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Por O Globo com agências internacionais

O movimento xiita libanês Hezbollah afirmou nesta quarta-feira que disparou "100 foguetes Katyusha" contra duas posições israelenses nas Colinas de Golã, um território sírio anexado por Israel em 1967, "em resposta" a um bombardeio do Estado judeu que teria matado um comandante sênior do grupo, na cidade costeira de Tiro.

Segundo as Forças Armadas de Israel, citadas pelo Times of Israel, a maior parte dos foguetes atingiu áreas abertas, e não há relato de feridos. O Hezbollah também reivindicou outro ataque retaliatório com "foguetes Falaq" em uma base no norte de Israel.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, de acordo com comentários divulgados pelo seu gabinete após a represália, disse que os tanques das forças armadas que saem de Rafah, cidade no extremo sul da Faixa de Gaza, "podem chegar até Litani", uma referência a um rio libanês próximo à fronteira entre os países.

— Preferimos um acordo, mas se a realidade nos forçar, saberemos como lutar — afirmou Gallant, segundo comentários citados pelo jornal israelense.

Segundo morto em um mês

Mais cedo, as Forças Armadas israelense anunciaram a morte de Muhammad Neamah Naser, também conhecido como "Hajj Abu Naameh", que seria o "o comandante da Unidade Aziz da organização terrorista Hezbollah, responsável por disparar contra o território israelense a partir do sudoeste do Líbano".

"Um drone inimigo atacou um carro na estrada para Hauch, no leste da cidade de Tiro", anunciou a Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA), controlada pelo Estado, pela manhã. O grupo, ao confirmar a morte de Naser, anunciou a morte de um segundo combatente.

Naser, segundo as forças israelenses, era o equivalente a Taleb Abdallah, um dos principais comandantes do grupo, morto por Israel em junho — na ocasião, os combatentes também dispararam uma saraivada de foguetes em reação. Ele também teria sido, de acordo com o Times of Israel, o responsável pelo sequestro dos soldados Ehud Goldwasser e Eldad Regev em 2006, desencadeando a guerra de 34 dias entre as partes.

Com a morte, Naser torna-se o segundo comandante do Hezbollah a morrer em menos de um mês, segundo uma fonte próxima ao movimento. Uma segunda fonte próxima ao Hezbollah, também pedindo anonimato, disse à AFP que Naser foi o terceiro comandante sênior do Hezbollah a ser morto em quase nove meses de hostilidades. Em janeiro, uma fonte de segurança disse que um ataque israelense matou Wissam Hassan Tawil, outro importante comandante do grupo.

Os ataques em ambos os lados da fronteira israelense-libanesa causaram ao menos 494 mortos no Líbano em mais de oito meses, a maioria combatentes, mas também 95 civis, segundo uma nova contagem da AFP baseada em dados do movimento xiita e de fontes oficiais libanesas. Do lado israelense, ao menos 15 soldados e 11 civis morreram, segundo as autoridades. Dezenas de milhares de habitantes dos dois lados da fronteira foram deslocados pelos combates.

Outros ataques são anunciados

Nesta quarta-feira, o Hezbollah também anunciou uma série de outros ataques contra tropas e posições israelenses perto da fronteira, enquanto a NNA, relatou ataques israelenses em outras partes do sul do Líbano.

O movimento xiita tem trocado tiros transfronteiriços quase diários com o exército israelense desde que seu aliado palestino, o Hamas, atacou o sul de Israel em 7 de outubro, desencadeando uma guerra em Gaza. Mas a morte de Naser ocorre após um relativo abrandamento das agressões na última semana, quando em as ameaças de ambos os lados se intensificaram e a retórica bélica gerou temores de uma guerra generalizada.

O temor de que a violência, até agora restrita em grande parte à região da fronteira, possa se transformar em uma guerra total provocou uma enxurrada de esforços diplomáticos para diminuir as tensões. Na terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que evitasse uma "conflagração" entre Israel e o Hezbollah.

O enviado dos Estados Unidos, Amos Hochstein, que fez várias visitas ao Líbano nos últimos meses, deve chegar a Paris na quarta-feira, onde se reunirá com o enviado de Macron para o Líbano, Jean-Yves Le Drian. (Com AFP)

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