Rio
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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 19/06/2024 - 04:30

Águas cristalinas nas praias do Rio

As praias do Rio de Janeiro estão com águas cristalinas, semelhantes ao Caribe, devido à combinação de fatores como tempo seco, ventos e mar calmo. A ausência de chuvas contribui para a transparência da água, permitindo a visualização de animais marinhos e a prática de atividades aquáticas. O fenômeno da água-roxa pode ocorrer nos próximos dias, intensificando as cores do mar. A biodiversidade marinha do Rio é evidenciada pela limpeza das águas, que possibilita a observação de raias e outros animais marinhos.

O clima de 2024 tem sido de extremos no Brasil. Mas esta semana a natureza sorriu para a Guanabara e abençoou o Rio com águas de transparência e tons de turquesa e esmeralda que costumam ser associados ao Caribe. Um mar paradisíaco, com direito a tartarugas, arraias e cardumes. E que pode ainda ficar mais azul e transparente nos próximos dias.

Os animais marinhos são parte da fauna carioca, mas a água, raramente tão cristalina, os torna difíceis de ver. Esta semana, porém, banhistas com água na cintura brincaram com peixinhos no Arpoador e tartarugas foram avistadas da Marina da Glória aos costões da Niemeyer.

Toda essa água limpa e clara é resultado da combinação no ponto certo de tempo seco, ventos e ondas, explicam especialistas.

Com águas transparentes, praias do Rio vivem dias de Caribe

Com águas transparentes, praias do Rio vivem dias de Caribe

O tempo seco ajudou, mas não transformou o Rio em Caribe sozinho. A chuva aumenta a vazão dos rios, que levam para o mar todo o lixo e esgoto despejado neles, deixando a água suja e turva. Como quase não chove desde o início de maio, a água ficou mais limpa. O desvio do Rio Carioca para o emissário submarino também contribuiu.

Mas os ventos de sul e sudoeste foram fundamentais para empurrar a água oceânica, muito mais limpa, para a costa, explica o biólogo marinho e documentarista Ricardo Gomes, diretor do Instituto Mar Urbano e um dos mais experientes mergulhadores da cidade.

E os ventos sopraram sem a costumeira companhia da chuva. Isto porque o mesmo bloqueio atmosférico que tem causado tragédia no Rio Grande do Sul e secado o Sudeste e o Centro-Oeste fez com que os ventos do quadrante sul chegassem sem as frentes frias, que costumam acompanhá-los, trazendo chuva.

A transparência também se deve ao mar excepcionalmente calmo e sem ondas, afirma Flavia Lins de Barros, coordenadora do Laboratório de Geografia Marinha do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

— O mar do Rio está maravilhoso, digno de ser chamado de paraíso. E um dos motivos é a falta de ondas, incomum nesta época. O mar está um espelho, quase nem espuma tem. A espuma atrapalha muito a visibilidade por remexer a areia e aumentar a turbidez da água — diz Flavia Lins de Barros.

Ela acrescenta que a temporada de ressacas no Rio vai de maio a setembro, mas este ano, atrasou. O mesmo bloqueio impede a passagem das frentes que deixam o mar agitado.

O céu sem nuvens sugadas pelo bloqueio e muito azul dá o toque final e garante o tom turquesa da água.

— O mar sem ondas reflete ainda mais o azul do céu e o verde dos costões, que ganham águas esmeralda. Está um espetáculo — diz a especialista em gestão costeira.

Gomes concorda e acrescenta que o que já está bom pode melhorar nos próximos dias, se o vento sudoeste soprar com mais intensidade e ainda sem a companhia da chuva.

— Já faz um mês que a água está muito boa. Esta semana ficou melhor. Mas, se o vento sudoeste voltar a entrar sem chuva e com força, trará mais água do oceano aberto, os tons que agora estão esmeralda e azuis poderão se tornar arroxeados. Ficará ainda mais lindo — diz ele.

É o fenômeno conhecido como água-roxa, termo cunhado por mergulhadores. O nome se deve porque nas áreas profundas o azul, de tão intenso, fica arroxeado. Muitas vezes, porque o fenômeno está associado a ventos que costumam trazer ondas grandes e mau tempo, a visibilidade não é tão boa. Mas agora, sem previsão de chuva ao menos até o fim de semana, o Rio seguirá um Caribe.

— Sou um caçador de água limpa e agora está especial. Flagramos raias enormes na Baía de Guanabara. A água limpa abriu uma janela para o fundo do mar — elogia Ricardo Gomes.

As águas límpidas permitiram a ele captar uma profusão de imagens, muitas das quais estão na exposição gratuita “Raias da Guanabara”, na Casa G20, espaço que funciona na Casa Laura Alvim, em Ipanema.

— São imagens das últimas semanas, é impressionante. E isso dá dimensão da imensa biodiversidade do nosso mar — salienta Gomes.

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