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Por AFP — Teerã

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GERADO EM: 29/06/2024 - 12:24

Disputa no Irã: Reformista x Ultraconservador

Reformista e ultraconservador disputarão 2º turno presidencial no Irã, com baixa participação eleitoral. Jalili e Pezeshkian lideram votação, após morte do presidente Raisi. Khamenei pede votação e 40% dos eleitores comparecem. Novo presidente terá poderes limitados em meio a crises no Oriente Médio.

O candidato reformista Masoud Pezeshkian e o ultraconservador Saeed Jalili foram os dois mais votados no primeiro turno das eleições presidenciais do Irã e disputarão o cargo em 5 de julho. O pleito, organizado às pressas após a morte do presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero, foi marcado pela participação mais baixa desde a Revolução Islâmica de 1979, com apenas 40% de comparecimento.

— Nenhum dos candidatos obteve maioria absoluta — disse à imprensa Mohsen Eslami, porta-voz do gabinete eleitoral do Ministério do Interior ontem, após o resultado da votação de sexta-feira.

Com todos os 24,5 milhões de votos apurados, o deputado Pezeshkian liderou a disputa com 42% dos votos, recebendo o apoio de 10,4 milhões de eleitores. Saeed Jalili, que participou das negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano, obteve 38%, com 9,47 milhões de votos. Das 14 eleições presidenciais realizadas desde a Revolução Islâmica, apenas uma havia sido decidida em segundo turno até agora, em 2005.

Concorreram também o presidente do Parlamento, Mohamad Bagher Ghalibaf, que foi o terceiro mais votado, com 3,38 milhões de votos, e Mostafa Purmohammadi, o único religioso na disputa, que ficou em quarto com 206.397 votos.

Após o resultado, Ghalibaf, que também é conservador, prestou seu apoio à candidatura de Jalili.

— Peço a todas as forças revolucionárias e aos meus apoiadores que tentem eleger o candidato da frente revolucionária — declarou Ghalibaf.

Dois outros candidatos conservadores, que abandonaram a disputa antes do primeiro turno, também pediram votos para Jalili.

Para vencer as eleições, o reformista Pezeshkian terá de contar com a mobilização de parte do eleitorado que se absteve no primeiro turno, motivados pelo sentimento anti-Jalili. A tarefa, no entanto, não será fácil: dos 61 milhões de eleitores convocados às urnas na sexta-feira, 60% se abstiveram, resultado que superou o recorde de 51% de abstenção de 2021, quando nenhum candidato reformista ou moderado foi autorizado a concorrer. Alguns opositores, sobretudo da diáspora, apelaram ao boicote das eleições.

O guia supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, pediu à população que participe das eleições. Antes do primeiro turno, ele já advertira que o comparecimento baixo poderia afetar a legitimidade do pleito.

Embora hierarquicamente relevante, o presidente iraniano tem poderes limitados no país, sendo responsável por aplicar as políticas estabelecidas por Khamenei.

Além da resistência interna, o pleito acontece no momento em que o Irã, um importante ator no Oriente Médio, está no centro de várias crises, desde a guerra em Gaza até a questão do seu programa nuclear.

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