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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 25/06/2024 - 12:16

Luto e cobrança por segurança nas vias expressas

Pai de rapaz morto na Avenida Brasil lamenta perda e cobra segurança nas vias expressas. Diego, que começaria em novo emprego, foi vítima de disparos em crime brutal. Família busca respostas sobre o ocorrido.

Uma pessoa alegre, boa e que gostava de estudar. Assim Diego Andrade de Oliveira, de 37 anos, é descrito pelo pai, o PM reformado Eduardo Lima de Oliveira, de 63 anos. O policial, um dos fundadores do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE), criado em 2011 para atuar nas vias expressas da cidade, viu o filho ser morto em uma delas, a Avenida Brasil, onde ele trabalhou por quase 30 anos, fazendo patrulhamento.

— Perdi um pedaço de mim. Infelizmente, hoje nosso direito de ir e vir acabou, principalmente à noite. Tem de evitar sair de casa — lamentou o pai.

No começo da madrugada de domingo, Diego e a esposa Bruna Finet Costa, de 39 anos, voltavam de uma festa junina na casa de um dos irmãos dele, em Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio. Iam para Icaraí, em Niterói, onde moram. O casal foi atacado por um motorista que transitava pela via expressa, na altura da Maré.

Vídeo mostra últimos momentos de rapaz morto na Avenida Brasil

Vídeo mostra últimos momentos de rapaz morto na Avenida Brasil

Bruna contou em depoimento à polícia que o marido dirigia seu Voyage preto quando ficou atrás de um carro que trafegava em velocidade mais baixa. O analista de sistema piscou o farol para pedir passagem. Imediatamente, conforme disse aos policiais, o veículo se afastou, passando a trafegar na faixa à direita. Diego, então, fez a ultrapassagem. Momentos depois, o outro carro emparelhou e dele foram feitos ao menos três disparos. Um tiro atingiu Diego, que morreu na hora.

O pai de Diego criticou a falta de segurança na cidade e em especial nas vias expressas. O PM reformado disse sentir falta das blitzes que costumavam acontecer com mais frequência no tempo em que estava na ativa. Ele acha que essas operações ajudavam a inibir a ação dos bandidos.

Ele disse ainda que o filho estava vivendo um ótimo momento pessoal e profissional. Além da união com Bruna, que ele conheceu no local do trabalho, estava perto de se formar em outra faculdade, a de administração. Diego começaria num novo emprego na segunda-feira, dia seguinte ao crime que tirou sua vida.

Tiro entrou pelo vidro e atingiu Diego — Foto: Reprodução
Tiro entrou pelo vidro e atingiu Diego — Foto: Reprodução

— Como o novo emprego é em Itaguaí, ele havia combinado com a mãe de passar a semana em nossa casa, em Campo Grande, para ficar mais perto do trabalho. Cheguei a propor que ele morasse conosco, já que há quarto vago, mas ele preferia continuar em Niterói, por conta da esposa, que é de lá — contou o pai de Diego.

A festa de junina era uma tradição na família e em cada ano acontece num endereço diferente. Dessa vez a casa escolhida foi a do irmão mais velho de Diego. Eduardo Lima disse que a família era muito unida e estava sempre junta.

— Todo mês, tinha um encontro aqui em casa. Nessas ocasiões, a gente se reunia para assistir aos jogos do Flamengo, comer churrasco e beber cerveja. De vez enquanto íamos juntos a uma pelada em Guadalupe. Também costumávamos nos reunir em datas especiais como Natal, ano-novo, aniversários de algum membro da família e nas festas juninas.

Átila Paixão Ferreira, de 40 anos, cunhado de Diego, contou que o disparo que atingiu o rapaz entrou pelo vidro do carro no lado motorista. Ele disse que o tiro acertou o braço de Diego perfurou o tórax e atingiu o coração. Os outros disparos acertaram o para-choque traseiro do veículo e a caixa da roda esquerda.

Pela dinâmica do crime, ele acredita que havia outra pessoa no outro automóvel, além do motorista. Com base em relatos da viúva de Diego, que estava com ele no carro, também descartou a hipótese de discussão de trânsito levantada pela polícia. Bruna teria dito que o marido não trocou nenhuma palavra com o ocupante do outro carro e sequer abriu o vidro do veículo.

— Nós queremos respostas para saber o que, de fato, aconteceu. O que pode ter levado a um crime tão bárbaro e quem era essa pessoa (que atirou) — disse o cunhado.

O corpo de Diego passou por exames do Instituto Médico-Legal (IML) e foi enterrado na segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. A investigação é da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ele deixou duas filhas, uma de 2 e outra de 12 anos.

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