este documento discute os recursos não renováveis de carvão, petróleo e gás natural. Explica que o carvão é formado por plantas enterradas e é altamente poluente quando queimado. O petróleo é um combustível finito extraído do subsolo e usado principalmente como combustível para veículos. O gás natural varia em composição, é encontrado no subsolo associado a depósitos de petróleo e é um importante substituto do petróleo. Finalmente, discute como a atividade humana polui o meio amb
O documento analisa o potencial do etanol como um novo combustível universal e faz projeções sobre o consumo doméstico e exportação de etanol brasileiro de 2006 a 2011. Apresenta a metodologia de cálculo das projeções, que inclui estimar a frota de veículos e demanda de combustível no Brasil e extrapolar volumes de exportação baseado no comportamento recente. O objetivo é auxiliar na formulação de políticas que garantam o fornecimento de etanol e a expansão deste combustível renovável mundialmente.
O documento discute recursos naturais e energéticos. Ele define recursos naturais e distingue entre renováveis e não renováveis. Explora os principais tipos de recursos energéticos, suas vantagens e desvantagens, e fornece mapas mostrando a produção e consumo global de carvão, petróleo e gás natural. Também discute energia nuclear, hidrelétrica e eólica, concluindo que um desenvolvimento sustentável requer o uso de energias renováveis.
O documento discute a formação, história, exploração e transporte de gás natural. Aborda a origem orgânica do gás, sua descoberta no Irã e China antigos, e uso na Europa e Brasil. Detalha os métodos de extração, processamento e transporte por gasodutos terrestres e submarinos, assim como liquefação para transporte.
O documento descreve a formação do petróleo a partir de matéria orgânica enterrada por milhões de anos, suas propriedades e usos diversos em produtos como plásticos, combustíveis e fertilizantes. Também discute o papel do petróleo como principal fonte de energia mundial e as alternativas renováveis necessárias devido aos seus limites e impactos ambientais.
O documento discute a origem, composição e aplicações do petróleo e gás natural. Explica que o petróleo provavelmente se formou a partir de restos orgânicos enterrados que sofreram transformações químicas ao longo de milhões de anos, enquanto o gás natural se formou da degradação anaeróbica de matéria orgânica. Ambos são combustíveis fósseis compostos principalmente de hidrocarbonetos e usados em diversas aplicações como combustível e matéria-prima para produtos quí
1) O petróleo tem sido a principal fonte de energia desde a Revolução Industrial, mas suas reservas estão diminuindo e o pico de produção mundial ocorreu por volta de 2010.
2) A Petrobras está em crise devido à ingerência política, corrupção e endividamento, tendo perdido 60% de seu valor de mercado.
3) A exploração do pré-sal no Brasil está em risco devido à queda nos preços do petróleo e à situação da Petrobras.
Impactos da revolução energética dos estados unidos sobre a indústria de petr...Fernando Alcoforado
Este documento discute o impacto da revolução do gás de xisto nos Estados Unidos na indústria de petróleo, geopolítica, meio ambiente e fontes renováveis de energia. A produção americana de gás de xisto aumentou drasticamente nos últimos 10 anos e pode reduzir a dependência do país do petróleo importado. Isso terá grandes consequências geopolíticas e poderá pressionar os preços globais do petróleo para baixo, afetando países dependentes das exportações de petróleo. No entanto, a extração
O documento discute as fontes de energia no Brasil, incluindo petróleo, gás natural, carvão, etanol e energias renováveis como solar e hidrelétrica. Detalha a história da exploração e uso de petróleo no Brasil desde o século 19, assim como o desenvolvimento da Petrobras e a descoberta do pré-sal. Também aborda os impactos ambientais do carvão e o potencial do gás natural e etanol. Por fim, descreve as tecnologias e impactos da energia solar e hidrelétrica.
O documento discute o que é petróleo, sua formação e classificações. Ele também aborda os impactos socioambientais da exploração e uso de petróleo, incluindo danos ao meio ambiente por vazamentos, riscos à saúde humana, e disputas geopolíticas em torno dos recursos. Finalmente, apresenta imagens ilustrativas sobre a exploração e extração de petróleo.
O documento discute a origem e classificação do petróleo, bem como seus impactos sociais, ambientais e econômicos. O petróleo é formado por restos orgânicos que sofreram transformações químicas ao longo de milhares de anos e é classificado de acordo com sua composição química. Seu uso generalizado trouxe benefícios à sociedade moderna, mas também causou problemas ambientais como vazamentos e poluição, além de riscos à saúde humana e disputas geopolíticas em torno de sua exploração
O documento discute as principais fontes de energia utilizadas atualmente e ao longo da história, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Também aborda outras fontes como energia nuclear, hidrelétrica e as relações entre energia e meio ambiente. O documento analisa a evolução do uso dessas fontes, seus impactos e desafios relacionados a cada uma delas.
O documento discute as fontes de energia renováveis e não renováveis, sua produção e distribuição no Brasil e no mundo. Aborda a evolução histórica da matriz energética internacional e a interdependência entre o progresso industrial e as fontes de energia utilizadas. Também analisa a questão energética no Brasil e as principais fontes renováveis e não renováveis utilizadas no país, como hidrelétrica, biomassa e petróleo.
Recursos energéticos, energia, energia renovável, energia não renovável, petróleo, carvão, diversidade energética, desenvolvimento sustentável.
Recursos energéticos brasileiros.
O documento discute as principais fontes de energia no mundo. A energia é essencial para a economia e geopolítica de qualquer país, e países buscam autossuficiência energética e baixos custos para não depender das oscilações de preço. Existem fontes renováveis e não renováveis, sendo as principais fontes não renováveis o petróleo, gás natural e carvão mineral, enquanto as principais fontes renováveis são a hidrelétrica, eólica e solar.
O documento discute as principais fontes de energia mundiais e os desafios da crise energética global. Aborda a dependência dos combustíveis fósseis, a importância da OPEP no mercado de petróleo e as descobertas de petróleo no pré-sal brasileiro. Também analisa fontes renováveis como eólica e solar e não renováveis como carvão, gás natural e nuclear.
O documento discute as fontes de energia renováveis e não renováveis, e como a demanda crescente por energia é um dos principais desafios das sociedades contemporâneas. Ele também aborda a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e como o Brasil pode se juntar a ela devido às descobertas de petróleo no pré-sal.
