Uma curiosa conjunção entre cinema político e filmes da Disney para a família está na raiz do suspense alemão “Ventos da liberdade”, que se aproxima de dramas notáveis como “A vida dos outros” (2006) e “Barbara” (2012) ao reconstituir o cotidiano na extinta Alemanha Oriental.
O relatório
Ações controvertidas do governo americano depois de 11 de setembro movem a trama de “Segredos oficiais”, drama baseado em fatos que está em cartaz. O tema reaparece, também inspirado em eventos reais, em “O relatório”. O filme tem a capacidade de organizar um mar de informações técnicas e nebulosas em forma de drama. (Sérgio Rizzo)
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Cadê você, Bernadette?
Talentos não faltam. Da direção de Richard Linklater à estrela Cate Blanchett e à ótima estreia da adolescente Emma Nelson. Mas os desdobramentos da crise da personagem também atingem o roteiro, indeciso entre vários tons e com final insatisfatório apesar do visual impressionante.(Suzana Schild)
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Link perdido
Numa época em que as animações computadorizadas dominam o mercado, o estúdio Laika investiu US$ 100 milhões em mais um filme no formato stop motion, estrelado por bonecos. “Link perdido” é visualmente encantador, tem tomadas aéreas espetaculares e um colorido único. O roteiro é que não está à altura. (Marcelo Janot)
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Doutor sono
É uma viagem nostálgica e uma espécie de cachimbo da paz entre os dois geniais autores, cada um no seu campo de trabalho, Stephen King e Stanley. O maior equívoco em relação ao longa deMike Flanagan seria acreditar que é uma sequência direta do clássico “O iluminado” (1980) Kubrick. (Mario Abbade)
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Retablo
Lutas por igualdade têm outras cores num povoado como o do filme peruano de Alvaro Delgado Aparicio. Após uma revelação de Segundo, os olhares contra o menino se transformam. E é aí que se mostra a força do personagem que, apesar de tudo, entende que outro mundo é possível. O cinema é especialista em nos mostrar isso. (André Miranda)
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Parasita
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2019 retrata desigualdade social e conflito de classes, Coreia do Sul. (André Miranda)
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Ventos da liberdade
Uma curiosa conjunção entre cinema político e filmes da Disney para a família está na raiz do suspense alemão “Ventos da liberdade”, que se aproxima de dramas notáveis como “A vida dos outros” (2006) e “Barbara” (2012) ao reconstituir o cotidiano na extinta Alemanha Oriental. (Sérgio Rizzo)
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‘Mama Colonel’
Ao acompanharmos a policial Honorine Munyole, nos deparamos com mães que maltratam filhos pequenos; mulheres que testemunharam, no Congo, ruandenses e ugandenses degolarem seus maridos e crianças antes de serem violentadas. O filme tem limitações; a força reside no nos relatos. (Marcelo Janot)
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Cine São Paulo
O cinema local teve seus dias gloriosos, e agora, quase em ruínas, enfrenta dificuldades para renascer. Mas Seu Chico — um personagem que parece ter sido criado pela ficção — resiste e insiste, em uma jornada inspiradora para todos os que, seja qual for a situação, se sentem tentados a desistir. (Sérgio Rizzo)
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Meu amigo Fela
Dirigido por Joel Zito Araújo, o documentário tem como protagonista o músico e ativista nigeriano Fela Kuti (1938-1997), cuja trajetória é reconstituída com a ajuda valiosa, como se fosse uma espécie de guia, do escritor e cientista social cubano Carlos Moore. (Sérgio Rizzo)
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Sefarad
A proposta didática desse filme de Luís Ismael favorece a clareza na transmissão das informações, mas bate na tela como evidente limitação artística. Em todo caso, a curiosidade histórica deve sustentar o interesse do espectador. (Daniel Schenker)
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Bate coração
Há várias formas de se ilustrar o preconceito, e a comédia é uma das maneiras mais contundentes. Glauber Filho entrega um filme que aposta com coragem nas caricaturas e nos exageros e consegue obter um resultado divertido. O filme é uma boa surpresa de realizadores do Ceará. (Mario Abbade)
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Era um país sob a vigilância da Stasi, a polícia secreta, especialmente no período em que Erich Honecker (do célebre beijo na boca em Leonid Bréjnev) foi presidente, de 1976 até a queda do muro de Berlim, em 1989.
No filme, ambientado em 1979, uma família — pai, mãe e dois filhos — que parece conformada com o sistema alimenta em segredo a esperança de fugir do país por meio de uma estratégia perigosa: usar um balão para driblar a polícia de fronteira e descer na Alemanha Ocidental. Uma outra família também participa do plano. Dirigido por Michael Herbig (experiente em comédias), o filme recria com esmero histórico fatos verídicos que a Disney já havia adaptado em “Dramática travessia” (1982).