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Por — Rio

A Enauta, dona de campos de petróleo em alto-mar, apresentou proposta para combinar seu negócios com a 3R, petroleira dona de diversas áreas em terra e mar. A 3R vai analisar a operação. O movimento faz parte de um processo de consolidação que é esperado para o segmento com as petroleiras de médio porte, as chamadas junior oils.

É a segunda vez neste ano que a 3R é alvo do interesse de rivais em uma fusão. Recentemente, a Maha Energy propôs a combinação dos ativos em terra das duas petroleiras em que tem participação acionária no Brasil: a 3R e a PetroReconcavo.

Segundo fontes, a proposta foi bem recebida na 3R, que deve dar a resposta em duas semanas.

Em comunicado, a Enauta disse que a fusão com a 3R vai permitir um portfólio diversificado e uma maior musculatura para reduzir os custos de investimento. Fontes acreditam que as duas empresas podem gerar uma sinergia de US$ 1,5 bilhão. A empresa combinada terá produção potencial de 100 mil barris de óleo equivalente (boe) nos próximos cinco anos. Hoje, extraem juntas 67,7 mil boe por dia.

3R teria 53% do negócio

A Petrobras, por exemplo, tem produção mensal de 2,8 milhões de boe por dia, seguida da Shell (com 460,7 mil boe/d), Total (179,3 mil boe/d) e Petrogral (121 mil boe/d). Segundo especialistas, o movimento de fusões e aquisições no setor é uma tendência que tende a ganhar força.

Décio Oddone, presidente da Enauta e ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), afirma que o objetivo é que as empresas se tornem mais resilientes para enfrentar a oscilação do preço do petróleo.

— A gente vê muito valor nessa combinação. A ideia é que seja uma empresa mais diversificada, reduzindo o custo de capital. A união cria uma empresa no Brasil para ser um consolidador relevante. A combinação cria uma empresa com portfólio mais balanceado, sem concentração em um determinado tipo de ativo e que esteja em todo o ciclo do petróleo, com ativos sendo desenvolvido e em produção sem abrir mão de novas reservas — explica Oddone.

A própria Enauta lembra que, após a conclusão eventual do negócio com a 3R, há chance de se buscar sinergias operacionais identificadas pela Maha com a combinação dos campos em terra com a PetroReconcavo, com ativos na Bahia e no Rio Grande do Norte. A companhia mira o crescimento internacional “para liderar a consolidação de oportunidades nos segmentos de atuação na América Latina”.

Outra empresa que busca oportunidades no setor é a construtora Azevedo & Travassos. Ela relançou a A&T Petróleo, que já assinou memorando de entendimentos com empresas do setor. A Prio, que comprou diversos ativos da Petrobras nos últimos anos, também não descarta aquisições no mercado, dizem fontes.

— A fase de fusões e aquisições no Brasil veio agora para ficar — diz Marcio Felix, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes (Abpip).

Segundo a Enauta, a proposta é que a 3R incorpore suas ações através da emissão de novos papéis. A ideia é que a 3R fique com 53% do capital social da nova companhia e os acionistas da Enauta com 47%. O prêmio com a operação, diz a Enauta, seria de 12%.

Em março, a Enauta vendeu para a Westlawn Americas Offshore 20% de participação no BS-4, concessão que inclui os campos de Atlanta e Oliva, por US$ 301,7 milhões. Em 2023, vendeu áreas no Espírito Santo e comprou da Petrobras os campos de Uruguá e Tambaú, na Bacia de Santos, e o FPSO Cidade de Santos. Adquiriu 23% dos campos e Abalone, Ostra e Argonauta, na Bacia de Campos.

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