O documento discute o petróleo como uma fonte de energia, incluindo sua formação, onde é encontrado, derivados, uso histórico como energia, principais produtores e importadores, OPEP e variações de preço. O petróleo é um líquido inflamável formado da decomposição de matéria orgânica e encontrado em reservas sob a terra ou no fundo do mar. Arábia Saudita, EUA e Rússia são os maiores produtores, enquanto China, EUA e Índia são os maiores importadores
1) O petróleo é um combustível fóssil formado a partir de restos de vida aquática que se acumularam no fundo dos oceanos primitivos e foram transformados em jazidas de petróleo sob pressão e tempo.
2) A importância geopolítica do petróleo levou países produtores a formar a OPEP para controlar a produção e preços, e consumidores como EUA intervieram militarmente em crises para garantir o acesso ao recurso.
3) Recentes descobertas de petróleo no pré
1) O petróleo é um combustível fóssil formado a partir de restos de vida aquática que se acumularam no fundo dos oceanos primitivos e foram transformados em jazidas de petróleo pelo tempo e pressão dos sedimentos.
2) A importância geopolítica do petróleo levou países produtores a formar a OPEP para controlar a produção e preços, e consumidores como os EUA intervieram militarmente em regiões produtoras.
3) No Brasil, o pré-sal aumentou as reservas e a produção
O documento discute as principais fontes de energia no Brasil, incluindo petróleo, gás natural, biocombustíveis, hidrelétrica e energia eólica. O petróleo ainda domina a matriz energética global e no Brasil, apesar dos esforços para desenvolver fontes renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis poluentes. As descobertas do pré-sal podem aumentar significativamente as reservas de petróleo do país.
O documento discute as principais fontes de energia química no cotidiano, incluindo petróleo, gás natural, carvão, madeira, biomassa e energia nuclear. Detalha os processos de extração, refino e usos do petróleo, assim como os impactos ambientais dos combustíveis fósseis.
O petróleo forma-se a partir de restos orgânicos enterrados por milhares de anos, possui composição de carbono e hidrogênio, e é usado para gerar gasolina e diversos outros derivados importantes. Os maiores produtores mundiais estão localizados no Oriente Médio. No Brasil, a exploração começou no século XIX mas só foi descoberto petróleo na Bahia em 1939, e a Petrobras foi criada em 1954 para monopolizar a exploração nacional.
O documento descreve as principais fontes de energia, classificando-as em tradicionais, modernas e alternativas. Detalha as fontes modernas como carvão mineral, petróleo e gás natural, abordando sua formação, distribuição mundial e problemas ambientais. Também discute energia nuclear, hidrelétrica e alternativas como solar, eólica e das marés.
1) O petróleo está sendo negociado abaixo de US$ 50 o barril, o preço mais baixo em cerca de 6 anos, devido ao aumento da produção nos EUA e demanda menor na Europa e Ásia.
2) Países produtores como Venezuela, Arábia Saudita e Rússia estão perdendo receita, enquanto países consumidores como China, Índia e Japão estão lucrando com os preços mais baixos.
3) O Brasil descobriu grandes reservas de petróleo na camada pré-
1) A história do uso da energia pela humanidade, desde o domínio do fogo até a Revolução Industrial e a era dos combustíveis fósseis.
2) Os principais desafios atuais relacionados à dependência de combustíveis fósseis e ao aquecimento global, e as alternativas de energia renovável e sustentável.
3) A necessidade de uma transição para um sistema energético baseado majoritariamente em fontes renováveis até 2030 para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
Semelhante a O ocaso do petroleo como fonte de energia (20)
O documento discute 3 tópicos principais:
1) Apresenta um novo livro escrito por José Ysnaldo Alves Paulo sobre juristas históricos de Alagoas.
2) Comenta as sábias orientações do Padre Cícero Romão Batista no século 20 sobre preservação ambiental e uso sustentável da terra no sertão.
3) Transcreve trechos de uma palestra de Osho sobre a importância de se abrir e assumir responsabilidade por si mesmo durante o processo de crescimento pessoal.
O documento relata um caso em que um médico do serviço de emergência SAMU teria abandonado seu plantão sem justificativa. No entanto, revela-se que o médico precisou atender seu filho que passou mal e voltou a atender pacientes logo em seguida, como mostram os registros. O texto defende o médico e critica a divulgação distorcida do caso, apontando problemas estruturais no SAMU.
A Federação Espírita do Estado da Bahia coordena grupos espíritas na região norte do estado, com sede em Juazeiro. O documento parece ser um comunicado oficial de uma organização espírita que atua no norte da Bahia.
O documento repete várias vezes o nome de três organizações: Grande Oriente do Brasil, Grande Oriente Estadual da Bahia e Poderosa Assembléia Estadual Legislativa.
Getúlio Vargas encontra um soldado chamado Jesus durante uma conversa noturna. O soldado demonstra conhecimentos bíblicos e acredita no destino, dizendo a Vargas que todos têm sua hora de descanso. Vargas fica impressionado com a sabedoria do jovem soldado.
O documento descreve um dia especial para um soldado chamado número 666. Ele estava de guarda à noite na casa onde Getúlio Vargas estava hospedado durante uma viagem de campanha eleitoral. Vargas aparece fumando um charuto na varanda e convida o soldado para uma conversa.
O documento critica dirigentes sindicais que sabotaram greves contra reformas trabalhistas do governo Temer. A nova lei reduz direitos e proteções trabalhistas de forma drástica. Apesar das traições, os trabalhadores continuarão lutando por seus direitos contra as políticas que apenas beneficiam bancos e grandes empresas.
O documento discute diversos temas como:
1) A importância das matas ciliares para a proteção dos recursos hídricos e a necessidade de sua conservação;
2) Exemplos bem-sucedidos de conservação de matas ciliares no Brasil e no exterior;
3) A relação entre a falta de matas ciliares e a crise hídrica no sistema Cantareira em São Paulo.
O documento discute a decadência da cacauicultura na Bahia, com um comentário de Tourinho sobre como a CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) falhou em desenvolver um projeto sociológico para apoiar os produtores de cacau e dar-lhes liderança autêntica. Também discute como a sociologia era vista como uma ciência "comunista" na época e como isso impediu abordagens mais holísticas.
O documento discute a queda da Bahia como maior produtor de cacau no Brasil, com o Pará ultrapassando a produção baiana. Isso foi previsto há 16 anos em um artigo do autor que alertava para os riscos da vassoura-de-bruxa e da falta de apoio aos produtores, levando ao abandono das lavouras. Defende um plano nacional para recuperar a cacauicultura com foco também na Amazônia.
