Após o sucesso em Anchieta, a Casa Amarela inaugurou, este ano, uma unidade em Vila Isabel. O local que abriga a literatura também se tornará sede de atividades artísticas e culturais. A partir de março, o espaço contará com aulas de de ioga kemética, dançaterapia, francês, pintura e reiki a valor social. O projeto é idealizado por Pedro Gerolimich, conhecido popularmente como Pedro do Livro.
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— O trabalho em Vila Isabel começou no início do ano como uma espécie de franquia da nossa unidade de Anchieta, aberta há dois anos. O pessoal da região me procurou, e montamos esse ponto de leitura. Estávamos esperando as coisas se normalizarem depois do carnaval para promovermos uma série de aulas e oficinas. O objetivo é que a maioria das atividades seja gratuita, mas em algumas serão cobradas taxas simbólicas para a manutenção do espaço e custeio dos professores com as passagens. Mas a cobrança será a menor possível — garante Gerolimich.
De acordo com o professor de geografia, a ideia surgiu com o objetivo de expandir as atividades sociais no bairro.
— Nós já temos a experiência em Anchieta e entendemos que para desenvolvermos mais a leitura precisamos nos cercar de outras estratégias de trabalho de perspectiva social. Nós vemos que existe uma demanda por novas ações aqui em Vila Isabel. Existem, por exemplo, moradores do Morro dos Macacaos que desejam aprender uma nova língua e não têm como arcar com esse custo — diz Gerolimich.
No último domingo, a Casa Amarela realizou o primeiro Bailinho de Carnaval. O evento, voltado para as crianças, reforçou o compromisso com a diversão infantil.
— A nossa intenção foi incentivar na criança, desde cedo, o direito de brincar. Às vezes o carnaval é um momento muito complicado para os pais. Acontece que não existem tantas programações para os filhos serem levados, e isso acaba sendo um empecilho. Quisemos fazer esse evento para proporcionarmos um espaço seguro para pais, mães e os seus filhos — explica Gerolimich.
A Casa Amarela funciona de terça a sexta, das 9h às 17h; e aos sábados, das 9h30 às 18h. Ao todo, as residências que abrigam o projeto são moradia de mais de tês mil livros.
—Em novembro de 2021, estava em lua de mel em Paris, na França, e, durante um passeio pelo Museu do Louvre, surgiu a ideia de montar uma biblioteca comunitária. Compartilhei esse meu desejo com outras pessoas que são ligadas à cultura e à educação, e em pouco tempo colocamos a mão na massa. Uma bibliotecária nos ajudou com a formação do acervo — relembra Gerolimich.