Pacientes são orientados a testar para Covid-19 antes de passar por atendimento no polo de dengue

Com similaridade de sintomas, hospitais e postos de saúde orientam testagem

Por — Rio de Janeiro


Entrada do Polo de atendimento de Dengue do Hospital Municipal Rocha Maia Maria Guimarães

Em meio à epidemia de dengue no Rio de Janeiro, nem sempre é fácil identificar a diferença dos sintomas entre a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o coronavírus ou um resfriado comum. Por isso, para auxiliar a filtragem dos atendimentos, profissionais de saúde em unidades da rede municipal estão orientando que os pacientes façam o teste para Covid-19 antes de chegarem aos médicos. Dessa forma, é possível conduzir os casos de maneira mais assertiva.

Com o crescimento de casos suspeitos de dengue e coronavírus, os pacientes do Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo, Zona Sul da cidade, estão sendo orientados a, em caso de dúvida sobre os sintomas, realizar o teste de COVID-19 antes. Dessa forma, só são encaminhados para o polo de atendimento de dengue aqueles que descartarem a possibilidade do vírus SARS-CoV-2.

Os pacientes do Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, em Copacabana, Zona Sul do Rio, também estão recebendo a orientação para testagem de Covid-19. A guia de turismo Monique Martins conta que veio ao posto, pois está passando mal desde sábado. Antes mesmo de passar pelo médico, já foi encaminhada para o teste rápido.

— Estou com dor de cabeça, coriza, irritação na garganta e muito cansaço. Com tanta coisa acontecendo e sintomas diferentes, a gente fica sem saber o que realmente. Preferi vir ao médico para acabar com a dúvida. Não me deram nenhuma orientação em relação à dengue, mas disseram que aqui só tem o teste para Covid aqui — afirma Monique.

Monique Martins aguarda para realizar o teste de Covid-19 no CMS João Barros — Foto: Maria Guimarães

Apesar de não apresentar mais números tão expressivos, a Covid-19 está circulando na cidade — ainda que em patamares inferiores aos de anos anteriores. Especialistas lembram que as aglomerações típicas do carnaval podem aumentar a transmissão desses e de outros vírus, como o da gripe comum, que, às vezes, causam sintomas parecidos.

O período de manifestação das doenças variam, mas pode chegar a uma semana depois da contaminação. Segundo o Observatório Epidemiológico do Rio (EpiRio), nesta terça-feira, 40 pessoas estavam internadas com Covid-19 na rede pública de saúde da capital. Na semana passada, o índice de positividade para a doença foi de 26% — índice que regula com o registrado no fim de 2022.

Infográfico — Foto: Arte

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o aumento do número de casos de síndrome gripal confirmados como Covid-19 se deve aos eventos e à grande concentração de pessoas durante o carnaval. De acordo com a SMS, "grande maioria dos casos não apresenta gravidade graças ao índice de pessoas vacinadas com duas doses no município do Rio que é superior a 90%". A secretaria também informou que a tendência para a próxima semana é de aumento nos casos de dengue e que não há, até o momento, recomendação para o uso de máscaras.

Leia a íntegra da nota da SMS:

"Após o carnaval, devido aos eventos e à grande concentração de pessoas, é possível observar um aumento no número de casos de síndrome gripal confirmados como covid-19. Cabe ressaltar que, mesmo com o aumento da positividade dos testes, a grande maioria dos casos não apresenta gravidade graças ao índice de pessoas vacinadas com duas doses no município do Rio que é superior a 90%.

Segundo avaliações epidemiológicas, essa semana houve aumento nos casos de covid e a tendência para a próxima semana é de aumento nos casos de dengue.

A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que pacientes que apresentem sintomas característicos de uma síndrome gripal, como: febre, dor de cabeça e no corpo, tosse e coriza, procurem a sua unidade de Saúde de referência para avaliação e orientação de um profissional. Não é recomendável a automedicação.

É necessário que a população atualize a caderneta de vacinação com a dose de reforço (bivalente) no intervalo de um ano. O imunizante está disponível em todas as 238 unidades da Atenção Primária (centro municipal de saúde e clínicas da família), para o público acima dos 6 meses de idade.

Não há, até o momento, recomendação para o uso de máscaras".

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