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Por e — Rio de Janeiro

Uma jovem de 18 anos morreu, na última sexta-feira, após sofrer um aborto espontâneo e passar por uma curetagem no Hospital municipal Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A família de Larissa Vitória de Souza Pereira acusa a unidade de saúde de negligência e que ela teve o intestino perfurado durante o procedimento no hospital. A secretaria de Saúde informou que abriu uma sindicância para apurar o caso, que também será investigado pela Polícia Civil.

A jovem Larissa Vitória de Souza e o namorado André Luiz Oliveira — Foto: Reprodução
A jovem Larissa Vitória de Souza e o namorado André Luiz Oliveira — Foto: Reprodução

Larissa estava grávida de 4 meses. A família estava feliz com a notícia e fazendo planos para a chegada do bebê. Eles descobriram o problema quando a jovem teve um sangramento, acompanhado de dores intensas no abdômen. Ela deu entrada no hospital, onde foi constatado o aborto espontâneo, e onde fez o procedimento para remover o que restou da placenta.

O estado de saúde dela piorou, e os familiares pediram que fosse feita uma tomografia, mas o equipamento estava quebrado no Rocha Faria. A família precisou buscar uma liminar na Justiça para que a jovem conseguisse passar pelo exame em outro hospital. O laudo indicou a perfuração do intestino, segundo contam os parentes.

Larissa de Souza, de 18 anos, morreu após perder o bebê aos 4 meses de gestação — Foto: Reprodução
Larissa de Souza, de 18 anos, morreu após perder o bebê aos 4 meses de gestação — Foto: Reprodução

— Ela começou a sentir cólicas e perder sangue na terça-feira à noite e foi levada para o hospital Rocha Faria, que identificou o aborto espontâneo, e lá ficou internada para fazer os procedimentos necessários. Na quarta-feira à tarde ela fez a curetagem. Por volta de 17h, ela começou a reclamar de dor intensa no abdômen. Meu irmão estava de acompanhante e pediu um exame de imagem porque a dor não estava normal. Os médicos disseram ser do procedimento e gases — afirma Michelle Cristina Oliveira, cunhada de Larissa.

Os familiares relatam que ela continuou sentindo dor até o dia seguinte (quinta-feira), e pediram para que o médico de plantão atendesse Larissa, que chegou a receber orientação para caminhar para aliviar o que avaliaram se tratar de gases, sem pedir exames médicos. Segundo a família, a prescrição foi de um analgésico, um remédio antigases e antibiótico.

Na sexta-feira, a mãe de Larissa insistiu com o pedido de exame à assistência social do hospital, e conseguiu uma tomografia no Centro Municipal de Saúde Belizário Penna, em Campo Grande, porque o equipamento do Rocha Faria estava quebrado. Com o resultado do exame, os médicos encaminharam a jovem para a UTI para uma cirurgia de emergência, marcada para as 19h30. Somente às 21h30 Larissa foi para o Centro Cirúrgico, segundo o relato da família.

Na tarde de sábado, o pai da Larissa recebeu a notícia de que uma infecção generalizada havia atingido todos os órgãos da jovem, e que o quadro era grave. Larissa morreu na madrugada do último domingo, quando foi velada e sepultada. A família registrou ocorrência e vai acionar a Justiça contra o hospital.

— Estamos sem chão, sabe? Tiraram da gente muita coisa, muitas chances, muita vida que ela tinha pela frente! Esperamos que, no mínimo, os médicos respondam pelo que fizeram e um posicionamento do hospital quanto à situação — afirma Michelle.

A direção do Hospital Municipal Rocha Faria informou que Larissa passou por exames de laboratório, rotina de abdômen agudo e ultrassonografia abdominal, que evidenciaram o quadro infeccioso. A tomografia foi realizada no CMS Belizário Pena, outra unidade da rede municipal, sem prejuízo à assistência da paciente.

*Estagiário sob supervisão de Luiz Ernesto Magalhães.

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