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Por — Brasília

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GERADO EM: 19/06/2024 - 12:16

Chanceler Mauro Vieira defende posição do Brasil em relação a Israel

Chanceler Mauro Vieira reitera que retirada do embaixador de Israel não significa rompimento de relações. Brasil defende posição de dois Estados e critica uso desproporcional da força militar por Israel em Gaza. Deputados da oposição questionam falta de apoio do governo Lula ao país.

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o fato de o embaixador Frederico Meyer ter sido retirado da representação brasileira em Tel Aviv não significa o rompimento das relações do Brasil com Israel. Vieira disse que a embaixada continua aberta, sob o comando do encarregado de negócios, Fábio Farias.

— O embaixador já deixou a embaixada, mas isso não quer dizer que rompemos as relações com Israel. Retirar o embaixador é muito aquém de um rompimento — afirmou o chanceler.

Meyer deixou o posto em Tel Aviv no início deste ano, depois ter sido convocado pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, a uma cerimônia pública no memorial do Holocausto, em Jerusalém. O objetivo foi repreender o diplomata brasileiro por uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou os ataques de Israel a palestinos que na Faixa de Gaza à morte de judeus durante a Segunda Guerra Mundial pelos nazistas.

O episódio, que contrariou os padrões usuais da diplomacia, em que reprimendas são feitas privadamente, foi visto por interlocutores do governo brasileiro como "humilhante" e considerado "um circo". Lula foi classificado como persona non grata pelo governo de Israel e chamou de volta ao Brasil o embaixador.

O contexto tornou a permanência de Meyer à frente da embaixada insustentável, cenário agravado pela escalada da guerra na Faixa de Gaza e, recentemente, Meyer foi nomeado representante do Brasil na Conferência Especial do Desarmamento, órgão da ONU sediado em Genebra.

Durante a audiência pública, Mauro Vieira foi cobrado por parlamentares da oposição, que reclamaram da falta de apoio do governo Lula a Israel. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a dizer que o Brasil voltou a ser um “anão diplomático”, em uma referência a um episódio que aconteceu em 2014.

Na época, após o então chanceler Luiz Alberto Figueiredo chamar o embaixador brasileiro para consultas, por conta da escalada da violência na Faixa de Gaza, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, chamou o Brasil de “anão diplomático”.

— O Brasil volta a ser um anão diplomático novamente — disse o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Vieira reafirmou a posição do Brasil pelo reconhecimento de dois Estados, o israelense e o palestino. Enfatizou que Lula condenou os ataques terroristas do Hamas e sempre defendeu a libertação dos reféns que estão nas mãos do grupo extremista. Mas disse que o uso da força militar por Israel é desproporcional.

— Até uns dez dias atrás, havia 38 mil mortos em Gaza. Se compararmos com o número de mortos no conflito da Ucrânia, o número é menor ou está perto disso.

O conflito já dura pouco mais de oito meses e teve início após o ataque terrorista do Hamas conta o sul de Israel, que deixou ao menos 1,2 mil pessoas mortas e fez mais de 250 reféns. Em resposta, Israel lançou uma represália que já deixou mais de 37 mil mortos e 85,5 mil feridos. Só nas últimas 24h, 24 pessoas foram mortas, informou um comunicado do Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.

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