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Por O Globo — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 26/06/2024 - 06:26

Mãe critica nova edição do festival no Riocentro

Mãe de jovem eletrocutado em festival no Riocentro critica nova edição do evento marcada para 2025, considerando um descaso com a vida humana. 13 pessoas foram indiciadas pelo crime, incluindo coordenadores do evento e responsáveis técnicos. Ministério Público pede novas diligências para investigação do caso.

O festival ‘I Wanna Be Tour’, que aconteceu no Riocentro na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em março deste ano, ficou marcado pela tragédia da morte de um jovem de 25 anos que morreu eletrocutado durante o evento. João Vinícius Ferreira Simões estava molhado por conta da chuva e teria encostado num food truck energizado. Com nova edição marcada para 2025, ainda sem detalhes do local em que vão acontecer os shows, a direção do Riocentro garante que “a possibilidade é zero de sediar o festival novamente”. Até o momento, 13 pessoas foram indiciadas pelo crime.

Roberta Ferreira, mãe da vítima, considera “uma falta de respeito” o anúncio da nova edição, ainda sem ter resolvido judicialmente o caso do filho.

— É um descaso com a vida humana, uma falta de empatia, meu filho foi para esse evento e não voltou por negligência e irresponsabilidade. Então, fica aqui minha indignação por esse anúncio. Meu filho morreu só há três meses e eles já estão anunciando um novo festival como se nada tivesse acontecido. Que eles paguem pelos que eles fizeram, porque foi uma vida que se foi, o meu filho que morreu — afirma a mãe de João Vinícius.

Roberta considera que a empresa 30e, responsável pelo festival, não se preocupa em garantir a segurança do público.

— Quem vai ser responsabilizado? Não é justo que meu filho tenha perdido a vida tão jovem. Eu quero justiça para ele e para todos nós. Cada dia é uma luta sem meu filho aqui. Como mãe, eu confiei que ele estaria seguro. Essa confiança foi quebrada de forma irreparável — destaca.

Para a mãe de João Vinícius, a nova edição do festival ter sido marcada três meses após a morte do jovem é um descaso dos organizadores do evento.

— Quem comete crime precisa pagar. Empresas negligentes economizaram em mão de obra e material para lucrarem mais. Não pensaram na segurança do público que pagou ingresso para assistir às bandas. Quero punição para o engenheiro responsável que, com um ano de registro, assinou a ART e não compareceu em nenhum dia para fiscalizar as instalações elétricas feitas. Punição para esses criminosos. Mataram meu filho e seguem a vida como se nada tivesse acontecido — relata Roberta.

Ao GLOBO, Roberta enviou um documento em que o Ministério Público do Rio (MPRJ) pede que o caso retorne para a Polícia Civil para apurar novas diligências. O material inclui o pedido de laudo pericial de local de engenharia, imagens de câmera de segurança e o relatório final da autoridade policial. Segundo a mãe da vítima, diante do pedido do MPRJ ela solicitou uma nova reunião com a promotora do caso. O prazo é de 120 dias.

Entre as 13 pessoas indiciadas pela Polícia Civil por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e fraude processual estão: coordenadores e supervisores do evento organizado pela empresa 30e, eletricistas, proprietários e gestores, engenheiros e responsáveis técnicos do Riocentro.

A empresa 30e foi procurada pelo GLOBO para novos esclarecimentos, mas até o momento não se posicionou sobre o caso.

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