Receita autoriza a Temu, gigante chinesa do e-commerce, a vender no Brasil e rivalizar com Shopee e Shein

Empresa foi admitida no programa Remessa Conforme. Plataforma que tem um dos apps mais baixados do mundo vende de móveis, utensílios domésticos de pequeno valor até eletrônicos e roupas

Por — Brasília


Plataforma chinesa de comércio Temu, que quer desembarcar até o fim do ano no Brasil Bloomberg

A Receita Federal autorizou a Temu, operação de venda on-line internacional da Pinduoduo, terceira maior plataforma de serviços digitais da China, a operar dentro do Remessa Conforme. O programa permite que a empresa traga mercadorias abaixo de US$ 50 (R$ 255,23) sem pagar imposto de importação de 60% e facilita o desembaraço das cargas.

Dessa forma, a empresa pretende entrar no mercado brasileiro, e deve se tornar uma rival de outras gigantes do comércio eletrônico que já atuam por aqui, como Amazon, Alibaba, Shopee e Shein.

Criada em 2022 pelo grupo Pinduoduo, a Temu é uma mistura da Shopee e Shein, por vender de tudo, desde móveis até eletrônicos, roupas e utensílios domésticos de pequeno valor. Com o mote "compre como um bilionário", o app da Temu estreou fora da China nos EUA e rapidamente ganhou popularidade, superando as vendas da Shein.

O Pinduoduo é uma das maiores plataformas de e-commerce da China — no mercado chinês, só fica atrás em vendas do Alibaba, que já opera no Brasil. A receita de sucesso combina preços extremamente baixos com uma presença vibrante em redes sociais.

E, em valor de mercado, é o terceiro maior grupo chinês, atrás apenas do Taobao (site de vendas na China do Alibaba) e do Douyin, dono do Tik Tok.

O novo e-commerce foi lançado fora da China primeiro nos Estados Unidos. Em seguida, ele teve estreia no Reino Unido e agora já está tomando espaço em diversos países.

O movimento para a empresa entrar no mercado on-line brasileiro se concretiza com o pedido para entrar no Remessa Conforme. Em vigor desde agosto de 2023, o programa do Ministério da Fazenda funciona por adesão. As empresas que participam tem o Imposto de Importação para compras de até US$ 50 zerado — antes, era de 60%.

Quanto custa comprar uma ilha? Preços chegam a R$ 50 milhões

7 fotos
Mercado de compra e venda de ilhas avança no Brasil

O programa também vai permitir que a empresa pague ICMS (imposto estadual) de 17%, sobre compras de qualquer valor. Antes do programa, havia diferentes alíquotas do imposto estadual para essas compras.

Além da Temu, a Receita autorizou a 3cliques, da importadora chinesa Shenzhen Yiminghui; a Tiendamia, da americana Xipron Inc.

Mais recente Próxima ‘Queremos chegar a 2050 com 100% dos pneus recicláveis’, diz executivo da Bridgestone