O Conselho de Ética da Câmara arquivou, por 12 votos a 1, a representação aberta contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho '03' do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O PT entrou com uma ação contra o parlamentar em abril, quando ele se envolveu em uma briga com o deputado Dionilso Marcon (PT-RS). Na ocasião, Bolsonaro "partiu para cima" de Marcon, após uma discussão sobre a facada sofrida em 2018 pelo seu pai. Ambos debatiam na Comissão de Trabalho da Câmara, quando o filho do ex-presidente citou o atentado cometido contra o então candidato. Marcon afirmou que a "facada foi fake". Eduardo levantou da cadeira e precisou ser contido pelos colegas. Ele chamou Marcon de "veado" e pediu para que repetisse a frase.
O arquivamento da apuração em desfavor de Eduardo Bolsonaro contou com votos de duas deputadas do PT. As deputadas Jack Rocha (PT-ES) e Ana Paula Lima (PT-SC) se posicionaram a favor do arquivamento. O parecer do relator da ação contra Eduardo Bolsonaro, Josenildo Ramos (PDT-AP), considerou que o deputado do PL "agiu sob o calor da emoção" e pediu o arquivamento. O colegiado ainda não aprovou nenhuma punição a parlamentares neste ano.
Nesta terça, outras duas representações, contra as deputadas Talíria Petrone e Érika Kokay (respectivamente do PSOL do RJ e do DF), também foram arquivadas. Já as representações contra Célia Xakriabá (PSOL-MG), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) serão analisadas em outra ocasião, já que as parlamentares não estavam na Casa Legislativa.
Talíria foi levada ao Conselho de Ética pelo PL depois de falar que Ricardo Salles (PL-SP) tem relação com o garimpo ilegal. O caso foi arquivado na semana passada pelo colegiado. Já Érika Kokay teve seu caso analisado por chamar de “assassinos” os deputados que votaram a favor do marco temporal.