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Por — São Paulo

Um dia depois de o Senado ter aprovado a criação do Imposto de Importação de 20% para compras no exterior de até US$ 50 (cerca de R$ 260 pela cotação atual) por pessoas físicas, a gigante Temu, marketplace chinês presente em 18 países, começou a operar no país.

A plataforma de comércio eletrônico, que já aderiu ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal, promete agitar ainda mais a concorrência no crescente mercado de compras on-line brasileiro.

O que é a Temu?

Segundo informações da empresa, a operação começou nesta quinta, com frete grátis em todos os pedidos, além de devolução de produtos gratuita em até 90 dias. Mistura de Shein com Shopee, a Temu é conhecida por oferecer preços agressivamente baixos, num portfólio que vai de roupas a utilidades domésticas.

Como forma de atrair o consumidor, há ofertas relâmpago de R$ 1,99 e descontos variados neste primeiro dia de operação. Para compras acima de R$ 400, o desconto chega a R$ 50; compras acima de R$ 250 recebem R$ 35 de desconto e quem gasta mais R$ 175 tem desconto de R$ 15.

O que a Temu oferece?

O site anuncia peças de lingerie a partir de R$ 0,79 e calçados masculinos e infantis a partir de R$ 7. Além de roupas, a Temu oferece eletrodomésticos, bijuterias, óculos, entre outros produtos.

No exterior, a Temu é conhecida por seus pesados investimentos em marketing via influencers, para conquistar o público mais jovem. Na outra ponta, usa ferramentas de "gamificação", como pontos obtidos após determinado número de compras ou convites a novos usuários, que leva o cliente a acumular descontos.

O resultado é uma métrica melhor de engajamento de usuários, que chegam a ficar 22 minutos no site da Temu, contra uma média de 11 minutos na Amazon e 12 na Shein.

Jovens consumidores no alvo

“Apesar de o marketing pesado de influenciadores em mídia sociais da Temu ser conhecido por atingir principalmente consumidores mais jovens, a estratégia de preços baixos e os recursos viciantes de gamificação parecem ressoar também com usuários mais velhos”, escreveu a equipe de varejo do BTG em relatório recente.

Conforme reportagem do GLOBO, desde 2023 a Temu já vinha estudando o mercado brasileiro para trazer sua operação ao país, ampliando a competição com os também asiáticos Shein, Shopee e Aliexpress, mas também com a americana Amazon. Temu significa "Team Up, Price Down" (algo como "time para cima, preços para baixo") — uma abreviação do lema da empresa.

Em maio passado, a Receita Federal brasileira autorizou a Temu, que é a terceira maior plataforma de serviços digitais da China, a operar dentro do Remessa Conforme. As mudanças de regras que o governo federal está promovendo nas compras de até US$ 50 já eram esperadas pela Temu e não desestimularam a vinda da companhia ao Brasil, segundo uma fonte que acompanhou as negociações da empresa no país.

Embora menor que o mercado chinês e o dos EUA, o Brasil tem importância para essas plataformas pelo interesse do consumidor brasileiro nos preços mais baixos oferecidos em relação ao varejo tradicional nas plataformas on-line.

As compras on-line movimentaram R$ 185,7 bilhões no Brasil em 2023, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, um valor ínfimo se comparado ao US$ 1,2 trilhão que os chineses movimentaram no mesmo ano.

Modelo semelhante ao da Shein

A Temu nasceu em 2022, e em seu primeiro ano de vida, atingiu um valor de vendas de US$ 2,3 bilhões. Em maio passado, o e-commerce Temu apareceu como o 5º aplicativo mais baixado no mundo, atrás somente das redes sociais TikTok, Instagram, Facebook e Whatsapp, segundo ranking do site App Magic.

Na prateleira digital da plataforma chinesa há pelo menos trinta categorias de produtos entre eles beleza e saúde, casa e jardim, joias e acessórios, eletrônicos, sapatos e bolsas, esportes e atividades ao ar livre, artigos para animais de estimação, produtos para escritório e, claro, moda.

Em relatório divulgado no ano passado, quando já se esperava a entrada da Temu no Brasil, os analistas de varejo da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escreveram que a empresa tem um modelo de negócios semelhante ao da Shein, com algoritmos que ajudam os fabricantes chineses a entender rapidamente as necessidades dos consumidores, levando a maior precisão e eficiência na produção dos fornecedores.

"O posicionamento da Temu foca na relação de custo/benefício, com preços baixos, alavancados por fretes grátis e uma forte estratégia de descontos", escreveram os analistas da XP, lembrando que a Temu traz menos risco às varejistas tracionais de roupas pela sua diversidade de produtos.

Dona é a Pinduoduo

A Temu pertence à Pinduoduo (PDD Holdings), uma gigante chinesa do ramo de tecnologia, que opera plataformas de comércio eletrônico, desde 2015. Seu fundador é Colin Huang, ex-executivo do Google China. Ela permite que as pessoas façam compras em grupo, conseguindo descontos elevados com essa escala.

O nome Pinduoduo vem de pin (juntos) e duo (muito), o que significa “unindo muitas pessoas”. O sucesso foi tanto que Huang tornou-se o terceiro homem mais rico da China desde que criou o negócio. A Temu foi fundada como braço internacional do negócio.

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