Tijuca e Zona Norte
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Por — Rio de Janeiro

Após fazer sucesso pelas ruas de Tijuca, Rio Comprido e Grajaú, o Clube do Passinho abriu turmas e colocou todo mundo para dançar pela cidade. Em abril, o projeto será ampliado e inaugurará pontos no Méier e em Cascadura. Criada pelo tijucano e dançarino de charme Júlio Bottoni, de 49 anos, a iniciativa também está presente em bairros da Zona Sul, como Laranjeiras e Botafogo. Este ano, foi desenvolvido ainda o Passinho Itinerante, voltado para iniciantes que não conseguem frequentar as aulas fixas.

— Nós começamos com essas turmas como uma forma de ocupação dos espaços públicos. Nessas nossas idas e vindas por ruas do Rio, muitas pessoas queriam participar, mas não tinham como frequentar as aulas regulares. Sendo assim, nós estamos oferecendo esse formato itinerante para o pessoal que só tem tempo livre nos fins de semana. Estamos utilizando o Píer Mauá e o MAM, e cobramos um valor simbólico para a participação. As aulas acontecem de acordo com o mês. Nos meses com cinco semanas, fazemos três aulas. Nos meses com quatro semanas, damos apenas duas. Os locais e horários são divulgados nas redes sociais — informa Bottoni.

Atualmente, as aulas fixas são ministradas às segundas-feiras, das 17h às 18h, em Botafogo. Já às quartas e quintas-feiras das 17h às 20h, ocorrem na Tijuca. Em Laranjeiras, as turmas são reunidas às terças, das 17h às 20h. Os horários no Méier e em Cascadura ainda serão divulgados.

— Temos como objetivo principal divulgar o charme como cultura popular, buscando ao mesmo tempo renovar a cena. Os passinhos que o pessoal conhece são mais antigos. Mas eles são, junto com o DJ e o regente, a alma do baile. Ao mesmo tempo, trabalhamos com saúde, socialização, cidadania e ocupação de espaços públicos, unindo o útil ao agradável — explica.

O projeto, que começou apenas com Bottoni querendo pôr em prática os passos de charme que aprendera nos famosos bailes do Disco Voador, em Marechal Hermes, e do Vera Cruz, na Abolição, hoje se tornou referência na cultura charme.

— A maioria dos passinhos que nós dançávamos nos bailes já tinha mais de 30 anos. Então decidi criar novos passos, porque era preciso e já não aguentava mais dançar as mesmas coisas. Eu fiz uma proposta aos meus amigos para dançarmos na rua, numa calçada próxima à minha casa. Muitos não gostaram da ideia, não quiseram aderir, e outros aceitaram. Então nós começamos o nosso primeiro ensaio ali na Tijuca, e quando vimos já tinha uma galera conosco. Depois disso, divulgamos nas redes sociais e começamos a crescer. Hoje, temos centenas de pessoas — diz Bottoni.

Aulas-baile na Tijuca

Nos dias 30 e 31 deste mês, sábado e domingo, o Clube do Passinho vai promover aulas-baile em homenagem ao Dia da Mulher no Centro Coreográfico da Tijuca (Rua José Higino, 115). Bottoni e a professora Crislayne Marques ensinarão passinhos ao público. Paulo Cesar Negro, charmeiro das antigas, puxará as coreografias na hora do baile. Outros grupos e dançarinos, além de DJs, estarão presentes.

O ingresso custa R$ 30 (inteira), e pode ser comprado em riocultura.eleventickets.com.

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