Desde a morte de OJ Simpson, aos 76 anos, em Las Vegas, na semana passada, rumores davam conta que seu cérebro seria doado para estudos científicos sobre encefalopatia traumática crônica, uma doença degenerativa do cérebro que já foi diagnosticada em ex-jogadores da NFL por causa de colisões repetidas no campo. Mas, à NBC News, o advogado de Simpson, Malcolm LaVergne, disse que o ex-atleta será cremado, e que não haverá doações de seus órgãos.

— Todo o seu corpo, incluindo seu cérebro, será cremado — afirmou LaVergne, acrescentando que a negativa de doação é um "não definitivo.

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LaVergne, que foi advogado de Simpson por 1 anos, agora está trabalhando como executor do espólio. Além de esclarecer dúvidas sobre possibilidade de doação de órgãos, o advogado explicou que Simpson devia dinheiro à receita federal americana e que muitos de seus bens, incluindo bolas de futebol, camisetas e outras lembranças esportivas, haviam sido apreendidas há muito tempo como resultado de sua condenação no processo cível, em 1997, pelas mortes de Nicole Brown e Ron Goldman. Na época, ele foi condenado a uma indenização de 33 milhões de dólares.

A condenação cível aconteceu dois anos após ele ser absolvido no julgamento criminal dos assassinatos. O histórico caso sempre foi cercado de polêmicas e dividiu a opinião pública nos EUA. Em uma entrevista ao Las Vegas Review-Journal, LaVergne afirmou que a família de Goldman não receberia nada do espólio, em relação à indenização, o que suscitou críticas.

Agora, à NBC News, o advogado disse que estaria se referindo, na verdade, a um funcionário da família Goldman, responsável por cobrar as dívidas, e que teria ido à televisão logo após o anúncio da morte de OJ Simpson. LaVergne reconheceu que seu comentário tinha sido "bastante duro" e que, como executor e representante da família Simpson, "é hora de amenizar o discurso".

OJ Simpson morreu na última quarta-feira (10), devido a um câncer de próstata.