O documento apresenta três histórias curtas. A primeira fala sobre uma discussão entre uma agulha e um novelo de linha sobre seus respectivos papéis na costura. A segunda descreve músicas que emocionam o autor. A terceira é um breve texto de despedida falando sobre separações.
A diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus esclarece que uma paciente deu entrada na maternidade com laudo de ultrassom mostrando gestação gemelar, mas no parto por cesariana, nasceu apenas um bebê, contrariando o laudo. Os fatos foram registrados no prontuário médico e a paciente foi informada sobre o nascimento de apenas um recém-nascido.
Um relatório mostrou uma queda na criminalidade na área da 37aCIPM em Salvador, apesar dos desafios continuarem. A intervenção policial precisa ser aperfeiçoada para reduzir o número de mortes durante operações e de policiais mortos no serviço.
O documento apresenta três artigos de um jornal virtual chamado AgriSsêNior Notícias. O primeiro artigo discute como lidar com as baixas temperaturas no Rio de Janeiro e apresenta um bar todo feito de gelo. O segundo fala sobre um especialista em cachaça chamado Marcelo Câmara. O terceiro debate a influência dos celulares, especialmente em jovens, e argumenta que eles podem se tornar uma droga.
Governador da bahia lanca programa bahia produtiva na ceplacRoberto Rabat Chame
O governador da Bahia anunciou R$ 13 milhões para projetos de agricultura familiar através do programa "Bahia Produtiva" em parceria com a CEPLAC, envolvendo cultivo de cacau, piscicultura e chocolate. O Superintendente da CEPLAC solicitou ainda R$ 15 milhões para projetos de tecnologia agrícola e o projeto GIGASUL de fibra óptica para a região sul da Bahia.
O documento discute o abandono do patrimônio histórico da cidade de Ilhéus, como o Obelisco em homenagem ao 2 de Julho, que está sujo e cheio de lixo. Também fala sobre a importância das comemorações anteriores do 2 de Julho e a necessidade de preservação desses locais e monumentos históricos pela prefeitura e organizações da sociedade civil. Inclui um resumo sobre a independência da Bahia em 1823.
Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
O ocaso do petroleo como fonte de energia
1. 1
O OCASO DO PETRÓLEO COMO FONTE DE ENERGIA
Fernando Alcoforado1
Abstract- This article aims to demonstrate the decline of oil as the main source of energy in the world
which should take place by the need to deploy globally sustainable energy system to promote the drastic
reduction in the emission of greenhouse gases in the atmosphere in order to avoid catastrophic climate
change overall, the failure of the oil supply to meet world demand and competition of a replacement
product, the shale gas. After the twilight of oil will enter a new era with the widespread use of renewable
energy sources (hydro, solar, wind, hydrogen, tidal, etc.).
Resumo- Este artigo tem por objetivo demonstrar o ocaso do petróleo como principal fonte de energia do
mundo que deverá ocorrer pela necessidade de implantar globalmente um sistema sustentável de energia
para promover a redução drástica da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera visando evitar a
mudança climática catastrófica global, pela insuficiência da oferta de petróleo para atender à demanda
mundial e pela concorrência de um produto substituto, o shale gas. Após o ocaso do petróleo entraremos
em uma nova era com o uso generalizado das energias renováveis (hidráulica, solar, eólica, hidrogênio,
maremotriz, entre outras).
Keywords: The oil in the global energy matrix. Oil and catastrophic climate change. The use of oil in a
sustainable energy system. The substitutes of oil and derivatives. The shale gas as oil fuel substitute.
Sustainable energy system.
Palavras-chave: O petróleo na matriz energética mundial. O petróleo e mudança climática catastrófica.
O uso do petróleo em um sistema sustentável de energia. Os substitutos do petróleo e seus derivados. O
shale gas como combustível substituto do petróleo. Sistema sustentável de energia.
1. O declínio irreversível da oferta de petróleo em todo o mundo
Há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém, a mais aceita é que ele
surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e
mares sofrendo transformações químicas ao longo de milhares de anos. O petróleo é
uma substância inflamável que possui estado físico oleoso e com densidade menor do
que a água. A primeira descoberta de petróleo, com repercussão comercial, ocorreu nos
Estados Unidos em 1858. O petróleo mudou a história do mundo e o estilo de vida nas
sociedades. Os países que possuem maior número de poços de petróleo estão
localizados no Oriente Médio, e, por sua vez, são os maiores exportadores mundiais. Os
Estados Unidos, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Venezuela, Kuwait, Líbia,
1
Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.
2. 2
Iraque, Nigéria e Canadá, Cazaquistão, China e Emirados Árabes Unidos são
considerados os maiores produtores mundiais.
Além de gerar a gasolina, que serve de combustível para grande parte dos automóveis
que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo,
a parafina, gás natural, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene,
solventes, óleo combustível, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.
No final do século XIX, com a invenção do automóvel com motor de combustão
interna, o petróleo passou a ser uma das principais fontes de energia do mundo. Os
recursos energéticos têm gerado disputas geopolíticas desde a primeira Revolução
Industrial. Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-industrial e,
consequentemente, o crescimento populacional, houve o aumento exponencial da demanda
energética.
O principal recurso da matriz energética desde a Segunda Revolução Industrial é o petróleo
seguido do carvão e do gás natural. Apesar dos investimentos realizados em fontes
alternativas de energia – solar, eólica, geotérmica, mantêm-se os combustíveis fósseis como
a principal forma de obtenção de energia em nível mundial. Por se tratar de um produto
com alto risco de contaminação, o petróleo provoca graves danos ao meio ambiente pelo
fato de emitir gases do efeito estufa e afetar o meio ambiente quando entra em contato
com as águas de oceanos e mares ou com a superfície do solo. Vários acidentes
ambientais envolvendo vazamento de petróleo (seja de plataformas ou navios
cargueiros) já ocorreram nas últimas décadas. Quando ocorre no oceano, as
consequências ambientais são drásticas, pois afeta os ecossistemas litorâneos,
provocando grande quantidade de mortes entre peixes e outros animais marítimos.
