'Estou me desdobrando em 1.500 pessoas', diz Fabio Porchat, que estreia filme 'Evidências do amor', está no teatro e em 2 programas de TV

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— Eu estou me desdobrando em 1.500 pessoas. A rotina realmente está bastante intensa, acho que quando acabar o mês de abril, eu vou deitar no chão e dar uma um suspiro bastante profundo. Eu não tenho a menor previsão de férias para relaxar — brinca o comediante.

Apesar de não ter em vista as próximas férias, Porchat, que não esconde sua paixão por viagens, adianta um destino que está em seus planos: o comediante vai em setembro para Portugal gravar a nova temporada do programa de televisão "Só como e bebo, por acaso trabalho", do canal RTP, em que entrevista quatro pessoas sobre temas como morte, liberdade, felicidade.

— Eu vou passar dois meses e vamos fazer minha peça, vou levar a peça das meninas ("'Agora é que são elas!"). Já virou uma segunda casa para mim, então, eu me sinto muito à vontade e tenho um público muito grande lá.

No longa "Evidências do Amor", Sandy Leah é par romântico de Porchat. O filme é dirigido por Pedro Antônio — que também assina o roteiro ao lado de Luanna Guimarães, Álvaro Campos e do comediante.

— Tive a ideia de chamar a Sandy, porque eu li uma entrevista dela dizendo que as pessoas não chamavam ela para atuar, e pensei: 'então agora é a hora'. A Sandy é boa atriz, é muito estudiosa, dedicada — elogia Porchat.

O humorista vive Marco Antônio, que volta ao passado toda vez que escuta a música "Evidências"— composta por José Augusto e Paulo Sérgio Valle e sucesso na voz da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó — por acaso, ou não, pai de Sandy. Porchat assume que já cantou o sucesso muitas vezes no karaokê "alcoolizado" e que adora a música. Assim como seu personagem, Porchat cita uma canção que o leva para outro momento da vida.

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— Quando toca a música do Roberto Carlos "Como é grande meu amor por você", eu sempre lembro de quando eu tinha 18 anos e falei para minha mãe que eu estava indo pro Rio para ser ator, e a gente chorou juntos, abraçados, aquela coisa do filho, né? — recorda Porchat.

A partir de 10 esquetes, a ideia de Fábio Porchat para a peça "'Agora é que são elas!" foi trazer de volta o teatro besteirol, sua origem na comédia. Ele lembra que, nos últimos 20 anos, os formatos de humor no teatro mudaram muito, e que sentia falta desse gênero. Para tirar o projeto do papel, Porchat resgatou quatro esquetes que criou e encenou com o amigo e humorista Paulo Gustavo, há duas décadas, quando eram estudantes da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL).

— Está sendo muito especial, porque me lembro em detalhes. Lembro da atuação dele, de como ele falava, como a gente trocava um com o outro. Eu até botei um objeto de cena nessa peça que é o que a gente usava na peça original, uma vela vermelha, como homenagem. Por acaso, outro dia minha mãe falou que tinha a peça filmada. Ela me mandou, fiquei assistindo, e é muito bonito lembrar, voltar às origens — conta Porchat.