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Por O Globo — Rio de Janeiro

Morreu, aos 76 anos, o ex-ídolo do futebol americano e ator OJ Simpson, em Las Vegas, nesta quarta-feira. O falecimento, devido a um câncer, foi confirmado pela família do ex-atleta, nas redes sociais. Ele protagonizou o julgamento mais famoso e polêmico dos Estados Unidos e, com diversas controvérsias e lados, foi condenado.

Relembre o caso

Em 1994, durante uma hora e meia, mais de 90 milhões de espectadores acompanharam por câmeras instaladas em helicópteros as imagens de um carro tipo furgão tentando escapar de uma espetacular perseguição da polícia de Los Angeles, EUA.

Morre, aos 76 anos, OJ Simpson — Foto: AFP
Morre, aos 76 anos, OJ Simpson — Foto: AFP

No carro em fuga estava O.J. Simpson, na época com 47 anos, ex-ídolo do futebol americano que também se aventurara como ator coadjuvante em alguns filmes de Hollywood e em shows da TV. Suspeito de ter assassinado a facadas a segunda ex-mulher, Nicole Brown, e o amigo dela Ronald Goldman, no dia 13 de junho, Simpson acabou se entregando à polícia após negociações.

O crime gerou grande debate no país não apenas pela violência e pela celebridade do acusado, mas pelo fato de ele ser negro e rico; e as vítimas, brancas. Divorciado da primeira mulher, negra, com a qual tivera dois filhos, Simpson se casara, em 1985, com a modelo branca Nicole Brown, com quem teve outros dois filhos. Os antecedentes do ex-jogador não ajudavam sua defesa: ciumento e agressivo, ele havia sido preso cinco anos antes do crime por repetidas brutalidades contra Nicole. O casal estava separado desde 1992.

No inquérito foram reunidos diversos indícios de culpa de O.J. Simpson, mas advogados hábeis e um juiz da Califórnia conseguiram que o corpo de jurados de maioria negra, exposto a argumentos de teor racista, declarasse o réu inocente, em 3 de outubro de 1995. Nenhum outro julgamento por crime de morte nos EUA teve tanto público: brancos o consideravam culpado e negros, inocente.

Foto de réu de OJ Simpson — Foto: AFP
Foto de réu de OJ Simpson — Foto: AFP

Em 1997, porém, uma ação civil o condenou a pagar a parentes das vítimas indenizações de US$ 8,5 milhões. Menos de uma semana depois, foi condenado em mais um processo civil a pagar US$ 25 milhões por danos e prejuízos causados às famílias de Nicole Brown e Ronald Goldman. Comunidades negras protestaram contra as sentenças. Desde então, o ex-milionário passou a enfrentar problemas financeiros. Para pagar as indenizações, leiloou, em fevereiro de 1999, troféus e outros objetos, mas o resultado foi decepcionante: arrecadou só US$ 430 mil.

O.J. Simpson. durante julgamento por matar ex-mulher nos EUA — Foto: AP Photo/Mark J. Terrill
O.J. Simpson. durante julgamento por matar ex-mulher nos EUA — Foto: AP Photo/Mark J. Terrill

Na década seguinte, em 16 de setembro de 2007, o ex-astro do futebol americano e ex-ator voltou a enfrentar problemas, após ser preso em Las Vegas, sendo depois acusado de crimes como assalto à mão armada, sequestro e formação de quadrilha. Aos 61 anos, no dia 4 de outubro de 2008, ele foi considerado culpado de 12 acusações por um tribunal do Estado de Nevada. Julgado culpado por ter roubado peças esportivas de colecionadores e os mantido presos dentro de um quarto de hotel de Las vegas, Simpson foi condenado a um total de 33 anos de prisão.

OJ Simpson é fichado em Los Angeles — Foto: AFP
OJ Simpson é fichado em Los Angeles — Foto: AFP

No início de 2017, "O.J.: Made in America", com 7 horas e 47 minutos de duração, conquistou o Oscar. O filme, que superou "Guerra e Paz" (1969), com 7 horas e 7 minutos, é uma produção da rede de TV americana ESPN sobre a trajetória do ídolo de futebol americano. O documentário foi exibido como uma série televisiva, mas também teve lançamento no cinema, para que pudesse ser elegível ao Oscar.

Cuba Gooding Jr viveu O.J. Simpson em "American Crime Story" — Foto: Divulgação
Cuba Gooding Jr viveu O.J. Simpson em "American Crime Story" — Foto: Divulgação

Poucos meses depois, em 20 de julho de 2017, uma comissão do Centro de Detenção de Lovelock, do Estado de Nevada, concedeu liberdade condicional ao ex-estrela de futebol americano, aos 70 anos. Ele deixou a penitenciária de Lovelock, em Nevada, em outubro de 2017, após nove anos preso.

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