Economia
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Por — Brasília

O mercado formal de trabalho fechou o primeiro trimestre com a criação de 719 mil empregos, considerando contratações menos demissões. O resultado representa alta de 33,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano de 2023, quando os novos postos com carteira assinada atingiram 536,8 mil.

Os dados consolidados são Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira. Foi a segunda melhor geração de empregos na série histórica iniciada em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19.

Em março, o saldo de emprego formal foi de 244,3 mil, acima do teto das projeções de instituições financeiras, gestoras de recursos e consultorias, monitoradas pelo Valor Data. O intervalo dessas estimativas variou de 110 mil a 224,4 mil. Considerando a série de 2020, foi recorde para o mês de março.

O estoque mensal de empregos formais no Brasil, até março desde ano, é de 46,2 milhões. No terceiro mês do ano anterior, o acumulado estava em 44,5 milhões. Ou seja, alta de 1,7 milhão.

— Com o resultado colhido no ano passado e nestes três primeiros meses do ano, tenho certeza que se não tiver um impacto tão negativo internacional, a economia brasileira vai crescer mais do que os chamados especialistas projetaram para esse ano — afirma Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, na coletiva para apresentar os números do Caged.

O mercado financeiro aposta, até o momento, em uma alta do PIB em 2,02% para o ano de 2024. Conforme dados do IBGE, a economia cresceu 2,9% em 2023.

Setores

O agrupamento de serviços representa cerca de 58% do saldo de empregos formais nos três primeiros meses do ano. A indústria, em segundo lugar, representa aproximadamente 21%. O setor de construção, em terceiro, 15%.

No mês de março, dos cinco grandes grupos da atividade econômica, quatro registraram saldos positivos (admissões menos demissões). Agropecuária teve queda:

  • Serviços (+148.722 postos);
  • Comércio (+37.493 postos);
  • Indústria (+35.886 postos);
  • Construção (+28.666 postos);
  • Agropecuária (-6.457).

No setor de serviços, há destaque para pessoas contratadas na jornada de até 30 horas semanais. Atividade financeira, imobiliária e serviços administrativos são algumas das áreas com maior contratação.

No saldo do trimestre por unidades da federação, todas somaram alta, com exceção do Maranhão (queda de 900 postos) e de Alagoas (queda de 12 mil).

O destaque é São Paulo (criação de 213,5 mil), Minas Gerais (88,4 mil) e Paraná (69,6 mil). O Rio de Janeiro está em sétimo lugar, com 43,4 mil vagas líquidas.

Salário e perfil

Também foi informado que o salário médio dos novos contratados foi de R$ 2.081,50 em março deste ano. Já descontando a inflação, houve queda de R$ 5,25 em relação ao mês anterior e alta de R$ 54,17 em relação a março de 2023.

De todas as vagas formais com carteira de janeiro a março, 55% foram para homens e 69% para pessoas com ensino médio completo.

O mercado formal de trabalho fechou o primeiro trimestre com a criação de 363,5 mil empregos para o público de 18 a 24 anos. Esse número representa 51% de todo o saldo dos postos com carteira assinada nos três primeiros meses do ano.

— O mercado de trabalho segue forte no país, reforçando a perspectiva de maior crescimento do PIB no primeiro trimestre. Projetamos atualmente a criação de 1,7 milhão de vagas em 2024, com o mercado de trabalho formal sendo importante suporte para um desempenho positivo de serviços e do consumo das famílias — avalia João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital.

Desemprego

Outra pesquisa sobre mercado de trabalho divulgada nesta terça-feira mostra aumento da taxa de desemprego. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, apontou que a taxa ficou em 7,9% em março, mas é a menor para o período em dez anos.

A Pnad tem um escopo diferente do Caged. Ela reúne dados de empregos formais e informais, é mais abrangente portanto. Ela traz dados coletados em regiões metropolitanas do Brasil - os pesquisadores vão a campo coletá-los - e as informações são trimestrais, não mensais como as do Caged. Neste último, os dados são os informados pelas empresas.

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