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Por — Rio de Janeiro

A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço de venda de gasolina para as distribuidoras a partir de amanhã. De acordo com a estatal, a alta será de 7,11%, ou R$ 0,20 por litro, para R$ 3,01.

É o primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a presidência da companhia, em maio. A estatal não aumentava o preço desde agosto do ano passado.

Apesar do aumento da Petrobras anunciado ontem, as refinarias privadas ainda estudam entrar na Justiça contra a estatal, alegando que a sua política de preços prejudica a concorrência.

O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, disse, no último sábado, que a associação, que responde por 20% da capacidade de refino no país, estuda acionar a companhia, com o argumento de que a estatal não repassa as variações internacionais do petróleo e do dólar aos preços dos combustíveis como gasolina e diesel.

Mesmo com o reajuste, ainda há defasagem em relação ao preço internacional, segundo a Abicom, associação dos importadores. Ontem, caiu de 18% para 10%. No caso do diesel, a diferença é de 13%.

— A Refina Brasil estuda acionar a Petrobras na Justiça porque a política de preços praticada pela empresa prejudica as refinarias privadas. É anticompetitiva e, por isso, é ilegal — disse Pinheiro no sábado.

Na segunda-feira, a Refina Brasil não se pronunciou. Mas, entre os associados, a leitura é que a situação não mudou, devido à pouca transparência da política comercial da estatal.

De acordo com um relatório divulgado pelo banco Itaú, os preços da gasolina da Petrobras estavam abaixo do limite inferior há três semanas consecutivas.

Também em relatório, o banco Goldman Sachs disse que continua a ver preços da gasolina abaixo da paridade internacional e com margens negativas.

“Por outro lado, acreditamos que as notícias de hoje (ontem) poderão reduzir, pelo menos parcialmente, as preocupações dos investidores relativamente a uma potencial intervenção política na política de preços”, afirmaram analistas do banco.

A Refina Brasil é formada pelas empresas Acelen, dona da refinaria da Bahia; Ream, que comanda uma unidade em Manaus; além de Dax Oil, Energy SSOil, Brasil Refino e 3R Petroleum. Juntas, elas somam 20% do mercado de refino, mesma participação dos importadores. A Petrobras é responsável pelos 60% restantes.

Mesmo com a alta do petróleo no último mês — o barril passou de US$ 77 para quase US$ 87 — e o avanço do dólar semana passada, quando chegou a ultrapassar R$ 5,65, as refinarias afirmam que ainda há a necessidade novos reajustes, de forma a equilibrar o preço praticado no Brasil em relação ao mercado internacional.

Defasagem nos preços

Ontem, antes do reajuste anunciado pela estatal, a Abicom, associação que reúne os importadores, apontava para uma defasagem de R$ 0,59 por litro de gasolina comercializada pela Petrobras.

— O reajuste não é suficiente para zerar a defasagem dos preços dos combustíveis — diz Sergio Araujo, da Abicom.

Para Pedro Rodrigues, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o reajuste nos preços da Petrobras é positivo porque reduz em parte a defasagem da gasolina e ajuda a reforçar o caixa da empresa em relação aos preços praticados no exterior. Porém, ele ressalta que o diesel continua com os preços abaixo do mercado internacional.

-- Apesar de reduzir a defasagem na gasolina, não resolve o problema, pois os preços continuam abaixo dos valores internacionais. Esse reajuste da estatal só mostra que a política de preços da companhia é negativa, pois mostra que isso é uma caixa preta e o mercado não sabe quando a estatal vai alterar os valores praticados no Brasil — afirmou Rodrigues.

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