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Por AFP — Montevidéu, Uruguai

O partido originado da extinta guerrilha FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pediu ao ex-presidente uruguaio José Mujica apoio para destravar a implementação do acordo de paz na Colômbia, em uma reunião realizada nesta quarta-feira em Montevidéu, que contou também com a presença do ex-presidente colombiano Ernesto Samper.

Mujica, um ex-guerrilheiro que governou o Uruguai de 2010 a 2015 e é garantidor do pacto assinado em 2016 entre as FARC e o Estado colombiano, recebeu das mãos de Juan Manuel Gómez, delegado do Partido Comunes, uma carta com propostas para concretizar o que foi acordado, informou à AFP o escritório de Samper.

Na carta, os desmobilizados das FARC afirmam que passaram "quase 8 anos de trabalho incansável para materializar para o povo comum o conjunto de ações deste Acordo", mas "dificuldades e obstáculos" impedem a "paz total".

"A guerra irregular que tem caracterizado a sociedade colombiana adquire cada vez mais sinais de degradação moral e política, complexificando as possibilidades de uma solução através do diálogo e da negociação", adverte o texto dirigido a Mujica.

Diante disso, o Partido Comunes solicitou ao ex-presidente uruguaio que impulsione três propostas que pretendem apresentar nas próximas semanas ao Conselho de Segurança da ONU: criar uma alta conselharia para cumprir o acordo, dotar o plano-marco de mais financiamento, e estender o prazo para a implementação aos próximos três governos.

"Estamos certos de que não existem melhores mãos que as suas para depositar nossa mensagem", afirmam a Mujica os ex-combatentes das FARC.

O Partido Comunes publicou em suas redes sociais fotos da visita de Gómez e do ex-presidente Samper (1994-1998), nas quais Mujica é visto recebendo a carta e uma placa comemorativa de sua contribuição para a construção da paz.

Graças ao acordo de paz de 2016, cerca de 13 mil combatentes e colaboradores das FARC se reincorporaram à vida civil, alguns dedicando-se à política com o Partido Comunes.

No entanto, dissidentes que não aderiram ao pacto continuam sendo protagonistas da violência, o que impede a Colômbia de superar seis décadas de conflito armado.

Segundo dados do Partido Comunes, mais de 400 ex-combatentes das FARC foram assassinados desde o desarmamento.

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