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Por O Globo, com agências internacionais — Washington

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira, a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Joe Biden. A medida é uma iniciativa de deputados do Partido Republicano, que são maioria na Casa. A acusação é de que o líder democrata teria usado de sua influência quando era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) para permitir que seu filho, Hunter Biden, fizesse negócios suspeitos na China e na Ucrânia.

A abertura do processo ocorre ao fim de uma longa investigação movida pelo Partido Republicano, que analistas dizem não ter conseguido reunir provas de nada que se aproximasse de crimes graves ou contravenções. Os democratas denunciam o processo como uma ação politicamente motivada. Republicamos dizem que a abertura de inquérito foi necessária para impedir que medidas legais antecipadas pela Casa Branca impedissem que a investigação continuasse.

Líderes republicanos se abstiveram de convocar uma votação sobre o tema por meses, pelas reservas de muitos deles a avançar com o processo sem provas decisivas de que Biden tenha feito algo errado. Mas a aprovação, na quarta-feira, mostrou uma mudança no terreno político mudou: a abertura do inquérito foi aprovada por 221 a 212, com todos os republicanos votando pela aprovação e todos os democratas se opondo.

"Em vez de fazer qualquer coisa para ajudar a melhorar a vida dos americanos, eles estão focados em me atacar com mentiras”, reagiu Biden em um comunicado pouco depois da abertura do inquérito. “Em vez de fazerem o seu trabalho no trabalho urgente que precisa de ser feito, estão a optar por perder tempo com esta manobra política infundada que até os republicanos no Congresso admitem não ser apoiada por fatos".

As chances de destituição são praticamente nulas, mas a investigação pode se tornar uma dor de cabeça para a Casa Branca antes da eleição presidencial de novembro de 2024, na qual o democrata será candidato à reeleição.

Mais cedo, Hunter Biden, de 50 anos, reconheceu diante do Congresso ter cometido "erros" em sua vida, marcada por um passado de vícios e acusações em dois processos judiciais. No entanto, acusou "os trumpistas" de tentar "desumanizá-lo" para "prejudicar" seu pai, e se recusou a participar de uma audiência a portas fechadas organizada pelos republicanos, que o convocaram ao Capitólio nesta quarta-feira.

— Meu pai nunca esteve envolvido financeiramente em meus negócios — disse Hunter Biden em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira.

Biden sempre apoiou seu filho, repetindo que tem orgulho dele.

'Respostas ao povo'

Um pedido de impeachment, há muito solicitado por representantes próximos ao ex-presidente republicano Donald Trump, já havia sido aberto contra Biden no verão do Hemisfério Norte. Em uma primeira audiência parlamentar no final de setembro, os especialistas questionados concordaram que não havia justificativa para a destituição de Biden no momento.

— Não há evidências de que o presidente Biden tenha se envolvido em qualquer conduta repreensível — disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, nesta quarta-feira.

No entanto, os republicanos acreditam que a abertura formal do processo lhes dará poderes adicionais e, portanto, novas oportunidades para incriminar o líder democrata.

— Chegou a hora de dar respostas ao povo americano — disse o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, nesta quarta-feira.

Trump indiciado duas vezes

A Constituição dos EUA estabelece que o Congresso pode destituir o presidente do cargo em casos de "traição, suborno ou outros crimes graves e contravenções". O procedimento é feito em duas etapas. A Câmara dos Deputados investiga e, por maioria simples, vota nas acusações contra o presidente: isso é chamado de impeachment.

Se a Câmara dos Deputados aprovar as acusações por maioria simples, o Senado instaura o processo de impeachment e pode condenar o presidente. Nesse caso, ele provavelmente será absolvido porque o Senado é controlado pelos democratas.

Nenhum presidente dos EUA jamais foi destituído. Três, no entanto, foram indiciados: Andrew Johnson em 1868, Bill Clinton em 1998 e Trump em 2019 e 2021. Todos foram inocentados no processo. Richard Nixon optou por renunciar em 1974 para evitar a possibilidade de impeachment após o escândalo de Watergate.

*Uma versão anterior desta matéria noticiou que o processo teria sido aberto pelo Congresso americano. Contudo, foi apenas a Câmara, onde os republicanos são maioria, que votou pela abertura do impeachment.

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