A industrialização no decurso do século XX está marcada pela ascensão do petróleo
como a mais importante fonte de energia primária, e dos seus derivados como os mais
essenciais combustíveis para os transportes e a produção termoelétrica (gasolina, óleo
diesel, óleo combustível e querosene) e essenciais matérias-primas para as
petroquímicas (as "naftas", os BTX e vários elementos químicos). Porém, acumula-se a
evidência de que a capacidade de produção de petróleo "convencional" está a atingir os
seus limites. O petróleo convencional é aquele de que o mundo afluente vem utilizando
desde o princípio do século XX e que na década de 1960 ultrapassou o carvão como
principal fonte de energia. O petróleo convencional é de extração relativamente
acessível e econômica como é o caso das jazidas gigantes da Arábia Saudita a um preço
da ordem de 1 ou 2 dólar por barril. A fração de hidrocarbonetos líquidos que
acompanha a extração de gás natural pode ser contabilizada e adicionada á produção de
petróleo convencional. Esta fonte de hidrocarbonetos que aumentará até 2050, em
resultado de a produção de gás natural exceder nesse período a de petróleo, atenuando o
declínio da produção de petróleo convencional, não adiará perceptivelmente o tempo de
ocorrência do "pico" de produção de hidrocarbonetos líquidos.
Situação mais problemática ainda é a dos xistos betuminosos (shale gas). Os recursos
de petróleo não convencional são comparáveis com os de petróleo convencional, mas a
fração convertível em reservas exploráveis ascende, nas hipóteses otimistas, a não mais
que 20% desses recursos e a custos técnicos, econômicos e ambientais substancialmente
mais elevados do que os custos do petróleo convencional. O ritmo de descoberta de
novas jazidas de petróleo tem diminuído e as grandes jazidas vão escasseando. À escala
global, o ritmo de consumo já ultrapassou e vem excedendo, desde 1981 as descobertas
3. 3
de novas províncias petrolíferas. O pico das descobertas à escala mundial ocorreu em
1964. Como o ritmo das descobertas deixou de compensar o ritmo de consumo, o
balanço é negativo, e as reservas restantes têm diminuído persistentemente. O
"crescimento de reservas", ou seja, a reavaliação em alta das reservas das províncias
petrolíferas já conhecidas tem decrescido também, e será no futuro mais reduzido do
que no passado. Depois de um século de prospecção em todo o mundo, e de
aperfeiçoamentos científicos e tecnológicos na geofísica e na engenharia do petróleo,
sabe-se hoje virtualmente quase tudo sobre essa matéria, e particularmente sabe-se que
recursos existem e quais os seus limites.
A região do Golfo Pérsico detém a maior fração das reservas de petróleo existentes. A
OPEP, que assegura atualmente uma fração próxima de 40% do comércio mundial, terá
um peso crescente nesse abastecimento e na formação do preço. A Rússia e a bacia do
Cáspio detêm 15% das reservas mundiais de petróleo convencional. A Rússia mais a
bacia do Cáspio forneceram em 2001 11% da produção mundial de petróleo
convencional. Essa produção poderá aumentar ainda 50%, durante os próximos anos,
podendo contribuir então com 15% da produção mundial. Quanto à Europa Ocidental, a
província petrolífera do Mar do Norte já ultrapassou a sua produção máxima e entrou
em declínio. Descoberta essa província em 1969, a taxa de descoberta atingiu o seu
máximo em 1974 e a taxa de produção o seu apogeu em 2000.
A Europa terá agora de importar uma crescente quota de petróleo num mercado mundial
incerto. Quanto ao gás natural do Mar do Norte, ele assegura agora 50% do gás natural
consumido na União Europeia. Descoberto em 1965, atingiu o máximo de descoberta
em 1979 a sua produção atingiu o apogeu em 2005, para entrar depois em declínio
também. A Europa depende já, e crescentemente no futuro, do aprovisionamento de gás
natural proveniente do Norte de África e da Rússia. A Noruega dispõe ainda de recursos
adicionais de hidrocarbonetos no Ártico, particularmente gás natural que permitirá
manter e mesmo acrescentar a sua capacidade produtiva, o que atenuará, mas não
substituirá a pressão para as importações de fora da Europa Ocidental. Prevê-se que a
produção mundial de petróleo convencional iniciará então um declínio irreversível que
terá enorme repercussão em todo o mundo. À luz do conhecimento atual, na base dos
atuais dados relativos a reservas e a recursos, descobertos e ainda previsivelmente por
descobrir, a produção mundial deve ter atingido o seu ponto máximo por volta de 2010.
2. O petróleo na matriz energética mundial
A demanda por energia no mundo irá aumentar 35% no período entre 2010 e 2040.
Esta demanda será impulsionado pelo crescimento populacional que deverá atingir
aproximadamente 9 bilhões em 2040 (atualmente a população mundial corresponde a 7
bilhões de habitantes) e pela duplicação da economia global levando em conta a taxa de
crescimento anual de cerca de 3% em grande parte do mundo em desenvolvimento (Ver
o artigo Matriz energética continua em evolução no website
<http://ate2050.blogspot.com.br/2014/03/demanda-por-energia-no-mundo-
crescera.html>). Se as projeções se confirmarem para 2030, os combustíveis fósseis
terão uma participação de 80% na matriz energética mundial caindo apenas 2% em
relação a 2010 (Ver o artigo de Luiz Costamilan sob o título Futuro da Energia no
Mundo disponível no website
<www.ibp.org.br/services/.../FileDownload.EZTSvc.asp?...2848>).
4. 4
O artigo acima citado Matriz energética continua em evolução mostra também que o
gás natural será a fonte de energia que mais crescerá no mundo. A demanda global de
gás natural deverá aumentar cerca de 65% entre 2010 e 2040. Pelas projeções, o gás
natural deverá ultrapassar, em 2025, o carvão como a segunda maior fonte de energia,
sendo superado apenas pelo petróleo. Este artigo mostra ainda que em torno de 65% do
crescimento no fornecimento do gás natural deverá ser proveniente de fontes não
convencionais, como o shale WW, que serão responsáveis por um terço da produção
mundial em 2040. Os Estados Unidos irão liderar a produção de gás não convencional,
sendo responsável por mais da metade da expansão entre 2010 e 2040. Segundo a
pesquisa, a demanda por petróleo irá crescer aproximadamente 25% no período
analisado.
Combustíveis líquidos como gasolina, óleo diesel e combustível de aviação
permanecerão como a principal escolha energética para a maioria dos transportes por
oferecerem uma combinação única de acessibilidade, disponibilidade, portabilidade e
alta densidade de energia. A energia nuclear também poderá ter crescimento sólido,
conduzido pela região da Ásia-Pacífico, onde se espera que a produção passe de 3%, em
2010, para quase 9%, em 2040. Fontes de energia renováveis, incluindo as tradicionais
como biomassa, hidráulica e geotérmica, bem como a eólica, solar e de biocombustíveis
crescerão aproximadamente 60%. Energia eólica, solar e de biocombustíveis
provavelmente irão compor cerca de 4% do suprimento de energia em 2040, superando
o 1% registrado em 2010.
