LER — O Festival do Leitor oferece atrações que vão de música a bate-papos com artistas e escritores

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Um dos participantes mais ativos do LER, o jornalista e escritor Eduardo Bueno estará em várias mesas ao longo da semana: numa delas, sozinho, e em outras com Nelson Motta, Marisa Monte, Fernanda Abreu e a coreógrafa Deborah Colker.

— Fui o editor de um livro do Nelson chamado “101 canções que tocaram o Brasil”, que foi também para a TV. Então, a gente vai conversar sobre como as músicas ajudaram a fazer a trilha sonora do Brasil, com a história influenciando a música e a música influenciando a história — adianta ele. — Sozinho, vou falar do meu trabalho no YouTube, dos meus livros e dessa popularização da História justamente por esse viés pop. Com a Marisa, a gente vai falar do fato de ela ter sido escolhida doutora honoris causa em São Paulo. Com a Deborah, vai ser sobre a história do corpo no Brasil e, com a Fernanda, a mesma coisa só que passando pelo funk.

Fernanda Abreu e Eduardo Bueno estarão na mesa “Batuque, samba, funk”, na quarta-feira, às 20h, com a coreógrafa Taisa Machado.

— É para falar sobre dança, erotização, bunda, rebolado e tal, mas também sobre política, que, como a gente tem visto durante todos esses anos, está completamente dentro do assunto. — acredita Fernanda.

A mesa sobre funk faz parta do Encontro do Educador, no qual, segundo a diretora executiva do LER, Bruna Reis, “a gente fala um pouco de formação de professor, de que forma a literatura pode ajudar dentro desse processo em sala de aula”.

Uma atração que é testemunha do quanto a educação é fundamental é o humorista Helio de La Peña, que amanhã, às 18h30, no Café do Livro do Armazém 4, apresenta a palestra “A vida é um livro aberto”.

— Vou falar sobre a importância da educação na minha vida e no meu progresso profissional e social. Tudo que estou fazendo hoje é para retribuir de alguma forma esse legado que a educação me proporcionou — diz. —Hoje mantenho duas bibliotecas comunitárias, uma no Complexo do Caju, outra no Morro da Babilônia. Nelas, incentivamos a leitura para, de alguma forma, contribuir para uma elevação da qualidade da educação para jovens e crianças de condições sociais mais difíceis e precárias.

A diretora executiva do LER explica que o lema nesta quinta edição é justamente “ler para educar, educar pra ler”. Bruna Reis diz ainda que, em 2024, o festival segue firme “com o seu propósito de transformar e de formar novos leitores”.

— E ele faz isso através de diferentes formas de linguagem da cultura, unindo literatura e educação para que a gente possa ter cada vez mais apaixonados pelo livro e pela literatura de uma maneira geral — diz Bruna. — Nesta edição, a gente faz isso com mais de 70 palcos e espaços, mostrando o que de mais bacana está sendo feito para todas as faixas etárias

Como parte da programação desta segunda no evento, no Café do Livro, no Armazém 4, às 14h30, os escritores Jeferson Tenório e Taiane Santi Martins falam sobre o tema “onde nasce o romance”; às 18h30, os escritores Michel Laub e a Luize Valente debatem o judaísmo pela ótica da inspiração; e, às 19h30, a historiadora Mary Del Priori e a atriz Maitê Proença conversam sobre a História sob uma perspectiva feminina.