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A compra da Activision Blizzard, dona de franquias de jogos eletrônicos como Call of Duty, pela Microsoft por US$ 69 bilhões foi aprovada pelo órgão antitruste do Reino Unido, removendo a última grande barreira regulatória que ainda impedia a conclusão do maior negócio já registrado no setor.

A autoridade britânica de regulação da concorrência (CMA, na sigla em inglês) e de mercado disse nesta sexta-feira que, após os últimos ajustes, a oferta da Microsoft para vender alguns direitos de jogos para a francesa Ubisoft Entertainment sanou todas as preocupações em termos de concorrência que ainda permaneciam.

A agência afirmou que a nova oferta vai preservar a competitividade de preços e a oferta de melhores serviços.

O acordo está sob avaliação há meses por ter escalado a preocupação de reguladores antitruste globalmente, incluindo o veto inicial da agência do Reino Unido. Depois, cresceu após a Microsoft ter superado o questionamento do Departamento de Comércio americano. Em maio, a União Europeia abriu caminho para o acordo mediante a aplicação de alguns remédios antitruste.

Com isso, o regulador britânico passou a ser o único ainda impedindo a concretização da transação entre a Microsoft e a Activision.

- Deixamos claro para a Microsoft que o acordo seria barrado a menos que eles apresentassem soluções para nossas preocupações e se comprometessem com nossos mecanismos nessa direção - disse Sarah Cardell, diretora executiva do órgão britânico.

Modificações na oferta

Ainda no segundo trimestre deste ano, a Microsoft apresentou uma versão revisada do acordo à agência do Reino Unido, num esforço final para conseguir a aprovação da transação - incluindo o blockbuster Call of Duty.

A Microsoft e a Activision concordaram em estender o prazo final para o fechamento da transação para o próximo dia 18 de outubro.

- Agora ultrapassamos a última barreira regulatória para fechar esta aquisição que acreditamos que irá beneficiar jogadores e a indústria de jogos mundialmente - afirmou Brad Smith, vice-presidente da Microsoft.

Uma vez fechado o acordo, a Microsoft assume algumas das franquias de jogos mais vendidas do mundo, como Call of Duty, Diablo e o jogo para celulares Candy Crush.

Nos últimos anos, a Microsoft vem adquirindo empresas de jogos num esforço de integrar títulos mais buscados ao seu ecossistema de consoles Xbox, aos computadores com sistema Windows, além do serviço de jogos por assinatura Game Pass.

Atualmente, a Microsoft é a terceira maior empresa em consoles de videogame, atrás de Sony e Nintendo.

Foco em jogos para celulares

Executivos da Microsoft disseram que o acordo abre caminho para a gigante de tecnologia entrar no mercado de jogos para celulares, avaliado em US$ 93 bilhões globalmente. Os reguladores do Reino Unido, porém, focaram no potencial da Microsoft dominar o nascente mercado de jogos em nuvem.

A União Europeia informou que as mudanças no acordo não precisarão passar por novas aprovações em Bruxelas, de acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira. A Comissão Europeia também disse que os ajustes pedidos pelo Reino Unido não interferem na situação da Microsoft na região.

O Departamento de Comércio americano vai continuar a questionar o acordo mesmo após seu fechamento, embora seja pouco provável que consiga barrar sua conclusão. A agência disse que dará prosseguimento a seu processo interno contra a aquisição.

Já a agência britânica afirmou nesta sexta-feira que identificou "preocupações residuais limitadas" com o acordo, mas que a Microsoft assumiu compromissos que tornam os termos da venda de direitos para a Ubisoft aceitáveis pelo órgão.

"A aprovação oficial do CMA é uma grande notícia para o nosso futuro com a Microsoft, estamos ansiosos para nos tomarmos partes do time do Xbox", disse um porta-voz da Activision.

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