Estudo recente da International Atomic Energy Agency concluiu que, por volta do ano
2030, o mundo estará fazendo uso de 88,5% a mais de energia em relação à registrada
em 1990 e que a maior parte dela será fornecida pelo carvão, pelo petróleo e pelo gás
natural (Ver a publicação World Energy Demand and Supply do IAEA- International
Atomic Energy Agency no website
< WW.iaea.org/nuclearenergy/.../04_Rogner_World>). Este é o cenário energético de
referência para os próximos 15 anos, se a atual matriz energética mundial for mantida.
Este é, portanto, o cenário que se descortina para o futuro do planeta se for mantido o
modelo de desenvolvimento atual da sociedade baseado no excessivo consumo de
combustíveis fósseis.
3. O petróleo e mudança climática catastrófica
No mundo, petróleo e carvão, sobretudo o petróleo, são responsáveis por 77% das
emissões de dióxido de carbono na atmosfera contribuindo decisivamente para o
aquecimento global do planeta que, se prognostica, poderá levar o planeta a um cenário
climático catastrófico a partir das próximas décadas. O uso de combustíveis fósseis na
agricultura e na pecuária, na indústria, nos transportes, residências e no comércio e na
produção de energia nas usinas termelétricas são os principais vilões do efeito estufa,
além do desmatamento. Se for mantido o ritmo de incremento atual das emissões de
gases-estufa, a temperatura média do planeta deverá se elevar dos atuais 15 graus
Centígrados para 16,5 graus, na melhor das hipóteses, e 19,5 graus na pior das hipóteses
no ano 2025. No ano 2100, a temperatura média global atingirá 18 graus Centígrados,
na melhor das hipóteses, e 29 graus Centígrados na pior das hipóteses. O valor mais
provável para a temperatura média global até o final do século 21 seria de 19 graus
Centígrados (Revista Veja On-line, Aquecimento Global.
<http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/aquecimento_global/ > e LARARA, Dakir.
Aquecimento Global e Mudanças Climáticas. Curso de Geografia ULBRA – Canoas,
<http://www.educacional.com.br>).
5. 5
Devido ao efeito estufa, é provável que ocorra redução da precipitação atmosférica, do
fluxo dos rios e dos lençóis freáticos em 50% ou mais que podem até mesmo secar
comprometendo o abastecimento de água das populações e a irrigação na agricultura.
Outras áreas ficarão alagadas pelo excesso de precipitações. O nível dos mares deverá
se elevar que pode resultar na submersão de ilhas e cidades litorâneas. Poderá haver o
derretimento das camadas de gelo depositadas nas calotas polares e nos cumes das
grandes cordilheiras. No ano 2050, o nível dos mares poderá se elevar a 1,17 metros, no
ano 2075 a 2,12 metros e no ano 2100 a 3,45 metros. Um número maior de furacões
arremeteria com o aumento da temperatura global (ALCOFORADO, Fernando.
Aquecimento Global e Catástrofe Planetária, P&A Gráfica e Editora, Salvador: 2010).
A Agência Internacional de Energia (AIE) advertiu que "o mundo se encaminhará para
um futuro energético insustentável" se os governos não adotarem "medidas urgentes"
para otimizar os recursos energéticos disponíveis (Ver o artigo AIE: mundo se
encaminha para futuro energético insustentável publicado no website
<http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/11/aie-diz-que-mundo-se-encaminha-para-
futuro-energetico-insustentavel.html>). Para a AIE, até 2035 seria necessário
investimento mundial de US$ 38 trilhões em infraestrutura energética - dois terços em
estados fora da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE) - para atender a crescente demanda, 90% para abastecer os países emergentes
como China e Índia.
Para racionalizar o uso dos recursos energéticos disponíveis no planeta, é preciso
implantar um sistema de energia sustentável em escala planetária que contribua para a
redução do consumo de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão. Com o
sistema de energia sustentável, é muito possível que o gás natural passe a ser, entre os
combustíveis fósseis, o recurso energético predominante no futuro. A energia nuclear
não será uma fonte importante de energia em um sistema energético realmente
sustentável. Isto se deve, em grande medida, aos acidentes de Three Mile Island nos
Estados Unidos, Tchernobil na ex- União Soviética e Fukushima no Japão. Um sistema
de energia sustentável somente será possível se a eficiência energética for muito
aperfeiçoada.
4. O uso do petróleo em um sistema sustentável de energia
Para se implantar um sistema de energia sustentável no futuro, é essencial quadruplicar
a produção mundial de energia renovável. Isso requererá o uso da biomassa e da energia
hidroelétrica, especialmente em países de grande potencial, como é o caso do Brasil.
Exigirá, também, que a energia solar, eólica e geotérmica faça parte do “mix”
energético do mundo. As tecnologias já se acham à disposição para dar início a essa
transição histórica de energias que só ocorrerá com mudanças fundamentais na política
energética na grande maioria dos países.
Para realizar essas mudanças, o primeiro passo consiste em redirecionar um grande
número de políticas governamentais de modo que se destinem a realizar os objetivos
centrais da eficiência energética e da redução do uso de combustíveis fósseis. Por
exemplo: recompensar a aquisição de veículos automotores eficientes e a fabricação de
carros elétricos, encorajar alternativas de transporte de massa de alta capacidade em
substituição ao automóvel, reestruturar as indústrias de energia e elevar os impostos
sobre o consumo de combustíveis fósseis.
6. 6
Em um sistema de energia sustentável, as energias renováveis deveriam ser, no ano
2030, da ordem de 70% da produção total de energia do planeta, a produção mundial de
petróleo deveria ser reduzida à metade e a de carvão de 90%, enquanto a de fontes de
energia renováveis deveria crescer quase 4 vezes. Estes são os requisitos de um sistema
energético sustentável em todo o mundo. Independentemente das várias soluções que
venham a ser adotadas para eliminar ou mitigar as causas do efeito estufa, a mais
importante é sem dúvidas a adoção de medidas que contribuam para a eliminação ou
redução do consumo de combustíveis fósseis na produção de energia, bem como para
seu uso mais eficiente nos transportes, na indústria, na agropecuária e nas cidades
(residências e comércio), haja vista o uso e a produção de energia serem responsáveis
por 57% dos gases de estufa emitidos pela atividade humana. Neste sentido, é
imprescindível a implantação de um sistema de energia sustentável.
