Exclusivo para Assinantes
Rio Show

‘Ventos da liberdade’ : crítica

Bonequinho olha: muro de Berlim que vai da Disney ao suspense político
Peter (Friedrich Mücke) und Frank Strelzyk (Jonas Holdenrieder) Foto: Divulgação
Peter (Friedrich Mücke) und Frank Strelzyk (Jonas Holdenrieder) Foto: Divulgação

Uma curiosa conjunção entre cinema político e filmes da Disney para a família está na raiz do suspense alemão “Ventos da liberdade”, que se aproxima de dramas notáveis como “A vida dos outros” (2006) e “Barbara” (2012) ao reconstituir o cotidiano na extinta Alemanha Oriental.

Era um país sob a vigilância da Stasi, a polícia secreta, especialmente no período em que Erich Honecker (do célebre beijo na boca em Leonid Bréjnev) foi presidente, de 1976 até a queda do muro de Berlim, em 1989.

No filme, ambientado em 1979, uma família — pai, mãe e dois filhos — que parece conformada com o sistema alimenta em segredo a esperança de fugir do país por meio de uma estratégia perigosa: usar um balão para driblar a polícia de fronteira e descer na Alemanha Ocidental. Uma outra família também participa do plano. Dirigido por Michael Herbig (experiente em comédias), o filme recria com esmero histórico fatos verídicos que a Disney já havia adaptado em “Dramática travessia” (1982).