Mundo
PUBLICIDADE
Por — Rio de Janeiro

No cargo há menos de um ano, o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o posto cinco meses antes da deflagração de guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Com mais de 40 anos de carreira diplomática, ele chegou a representar o Brasil em sete países antes de Israel, onde nesta segunda-feira sofreu constrangimento ao ser levado ao Museu do Holocausto por representante do governo israelense. O episódio marca mais um capítulo da crise diplomática vivida entre os dois países após fala de Lula sobre o genocídio judeu durante a Segunda Guerra Mundial.

Meyer ingressou na vida diplomática em 1978, e desde então serviu em embaixadas de países como Iraque, União Soviética, Guiana e Cuba. Ele também já foi embaixador no Cazaquistão (2006-2011) e no Marrocos (2011-2015). Dentro do governo brasileiro, ele já foi assessor de gabinete de ministro, assistente do Departamento de Organismos Internacionais e porta-voz do Itamaraty.

Em 2023, Meyer passou por sabatina no Senado Federal para assumir o posto, e foi aprovado por ampla maioria. No documento em que pleiteia a vaga, ele defende como uma das metas principais de sua gestão a manutenção de contato permanente com o Escritório de Representação do Brasil em Ramallah e com autoridades israelenses para atender às demandas consulares de brasileiros que moram na Palestina e "necessitam ingressar em espaço sob jurisdição israelense".

Outra meta prevista envolve o apoio a plataformas para a "promoção de contatos entre israelense e palestinos" para promover ações que levem à paz. Já entre os indicadores para medir a eficácia de seu trabalho enquanto embaixador, estaria a participação de eventos que promovam contato entre israelenses e palestinos.

Ao tomar posse no cargo, em setembro de 2023, Meyer foi recebido pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, que se referiu ao Brasil como um "país adorado entre os israelenses":

— O Brasil é um país popular e adorado entre o público israelense. Nós ficamos felizes em receber sua liderança em Israel e trabalhar na promoção de relações diplomáticas e comerciais entre os nossos países.

Constrangimento em Israel

Diante da crise diplomática entre o governo brasileiro e Israel, o ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, levou Meyer ao Museu do Holocausto do país nesta segunda-feira. O movimento, visto com irritação por auxiliares de Lula, ocorreu horas após o petista comparar a atuação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto.

Na ocasião, ele afirmou que levou o embaixador ao local porque representa um testemunho do que os nazistas fizeram aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

— Eu trouxe você a um lugar que testemunha, mais do que qualquer outra coisa, o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família — disse o israelense a Meyer na manhã desta segunda. — A comparação entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazis é uma vergonha.

Mais recente Próxima O que significa chamar um embaixador de volta? Entenda como medida do governo Lula afeta relação com Israel
Mais do Globo

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de diabetes tipo 2, o medicamento é comumente utilizado para a perda de peso

Queda de tufos de cabelo e diarreia que duram dias: usuários relatam novos efeitos colaterais do Ozempic

Filha de Silvio Santos provoca burburinho ao dar 'like' em publicação envolvendo nome da mais nova apresentadora contratada pela TV Globo

Patrícia Abravanel curte post e reforça rumores sobre 'rixa' entre Eliana e Virgínia Fonseca; entenda

População vê responsabilidade do poder público em mortes e destruição causadas pelas cheias, indica pesquisa Datafolha

Para 75% dos gaúchos, tragédia das enchentes poderia ter sido evitada

Hungria assumirá a presidência semestral da União Europeia esta semana

Orbán anuncia que pretende formar novo grupo parlamentar europeu com partido austríaco de extrema-direita

Publicação americana afirma que cantora é a herdeira da coroa global de RuPaul

Pabllo Vittar é apontada pelo The New York Times como a 'próxima grande drag queen do mundo'

'Nós por todas' terá depoimentos de nove mulheres como Laerte, Martha Medeiros e Ítala Nandi

Maria Eduarda Carvalho grava filme sobre o desejo feminino

Em reportagem, jornal americano afirma que maranhense se tornou uma estrela pop de primeira linha e ativista LGBTQ no Brasil

Pablo Vittar: 'a próxima grande drag queen do mundo é brasileira', diz New York Times