O uso de fontes de energias renováveis provocará mudanças de grande magnitude em
todo o planeta destacando-se, entre elas, a criação de indústrias totalmente novas, o
desenvolvimento de novos sistemas de transporte e a modificação da agricultura e das
cidades. O grande desafio que se coloca na atualidade é o de prosseguir com o
desenvolvimento de novas tecnologias que aproveitem eficientemente a energia e
utilizem economicamente recursos renováveis. Este é o cenário energético alternativo
que poderá evitar o comprometimento do meio ambiente global. Isto significa dizer que
mudanças profundas de política energética global devem ser colocadas em prática para
reduzir o consumo de combustíveis fósseis que respondem por 82% dos suprimentos
mundiais de energia.
Percebe-se pelo exposto que a ameaça de mudança catastrófica no clima poderá fazer
com que os governos em todo o mundo sejam impelidos a reestruturarem radicalmente a
matriz energética de seus países e, consequentemente, de todo o mundo fazendo com
que haja uma redução significativa do consumo dos combustíveis fósseis, especialmente
do petróleo e do carvão no futuro. A primeira grande causa do provável ocaso do
petróleo como fonte de energia no mundo seria a imperiosa a necessidade de redução
das emissões de gases do efeito estufa para evitar uma mudança catastrófica irreversível
no clima da Terra.
5. A transição entre a abundância e a escassez de petróleo no mundo
A segunda grande causa do ocaso do petróleo no mundo reside na possibilidade de
haver insuficiência na oferta para atender a demanda. O cientista político americano
Michael Klare, autor do livro Blood and Oil publicado pela Metropolitan Books em
2004, afirma que o crescimento da demanda por petróleo vai superar a oferta global em
2020 ou 2025, apontando que o mundo vive “o crepúsculo do petróleo”, isto é, um
momento de transição entre a abundância e a escassez.
O prognóstico de Klare é confirmado pelo geólogo saudita especialista em petróleo,
Sadad I. Al Husseini, ex-diretor de exploração e produção da Saudi Aramco, que
admitiu uma estagnação da produção do petróleo a partir de 2015. Igualmente alarmante
era a previsão de Al Husseini de que esta estagnação da produção duraria 15 anos, na
melhor das hipóteses, e depois, a produção convencional de petróleo iniciaria um
“declínio progressivo, mas irreversível” (Ver o site
<http://www.energybulletin.net/node/9498>). Outro fato objetivo é o de que a demanda
de petróleo cresce, no momento em que as reservas se aproximam dos seus limites.
Segundo Klare, há, no momento, um forte aumento na demanda por petróleo
7. 7
proveniente da China, Índia, Coréia do Sul, Brasil, México e outras economias em
desenvolvimento. Ao mesmo tempo, constata-se um forte declínio na taxa de novas
descobertas de campos de petróleo.
No passado, as grandes empresas do setor descobriam mais petróleo por ano do que
eram capazes de extrair, o que não acontece mais hoje em dia. Está havendo na
atualidade mais extração de petróleo do que a capacidade de repor com novas
descobertas. Em sua entrevista já citada, Klare afirma que, se os dois maiores
produtores mundiais de petróleo (Arábia Saudita e Rússia) continuarem aumentando
suas produções nos próximos anos, a era de escassez vai provavelmente começar por
volta de 2020 ou 2025, quando muitos dos grandes campos de petróleo no mundo
estarão esgotados. Entretanto, se a Arábia Saudita e a Rússia não forem capazes de
manter o aumento de suas produções essa era começará mais cedo, talvez ainda a partir
de 2015.
Cabe observar que as 10 maiores reservas de petróleo do mundo em 2007 (em bilhões
de barris equivalentes) eram as seguintes: 1º Rússia – 379,1; 2º Irã – 314,3; 3º Arábia
Saudita – 308,7; 4º Qatar – 174,6; 5º Emirados Árabes – 135,6; 6º Iraque – 134,9; 7º
Kuwait – 112,7; 8º Venezuela – 107,1; 9º Brasil – 94,4 e 10º Nigéria – 69,0. Existe a
expectativa de que as reservas de petróleo do Iraque se esgotem em 158 anos, as da
Arábia Saudita em 67 anos, as da Rússia em 22 anos, as do Brasil em 18 anos e as dos
Estados Unidos em 7 anos (PETROBRAS e BRITISH PETROLEUM. As 10 maiores
reservas de petróleo do mundo disponível no website <http://lista10.org/diversos/as-10-
maiores-reservas-de-petroleo-do-mundo/>).
Segundo Igor Fuser, professor da Faculdade Cásper Líbero e autor do livro Petróleo e
Poder – O Envolvimento Militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico (Editora Unesp,
2008), a região ampliada do Oriente Médio, que inclui o Norte da África, guarda, no seu
subsolo, mais de 2/3 das reservas de petróleo do mundo. Para Klare, no crepúsculo do
petróleo, ou seja, uma transição entre uma era de petróleo abundante e uma era de
escassez absoluta, o ouro negro não vai desaparecer, mas se mostrará insuficiente para
atender à demanda global. Assim, teremos, periodicamente, momentos de escassez,
preços altos e extrema vulnerabilidade a choques de petróleo. Klare afirma que, por
causa da crescente competição entre Estados Unidos, China, Japão e outros grandes
consumidores pelo acesso ao que sobrará de áreas produtoras no mundo poderão surgir
conflitos militares. (Ver o artigo Em meio a tensão com vizinhos, China vai aumentar
força costeira, disponível no website < TTP://www1.folha.uol.com.br/mundo/931433-
em-meio-a-tensao-com-vizinhos-china-vai-aumentar-forca-costeira.shtml>).
Em sua entrevista à Folha de S. Paulo, Klare afirma que haverá um estado de guerra
permanente porque não há mais novos continentes para descobrir e pilhar pelas grandes
potências colonialistas e imperialistas como no passado. Na atualidade, está havendo
extração de petróleo em cada canto do planeta. Por causa da globalização, mais e mais
países estão competindo pelo acesso a essa oferta remanescente de petróleo e a demanda
está crescendo. Quando essas ofertas se esgotarem, não haverá qualquer outro lugar para
se apoderar a não ser tomar as reservas de petróleo daqueles que as possuem aguçando
ainda mais os conflitos internacionais. O cenário mais provável é a de que vão ocorrer
muitos conflitos localizados que podem detonar grandes guerras quando as maiores
potências se envolverem em conflitos locais, principalmente no Golfo Pérsico ou na
região do mar Cáspio onde os interesses vitais das grandes potências se interpõem a um
caldeirão fervente de disputas políticas, étnicas e religiosas.
