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Por — Washington

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GERADO EM: 29/06/2024 - 16:28

Boeing negocia acordo por acidentes fatais

Boeing negocia acordo com o governo dos EUA para resolver acusações de acidentes fatais. Crise envolvendo jatos 737 Max e possível multa de US$ 24,8 bilhões. Novas acusações surgem após incidente com Alaska Airlines. Alta cúpula em xeque, empresa enfrenta desafios financeiros e de segurança.

A Boeing está em negociações com o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês, equivalente a um ministério do governo americano) dos EUA para resolver possíveis acusações decorrentes de dois acidentes fatais envolvendo seus jatos 737 Max, segundo pessoas familiarizadas com as negociações.

Os acidentes são anteriores ao incidente de janeiro passado, com um 737 Max 9 da Alaska Airlines, que levantou preocupações sobre os padrões de qualidade da fabricante americana e de seus fornecedores no processo de produção das aeronaves e jogou a gigante da aviação numa crise.

O acordo com o DoJ poderá ser anunciado já na próxima semana e espera-se que inclua a imposição de um monitor corporativo sobre a empresa, de acordo com as fontes, que pediram para não ser identificadas. Os procuradores do DoJ desejam apresentar acusações contra a Boeing, mas não está claro se a empresa concordará em se declarar culpada, disseram as fontes.

Acordo de 2021

As negociações giram em torno do acordo de suspensão de um processo de 2021, firmado entre a Boeing e o DoJ nos últimos dias da administração Donald Trump, após dois acidentes que resultaram na morte de 346 pessoas, no total. Alguns familiares das vítimas instaram o governo a apresentar acusações criminais, o que poderia ajudá-los a abrir novos processos contra a empresa.

Uma resolução do caso representaria um avanço para a Boeing, em meio à crise deflagrada em janeiro, que levou a um escrutínio mais rigoroso de reguladores, legisladores e clientes. Se um acordo for alcançado, a crise está longe de acabar.

As investigações sobre a explosão da fuselagem do jato 737 Max 9 da Alaska Airlines continuam. Um grande júri em Seattle, onde fica a fábrica da Boeing, poderia apresentar acusações adicionais.

Um porta-voz da Boeing se recusou a comentar, assim como o DoJ.

A alta cúpula da Boeing segue na berlinda, enquanto seu Conselho de Administração busca um novo diretor executivo, após o anúncio de que o CEO deixará o cargo.

US$ 8 bilhões em perdas

As finanças da empresa também estão sofrendo com a desaceleração na produção após o acidente, enquanto a empresa trabalha para reforçar a qualidade e retreinar os trabalhadores, sob a supervisão rigorosa da FAA, o órgão regulador da aviação nos EUA.

A empresa alertou que está caminhando para queimar cerca de US$ 8 bilhões em caixa durante o primeiro semestre de 2024, por causa da crise.

No acordo de 2021, os procuradores federais pareceram ser brandos com a Boeing ao permitir que a empresa evitasse acusações por enganar a FAA sobre mudanças feitas no 737 Max, que resultaram nos dois acidentes.

O DoJ chegou ao acordo de suspensão do processo, mediante uma multa de US$ 243 milhões, mas absolveu os executivos de alto escalão da Boeing de qualquer responsabilidade pelos desastres. O segundo acidente ocorreu depois que o CEO da Boeing na época assegurou ao público que o avião era seguro.

Como parte do acordo de 2021, a Boeing se comprometeu a melhorar sua estrutura interna de conformidade e controle, mas o governo não exigiu um monitor externo na época.

Novas acusações

A possibilidade de resolver de vez o caso referente aos dois acidentes fatais veio à tona dias após novas acusações serem reveladas por mais um ex-funcionário. Desde que a crise se instalou com o incidente de janeiro, acusações de problemas de segurança vêm sendo reveladas.

Na última quarta-feira, um mecânico terceirizado que trabalhou na linha de produção do 787 Dreamliner alegou que sofreu represálias após levantar preocupações sobre possíveis falhas que teria observado no avião, de acordo com um comunicado dos advogados que o representam como denunciante.

Richard Cuevas afirmou ter visto “práticas de fabricação e manutenção abaixo do padrão” no painel de pressão dianteiro do 787 – uma peça em forma de cúpula localizada no nariz do avião, crucial para manter a pressão da cabine, segundo um comunicado dos advogados Debra Katz e Lisa Banks.

Em 2023, Cuevas foi contratado por uma empresa terceirizada para trabalhar na Spirit AeroSystems Holdings Inc., na unidade da Boeing em Everett, no estado de Washington. O mecânico também trabalhou para um fornecedor da Spirit. Ele alegou ter testemunhado furos sendo perfurados de forma inadequada no painel do 787, de uma maneira que não estava de acordo com as especificações de fabricação da Boeing. As mudanças foram feitas sem a permissão da Boeing, disseram os advogados.

A Boeing afirmou em um comunicado que as alegações já tinham sido relatadas anteriormente e foram investigadas minuciosamente. A análise teria mostrado que os problemas levantados não representavam preocupações de segurança e foram corrigidos, disse a empresa, acrescentando que não se envolve nas decisões de contratação de pessoal de fornecedores subcontratados.

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