Medicina
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Por O GLOBO — São Paulo

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é um tipo de câncer que se desenvolve lentamente na região final da vagina. De acordo com o Ministério da Saúde, por localizar-se entre os órgãos externos e internos, essa região fica mais exposta ao risco de contrais doenças.

Esse é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, excluindo os casos de tumores de pele não melanoma, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A doença é causada pela infecção genital persistente por alguns tipos do papiloma vírus humano (HPV). A maior parte dos casos (70%) está associada à infecção pelos tipos 16 e 18 do HPV. É importante ressaltar que nem todas as infecções por HPV resultam em câncer. Pelo contrário.

Estima-se que 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquirir o vírus ao longo da vida e, na maior parte dos casos, essas infecções vão regredir espontaneamente. As situações em que as lesões evoluem para o câncer dependem do subtipo do vírus e de outros fatores de risco, como: atividade sexual com múltiplos parceiros, infecção múltipla pelo HPV, tabagismo, infecção por clamídia e/ou HIV e atividade sexual sem proteção.

Prevenção

A vacina é a principal forma de prevenção contra o HPV. Ela está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Homens e mulheres transplantados, pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual também são elegíveis à vacinação gratuita.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomenda a vacina para jovens e adultos de 15 a 45 anos que não se incluem nos grupos acima. Neste caso, o imunizante está disponível no sistema privado.

A vacinação ajuda a prevenir contra a infecção pelos principais tipos de HPV associados ao câncer do colo do útero; vulva e vagina; câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal, além das verrugas genitais nos dois sexos.

Outra forma fundamental de prevenir o câncer do colo do útero é por meio da realização periódica do Papanicolau, exame preventivo que detecta lesões pré-cancerosas. Em geral, essas lesões não tem sintomas. Se detectado precocemente, o câncer do colo do útero pode ser tratado e curado. Sem tratamento, este tipo de câncer é quase sempre fatal.

Esse exame deve ser realizado em mulheres a partir dos 25 anos, com vida sexual ativa. A periodicidade varia de acordo com a idade do paciente e com as lesões encontradas. Outros exames que podem ser realizados para o diagnóstico das lesões pré-cancerosas e cancerosas é a colposcopia, que permite a visualização do colo do útero e da vagina com lentes de aumento, e a biópsia do tecido do colo do útero.

Sintomas do câncer do colo do útero

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), entre os sintomas do câncer de colo do útero em estágio inicial estão:

  • Manchas de sangue irregulares ou sangramento leve entre períodos em mulheres em idade reprodutiva;
  • Mancha ou sangramento pós-menopausa;
  • Sangramento após a relação sexual;
  • Aumento do corrimento vaginal, às vezes com mau cheiro

Conforme a doença avança, o câncer pode invadir o útero, a vagina e os gânglios linfáticos, o que permite às células cancerosas migrarem para outras partes do corpo, dando origem a metástases. Nesse estágio, sintomas mais graves podem aparecer, incluindo:

  • Dores persistentes nas costas, perna ou pélvis;
  • Perda de peso, fadiga e perda de apetite;
  • Corrimento vaginal com mau cheiro e desconforto vaginal;
  • Inchaço de uma perna ou ambas

O tratamento varia de acordo com as características do tumor e da paciente. As opções disponíveis são cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo.

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