8. 8
6. Os substitutos do petróleo e seus derivados
O Quadro 1, a seguir, apresenta os derivados de petróleo, seus usos seus possíveis
substitutos.
Quadro 1- Derivados de petróleo, seus usos e substitutos
Derivados de petróleo Uso dos derivados de
petróleo
Substitutos dos derivados
de petróleo
Querosene Transporte (aeronaves) Bioquerosene
Gasolina Transporte (Automóveis
/ Caminhões)
Etanol / Veículo elétrico/
Gás natural
Óleo diesel Transporte (Caminhões/
Barcos/ Navios)
Biodiesel
Transporte (Trens) Eletricidade
Setor Agropecuário Biodiesel
Geração de energia
elétrica
Biodiesel / Biomassa
Óleo combustível Navios Biodiesel/ Nuclear
Indústria Gás natural / Biomassa
Geração de energia
elétrica
Biodiesel / Biomassa
GLP Residências Biogás/ Gás natural
Serviços Biogás/ Gás natural
O petróleo deve continuar sendo a maior fonte de energia do planeta durante décadas
porque alimenta principalmente os setores de química e transportes, em forte
crescimento, e para os quais os substitutos existentes ainda não são competitivos. O
setor de transportes, a indústria química e, em menor medida, a calefação são os
principais responsáveis pelo aumento do consumo de petróleo, setores em que sua
substituição não é fácil. Com relação ao aquecedor (calefação), o gás natural é um
possível substituto. A demanda de gás natural deve, portanto, aumentar bastante: a AIE
(Agência Internacional de Energia) prevê um aumento de 2,1% por ano até 2030 contra
apenas 1,3% para o petróleo. Mas o gás natural é mais difícil de transportar e estocar do
que o petróleo, e impõe problemas de dependência energética, sobretudo com relação à
Rússia, primeiro exportador mundial.
No setor dos transportes, o petróleo é amplamente dominante no mercado mundial com
uma participação de 94%, contra 1% para os biocombustíveis, e 5% para a eletricidade e
o carvão. Outra alternativa para o setor de transportes é a célula combustível com o uso
do hidrogênio que é muito cara e demanda uma adaptação radical dos veículos. Em
longo prazo, o carro elétrico é outra opção para o setor de transporte, mas precisaria de
um forte aumento da produção de eletricidade. Recentemente, os Estados Unidos
desencadearam a exploração do shale gas que produz óleo com composição semelhante
à do petróleo podendo substituí-lo inteiramente.
7. O shale gas como combustível substituto do petróleo
9. 9
A terceira grande causa do ocaso do petróleo como fonte de energia é representada pela
exploração do shale gas nos Estados Unidos que se tornou uma real alternativa ao
petróleo como combustível fóssil. Nos últimos dez anos, os Estados Unidos se tornaram
líderes na produção de shale gas, graças a novas técnicas inovadoras de extração. Cabe
observar que o shale gas é uma fonte de combustível que, quando submetido a altas
temperaturas, produz óleo com composição semelhante à do petróleo do qual se extrai
nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo diesel e gasolina. O gás natural preso em
formações de shale gas, cuja obtenção antes era difícil demais e muito cara, hoje é
possível ser obtido através do método de perfuração do subsolo através do fraturamento
hidráulico (fracking em inglês) desenvolvido na década de 1990 com o uso de uma
mistura de água, areia e produtos químicos para perfurar as camadas de xisto e extrair
gás natural dos poros das rochas (Ver o artigo A revolução do gás de xisto nos EUA:
passado e futuro publicado no website
<http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=2256&language=por
tuguese> e ALCOFORADO, Fernando. Impactos da revolução energética dos Estados
Unidos sobre a indústria de petróleo, a geopolítica, o meio ambiente, o pré-sal no
Brasil e as energias renováveis. Blog de Falcoforado
(http://fernando.alcoforado.zip.net)).
Com o uso do shale gas, a produção americana desse gás passou de praticamente zero,
em 2000, para um nível em que contribui com ¼ do gás natural dos Estados Unidos e
que deverá chegar à metade do total de gás natural no país até 2030, de acordo com
dados do Instituto de Políticas Públicas James A. Baker da Universidade Rice em
Houston, no Texas. Dono da segunda maior reserva do mundo depois da China de
acordo com a EIA- Energy Information Administration, os Estados Unidos, passaram a
deter uma nova e vasta fonte de energia que poderá ajudar o país a diminuir sua
dependência do petróleo importado.
O recente relatório do Belfer Center, baseado em dados de Harvard e intitulado Oil: The
Next Revolution, sugere que a produção de shale gas pode alcançar aproximadamente 6
milhões de barris por dia nos Estados Unidos até 2020. Considerando-se o potencial da
produção norte-americana de petróleo em plataformas convencionais ou em águas
profundas, isso sugeriria que, em 2020, os EUA poderiam estar perto de alcançar sua
independência energética de petróleo (Ver o website
<http://belfercenter.ksg.harvard.edu/publication/22144/oil.html>). O maior impacto
geopolítico da tecnologia de extração de shale gas reside menos no fato de que os
Estados Unidos serão mais autossuficientes em termos energéticos e mais no
consequente deslocamento dos mercados mundiais de petróleo devido à redução
acentuada de suas importações, sobretudo do Oriente Médio.
Este impacto geopolítico será reforçado ainda mais pelo desenvolvimento das reservas
de shale gas na China, Argentina, Brasil, Ucrânia e outros países, que colocará pressão
adicional sobre os preços mundiais do petróleo que tenderá a cair. Os incentivos para o
desenvolvimento do shale gas são muito grandes. A Europa também se beneficiará da
revolução do shale gas, à medida que os preços do petróleo começarem a ser
pressionados para baixo. A China, por sua vez, tem incentivos ainda maiores para
desenvolver o shale gas porque suas reservas recuperáveis são maiores do que as dos
Estados Unidos, somando 36 trilhões de metros cúbicos, e porque se protegeria de
grande parte do efeito de um bloqueio por parte da Marinha dos Estados Unidos que
controla o Oceano Pacífico impedindo que a maior parte do petróleo chinês chegue por
meio de petroleiros.
