Caso O.J. Simpson rendeu série premiada e livros escritos pelos envolvidos no julgamento

Ex-jogador de futebol americano não foi condenado pelo assassinato de Nicole Brown e Ronald Goldman, mas acabou preso anos depois por assalto à mão armada

Por O Globo — Rio de Janeiro


Foto de réu de OJ Simpson AFP

O ex-atleta O.J. Simpson, que morreu nesta quinta-feira, aos 76 anos, se tornou um homem livre em 2021, quando a pena que cumpria por assalto à mão armada foi concluída. Simpson chegou a passar nove anos na cadeia, e desde 2017 estava em regime aberto. O falecimento, em Las Vegas, foi confirmado pela família do ex-atleta nas redes sociais.

A prisão, no entanto, não se deu pela famosa acusação do assassinato de sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e do garçom Ronald Goldman, em 12 de junho de 1994 — caso que rendeu uma premiada minissérie e uma infinidade de livros.

Uma das principais estrelas da NFL, O.J. Simpson foi julgado e absolvido pelo duplo assassinato de sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e do amigo dela, Ron Goldman, nos anos 1990, em um dos julgamentos que mais repercutiram nos Estados Unidos e no mundo.

Ele foi condenado pelo roubo de artigos esportivos em um cassino, em Las Vegas. Simpson alegava que pretendia impedir a venda de artigos esportivos que pertenciam a ele, além de itens de seu acervo pessoal. Acabou condenado a 33 anos de prisão, dos quais cumpriu 9.

Simpson foi um dos principais jogadores de futebol americano nos anos 1970, e na década seguinte emplacou uma carreira cinematográfica de relativo sucesso — a maioria dos quarentões vai lembrar da franquia "Corra que a polícia vem aí" na Sessão da Tarde.

Mas nada tornaria Simpson tão conhecido em todo o mundo quanto a perseguição transmitida ao vivo e o julgamento pelo assassinato de Nicole Brown e Ronald Goldman. O episódio anos depois seria adaptado para a TV na premiada minissérie "American crime story: The people v. O.J. Simpson".

Em 2016, a minissérie roubou a cena no Emmy, ofuscando medalhões como "Game of thrones" e "Veep" e terminando aquela noite com a maioria das estatuetas às quais concorria: foram nove ao todo, cinco entre as categorias principais.

A minissérie é uma criação de Scott Alexander e Larry Karaszewski, dupla responsável pelo roteiro de "O povo contra Larry Flint", de 1996. O elenco, que interpreta personagens reais, é estrelado. O vencedor do Oscar Cuba Gooding Jr. viveu o atleta. Como os advogados Robert Shapiro e Robert Kardashian, John Travolta e David Schwimmer (o eterno Ross, de "Friends") — hoje celebridades, as filhos de Kardashian com Kris Jenner, Kim, Kourtney e Khloe, aparecem em suas versões mirins.

Sarah Paulson, velha parceira de Ryan Murphy, encarnou a promotora Marcia Clark, e levou o prêmio de melhor atriz em minissérie ou telefilme. Também vencedores do Emmy, Sterling K. Brown (melhor ator coadjuvante em minissérie ou telefilme) encarnou Christopher Darden, do time de acusação. Courtney B. Vance (melhor ator em minissérie ou telefilme) viveu o líder do "dream team" da defesa, que acabou por absolver o atleta, Johnnie Cochran.

Onde assistir às séries de O.J. Simpson

"American crime story: The people v. O.J. Simpson" está disponível na Star+. No catálogo da mesma plataforma, o público também pode assistir ao documentário "O.J.: Made in America", de 2016, que reconstrói a ascensão e a queda do astro do futebol americano em 1h31 de filme.

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