Saúde
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Por — São Paulo

Hoje no fim da manhã, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vai se submeter a uma cirurgia no quadril, no Hospital Sírio-libanês, em Brasília. A cabeça do fêmur (com diâmetro por volta de 5 cm) será substituída por uma prótese. O procedimento é considerado de grande porte, ou seja, quando está associado a perda sanguínea maior.

Um dos pontos mais importantes e definitivos da operação é a anestesia geral e ela será cercada da mais alta tecnologia. Serão 5 remédios aplicados no total, entre eles opioide, cetamina e sulfato de magnésio. O número de drogas é o dobro do usual. Isso se deve ao fato de que Lula sofre de dores crônicas na região que será operada a longo prazo. A diversidade de medicamentos é sobretudo para ele não sentir dor no pós-operatório.

O volume total de anestésico, no entanto, não é maior que o usado comumente. Pelo contrário, deverá ser até menor. Isso porque o centro cirúrgico terá um sensor inteligente que detecta a ação precisa da anestesia no corpo do paciente. O refinamento permitirá também que Lula desperte mais rapidamente.

Inteligência artificial

A sala da cirurgia terá de 10 a 12 profissionais da saúde durante a operação, entre cirurgiões, cardiologistas, anestesistas, instrumentadores, enfermeiros. Ela mede cerca de 60 metros quadrados e será também equipada com softwares com inteligência artificial. Eles são capazes de monitorar a hemodinâmica do paciente com extrema precisão, a ponto de interpretar com 20 minutos de antecedência algo que possa dar errado durante o procedimento, como a função do coração e pressão arterial. Esse tipo de aparelho é recente no Brasil – os hospitais e ponta têm há cerca de 4 anos.

Lula será internado por volta das 7 horas da manhã para exames pré-operatórios. O processo cirúrgico está previsto para começar por volta das 10 horas da manhã. A operação em si deverá durar de 2 horas e meia a 3 horas. A recuperação será na UTI, onde os pacientes que passam por essa operação costumam permanecer por 24 horas em observação.

Cerca de 4 a 5 horas depois do fim da operação, Lula deverá dar os primeiros passos, já firmando os pés no chão. O movimento será dentro da UTI, com a ajuda de andador e sempre acompanhado.

Ele deverá usar andador, ao longo de cerca de 4 a 6 semanas.

Infográfico mostra como será a cirurgia de quadril de Lula — Foto: Editoria de arte
Infográfico mostra como será a cirurgia de quadril de Lula — Foto: Editoria de arte

O problema

A cirurgia à qual Lula vai se submeter é chamada de artroplastia do quadril, que é a substituição da cabeça do fêmur (com diâmetro por volta de 5 cm) por uma prótese. A prótese reproduz a função articular dessa parte do corpo. A porção do osso costuma ser serrada. O corte na coxa direita é de cerca de 15 cm nesse tipo de operação.

O problema foi causado por uma artrose, desgaste da cartilagem que fica entre a cabeça do fêmur e a bacia. Lula sofreu um desgaste natural da idade na cartilagem que fica entre o fêmur e a bacia. Cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos têm o problema.

Em cerca 3 a 4 dias ele deverá ter alta, mas já poderá despachar pouco tempo depois de acordar da anestesia.

Dor

Há pelo menos um ano Lula sofre com dor na região do quadril e se submeteu a tratamentos dos mais variados.

Neste ano, ele fez uma infiltração (em março), e uma crioablação (em julho). A infiltração é um procedimento invasivo, no qual é aplicado corticoide e ácido hialurônico, por meio de agulha, direto no local da dor. A crioablação consiste no congelamento do nervo que deflagra a dor. A aplicação é feita com uma ponteira semelhante a uma injeção e é menos agressiva. No fim do ano passado, Lula fez a primeira infiltração.

Ao longo do ano, Lula também fez sessões de fisioterapia, tomou analgésicos e anti-inflamatórios.

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