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Por — São Paulo


A Solatio, empresa espanhola de energia solar, está prestes a se tornar sócia de um time de futebol do Piauí, estado onde vai construir um parque de energia solar que pretende ser o maior do Brasil. O Clube Atlético Piauiense, fundado em 2019, está se organizando para virar uma SAF no curto prazo e já recebeu da companhia o compromisso de que fará um aporte.

O acordo foi viabilizado a partir de uma conversa com o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT). Durante as negociações que levaram à decisão de investir na usina, a Solatio manifestou a intenção de apoiar o esporte local por meio da criação de um clube de futebol e chegou a apresentar um projeto de SAF. Ouviu do político, porém, que já havia um time sendo apoiado por cerca de 50 empresários locais, e que seria mais prático para a Solatio entrar como mais uma investidora.

Se fosse criar tudo do zero, sozinha, a Solatio teria de tirar pelo menos R$ 5 milhões do bolso só no primeiro ano e teria que esperar cerca de seis meses para ter o registro do clube, segundo estimativa do vice-presidente institucional da companhia no país, Daniel Nepomuceno. O tamanho do investimento no Atlético-PI ainda está sendo avaliado. No momento, a Solatio é apenas patrocinadora master na camisa.

O clube, por enquanto, opera no modelo tradicional, associativo, mas já está previsto no estatuto o processo de conversão em SAF. Presidido por Edson Sá, o time jogará neste ano a segunda divisão do campeonato estadual. A ideia da Solatio é focar nas categorias de base, para que o clube se consolide como formador de atletas, obtendo retorno financeiro a partir de transferências. E não será a primeira vez que a Solatio se relaciona com futebol no Brasil: a companhia é um dos patrocinadores do Galo, clube do qual Daniel Nepomuceno já foi presidente.

Edson Sá, presidente do Atlético-PI, e Pedro Vaquer, presidente e sócio-fundador da Solatio — Foto: Divulgação
Edson Sá, presidente do Atlético-PI, e Pedro Vaquer, presidente e sócio-fundador da Solatio — Foto: Divulgação

A SAF do Atlético-PI com a Solatio de sócia será um caso raro no Brasil em que uma empresa da economia real investe em um time de futebol. A maioria das SAFs no país tem recebido investimentos de gestoras (como a Treecorp, no Coritiba, e a Exa, de Pedro Mesquita, no Paulista de Jundiaí), de grupos internacionais de futebol (como a 777 Partners no Vasco, o Grupo City no Bahia e a Eagle Football, de John Textor, no Botafogo) ou de empresários com alguma ligação afetiva com o clube (como Ronaldo e depois Pedro Lourenço, no Cruzeiro, e Rubens Menin, no Atlético-MG). O Bragantino, que tem a Red Bull por trás, não é uma SAF, mas sim um clube-empresa.

Enquanto o Atlético-PI não vira SAF, a Solatio vai conduzindo o projeto da usina solar, que terá capacidade de gerar 4 GW e será instalada em Bom Princípio do Piauí, com início das obras em 2025, para abastecer a indústria para a produção de amônia em Parnaíba, matéria-prima para o hidrogênio verde. A usina também tem entre os investidores um dos fundos soberanos de Abu Dhabi.

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