Espaço antes degradado no Complexo do Chapadão dá lugar ao Parque Carioca Pavuna, inaugurado neste sábado

Onde havia um terreno baldio, a prefeitura construiu uma grande área de lazer. Obras duraram pouco menos de um ano e consumiram mais de R$ 12 milhões

Por — Rio de Janeiro


Parque Carioca Pavuna é inaugurado neste sábado Prefeitura / Fabio Motta

RESUMO

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GERADO EM: 22/06/2024 - 04:30

Transformação do terreno baldio no Parque Carioca Pavuna

A prefeitura transformou um terreno baldio no Complexo do Chapadão no Parque Carioca Pavuna, com áreas de lazer, quadras esportivas, espaço infantil e muito verde. O parque conta com uma torre de água e uma Nave do Conhecimento para oferecer cursos e oficinas gratuitas à comunidade.

Um antigo terreno baldio, localizado entre as ruas da Felicidade e Iguaba Grande, com um campinho de peladas improvisado em meio a um matagal e que servia de acesso dos moradores do Chapadão à Estrada Rio do Pau acaba de ganhar vida nova. O espaço, que renasce nesse sábado como o Parque Carioca Pavuna, tem17 mil metros quadrados e fica numa parte alta do Complexo do Chapadão, na Zona Norte, numa região carente de áreas de lazer, com um dos piores índices de desenvolvimento social do município e marcada pela violência. É o terceiro equipamento desse tipo entregue pela prefeitura, num ano de eleições municipais. Os anteriores foram os parques Rita Lee, na Barra da Tijuca, e Susana Naspolini, em Realengo, ambos na Zona Oeste.

Parque Carioca Pavuna é inaugurado neste sábado — Foto: Prefeitura / Beth Santos

A transformação durou pouco menos de um ano e consumiu mais de R$ 12 milhões. O lugar ganhou quiosques, quadras esportivas, espaço infantil com diversos brinquedos, área de convivência e 320 árvores de diferentes espécies nativas da Mata Atlântica, sendo 129 novas, incluindo algumas frutíferas, como pés de acerola, de pitanga e bananeiras. O resultado poderá ser conferido pela população local, a partir das 11h30, quando será aberto ao público, após a inauguração oficial.

— Esse é o terceiro dos cinco parques que vamos entregar para os cariocas até o fim do ano. Os parques têm um poder transformador na vida das pessoas. Eles geram cultura, lazer, proporcionam áreas verdes que se transformam em áreas de convivência. É isso que o carioca precisa. O Parque Carioca da Pavuna era um terreno baldio, onde havia lixo e insegurança, e foi transformado numa área com atrações para todas as idades. Os moradores agora terão tudo isso perto de casa, e ainda uma Nave do Conhecimento, com ambientes multiuso interativos de alta tecnologia e cursos. Madureira foi o primeiro, depois Realengo, sem esquecer o Parque Rita Lee, na Barra, e agora o da Pavuna. E ainda vão vir por aí o Parque Piedade e o Oeste. Vai ter carioca disputando quem tem o melhor parque — disse o prefeito Eduardo Paes.

Uma das principais atrações do novo parque fica logo no começo, à esquerda de quem chega pela entrada principal na Rua Iguaba Grande: numa área batizada de Praça Molhada, os esguichos que saem do piso e o que desce pelos tubos de uma torre de aço carbono, formando um chuveirão, promete fazer a alegria da criançada, principalmente nos dias mais quentes. Abaixo do piso há um reservatório com capacidade para 10 mil litros de água, que retorna pelos ralos e é reusada após passar por um processo de filtragem e tratamento, garantindo a sustentabilidade do parque.

A torre tem tudo para se transformar num ponto referência do local. Construída com tubos que atingem até 22 m de altura e iluminação nas extremidades é visível de diferentes pontos, incluindo a divisa entre o bairro da Pavuna, no Rio, com o município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. As luzes da torre serão acesas somente à noite, mas o espaço poderá ser usado para banho durante todo o dia. Numa das extremidades da Praça Molhada, há um espaço com areia, batizada de prainha, onde os frequentadores poderão montar suas cadeirinhas para tomar sol.