10. 10
O preço do petróleo caiu vertiginosamente para 50 dólares em 2015, ao invés dos quase
100 dólares dos últimos anos, graças à revolução do shale gas nos Estados Unidos. O
instituto independente Alphavalue prognostica que o shale gas pode ser responsável por
quase metade do consumo energético dos Estados Unidos em 2050. Este estudo foi
apresentado exatamente um ano depois que a Agência Internacional de Energia previu
que o preço do barril de petróleo ficaria entre 100 e 118 dólares até 2015. Devido à
queda nas importações do produto pelos norte-americanos, o valor do barril do petróleo
caiu em todo o mundo. Foi um choque monumental. Esta situação fez com que os
Estados Unidos, que consomem um quinto da energia do mundo, se tornassem menos
dependentes do petróleo de países do Golfo Pérsico, da Rússia e da Nigéria, por
exemplo (Ver o artigo Gás de xisto pode derrubar preço do petróleo pela metade, diz
estudo publicado no website <http://www.portugues.rfi.fr/economia/20120927-preco-
do-petroleo-poderia-cair-pela-metade-gracas-exploracao-do-gas-de-xisto-diz-e>).
Geopoliticamente, a revolução do shale gas poderá fortalecer os Estados Unidos e a
China reduzindo ou eliminando sua dependência energética. Ao mesmo tempo, essa
revolução será potencialmente desestabilizadora para a Rússia, Irã, Arábia Saudita e
Venezuela, por exemplo, que dependem da exportação de petróleo. Esta situação poderá
criar desestabilização econômica, política e social nesses países com a emergência de
conflitos sociais de consequências imprevisíveis. Cabe observar que a paulatina queda
dos preços do petróleo desde junho passado até chegar a 57 dólares o barril de Brent no
momento coloca em xeque a economia da Rússia e de outros países produtores de
petróleo que são dependentes de sua receita de exportação.
Uma hipótese que vem sendo aventada é a de que os Estados Unidos estão por trás da
queda no preço do petróleo para afetar as economias de países inimigos como a Rússia,
Irã e Venezuela. Por conta da queda dos preços do petróleo, a Rússia está enfrentando
no momento um violento ataque especulativo com a fuga de capitais do país da qual
está resultando uma vertiginosa queda do poder aquisitivo do Rublo. Os países da
OPEP, que passaram mais de dois anos diminuindo sua produção, compensando assim
os aumentos na extração de petróleo bruto por parte dos países de fora da OPEP,
mudaram de estratégia e desde setembro estão aumentando sua produção contribuindo
para a queda no preço do petróleo com o propósito de inviabilizar os substitutos do
petróleo como o shale gas que só é viável com o preço do barril de petróleo acima de
US$ 50. Se, do ponto de vista geopolítico a queda no preço do petróleo é bom para os
Estados Unidos por prejudicar países inimigos, por outro lado, é negativo se o preço do
barril de petróleo cair abaixo de US$ 50 porque inviabilizaria a exploração do shale gas.
As explorações de shale gas começaram em muitos países do mundo, inclusive na
Polônia, Ucrânia, Austrália, Grã-Bretanha e também na China. O Reino Unido irá suprir
até 2032, por conta do shale gas, um quarto de suas necessidades desse tipo de
combustível. Surgiram também novas tecnologias que possibilitam obter petróleo do
shale gas. A companhia Japan Petroleum Exploration, por exemplo, conseguiu obter
combustíveis líquidos do shale gas, o que, possivelmente, será a solução do problema
de grave escassez de energia nesse país, que também está relacionado com a recusa, em
perspectiva, da energia atômica pelo Japão (Ver o artigo Revolução de xisto muda
economia mundial e a geopolítica publicado no website
<http://portuguese.ruvr.ru/2012_10_07/xisto-novo-combustivel-geopolitica/>).
Cabe observar que o uso do shale gas é extremamente negativo para o meio ambiente
porque gera metade das emissões de carbono produzidas pelo carvão contribuindo para
11. 11
o aumento das emissões de gases do efeito estufa , sobretudo de metano. Além disso, o
fracking (fraturamento hidráulico) utilizado na exploração do shale gas suscita
preocupações ambientais como, por exemplo, a contaminação dos lençóis aquíferos
subterrâneos, caso os túneis não estejam alinhados corretamente e os produtos químicos
utilizados para manter abertos os poros da rocha vazem. A utilização do gás natural a
partir do xisto vem encontrando opositores em várias partes do mundo alegando que o
método fracking pode envenenar reservas subterrâneas de água e até provocar
terremotos. Até agora, o fracking foi banido na França e na Bulgária; suspenso ou
voluntariamente paralisado no Reino Unido, África do Sul, Quebec, partes da Alemanha
e Austrália; e condenado do norte da Espanha até Nova York.
A revolução energética dos Estados Unidos com base no shale gas tende a se
desenvolver em várias partes do mundo como tentativa de vários países de se libertarem
da dependência ao petróleo importado, sobretudo dos países do Oriente Médio, região
crítica do ponto de vista geopolítico diante da possibilidade da eclosão de conflitos
regionais que podem desencadear até mesmo um novo conflito mundial ameaçando o
abastecimento deste importante insumo energético. O desenvolvimento da produção do
shale gas impactará fortemente contra a indústria de petróleo forçando a baixa de seus
preços e de sua lucratividade. No Brasil, poderá haver a inviabilização da produção de
petróleo na camada pré-sal que só seria viável com o preço do barril de petróleo acima
de US$ 70 dólares.
8. Conclusões
Muito provavelmente, a baixa do preço do barril de petróleo que ocorre atualmente
poderá, não apenas, causar sérios problemas econômicos e financeiros para os países
exportadores de petróleo com a redução de suas receitas de exportação, mas também
sustar o desenvolvimento da exploração do shale gas nos Estados Unidos e no mundo e
impactar negativamente sobre o desenvolvimento das fontes renováveis de energia que
se tornariam menos competitivas dificultando ou inviabilizando economicamente sua
expansão que vem se registrando em todo o mundo nos últimos anos graças ao aumento
do preço do barril de petróleo. Apesar do shale gas se apresentar como alternativa ao
petróleo em face da previsível escassez deste combustível fóssil e da necessidade de
muitos países se tornarem menos dependentes de seus fornecedores do Oriente Médio,
do Irã e da Rússia, sua introdução na matriz energética mundial não soluciona o
problema da emissão de gases do efeito estufa. Diante da imperiosa necessidade de
banir os combustíveis fósseis para combater o aquecimento global, o ocaso do petróleo
será inevitavelmente acompanhado também da sustação da exploração do shale gas.
Após o ocaso do petróleo entraremos em uma nova era com o uso generalizado das
energias renováveis (hidráulica, solar, eólica, hidrogênio, maremotriz, entre outras).