Conheça o Parque Carioca Pavuna

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À direita de quem chega no parque pela entrada principal está o playground com vários brinquedos e uma academia da terceira idade. Subindo mais um pouco estão os seis quiosques de alimentação, sendo quatro de alvenaria e dois com estrutura de chapa de aço, três banheiros para o público e as quatro salas de administração, que serão ocupadas por equipes da Secretaria Municipal de Conservação e da Comlurb. O parque conta ainda com pista de skate, quadras de basquete, futvôlei e vôlei de praia e uma área de convivência com mesas e bancos de cimento, além de barras paralelas e pranchas abdominais, para exercícios físicos.

—A gente estava mesmo precisando de um espaço como esse. É uma opção a mais de lazer num lugar que é tão carente de alternativas. O que tínhamos antes era só a pracinha do Village Pavuna, que mesmo assim não é bem conservada — disse a moradora Raiane Menezes, de 21 anos, que estava acompanhada da filha Ana Clara, de cinco anos, e da sobrinha Mirela Vitória, de três.

Torre que poderá ser avistada de longe, fica na Praça Molhada — Foto: Geraldo Ribeiro/Agência O Globo

Na quinta-feira, a dois dias da inauguração, uma equipe de grafiteiros da Visionartz garantia, com sua arte, o colorido nos cem metros do muro localizado numa das laterais do parque, perto da entrada. O artista urbano e grafiteiro Leandro Ice explicou que a inspiração para o trabalho partiu do nome Pavuna, que significa águas turvas.

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—A arte vai ser um complemento entre lagoa e mar, algo nesse sentido. Também vai ter grafismos indígenas, por conta dessa referência do nome Pavuna —explicou.

O novo parque é todo gradeado e com acessibilidade. O acesso da população estará garantido de terça-feira a domingo, sempre das 6h às 22h, com entrada gratuita. Para garantir a segurança e uso pelo público no período noturno a RioLuz instalou 132 pontos de iluminação de LED e 81 postes de fibra, que são mais resistentes e duráveis. O efetivo da Comlurb responsável pela limpeza da área será composto por 25 garis.

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O primeiro dos três parques entregues pela prefeitura esse ano foi o Rita Lee. Com uma área total de 136 mil m² e investimento de R$ 36 milhões, fica localizado em uma parte do Parque Olímpico, na Barra Olímpica, na Zona Oeste, e foi inaugurado no dia 12 de maio. Na semana passada foi a vez do Parque Realengo Susana Naspolini ser aberto ao público. Com 76 mil metros quadrados, ele é inspirado no icônico Gardens By The Bay, de Singapura, e custou R$ 72 milhões.

Além dos três parques que já ficaram prontos, a prefeitura está construindo outros dois. Inhoaíba, também na Zona Oeste, vai ganhar o Parque Oeste, com 234 mil m². E onde ficava a Faculdade Gama Filho, na Zona Norte, está sendo erguido o Parque Piedade, com 18 mil m².

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Espaço era antes um terreno baldio com campinho de peladas improvisado — Foto: Divulgação

Ensino de tecnologia na Nave do conhecimento

Assim como aconteceu no Parque Susana Naspolini, em Realengo, o Parque Carioca Pavuna também terá a sua Nave do Conhecimento. Será a décima primeira do município. O espaço conta com ambiente multiuso interativo de alta tecnologia e vai oferecer acesso gratuito à internet, além de palestras, oficinas e cursos voltados para a qualificação dos moradores em diferentes áreas.

Nave do conhecimento permitirá acesso a cursos de qualificação e internet gratuita — Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio

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Localizado próximo ao espaço de convivência do parque, a nave tem área útil de 278 m². A unidade conta com recepção, lan table, sala de aulas e um espaço gamer. Nos próximos dias serão oferecidas 560 vagas para inscrição nos cursos e oficinas presenciais.

A nave vai funcionar de terça a sábado das 9hàs 21h e aos domingos de 9h30 às 16h50. O espaço foi batizado de Nave do Conhecimento Amoroso Costa, numa homenagem ao engenheiro e professor da Escola Politécnica, que se destacou na ciência brasileira nas três primeiras décadas do Século XX, além de ter sido o principal divulgador da teoria da relatividade no Brasil.

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