Cultura
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Por — São Paulo

A prefeitura de São Paulo chegou a um valor a ser pago pelo terreno onde, futuramente, poderá ser instalado o Parque do Rio Bixiga, em terreno vizinho ao Teatro Oficina, na região central da capital paulista.

De acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) o valor oferecido ao Grupo Silvio Santos (GSS), proprietário do espaço, para a compra foi de pouco mais de R$ 65 milhões. Inicialmente, o conglomerado de empresas aceita a venda por esse montante, o que seria um avanço importante para a instalação do parque. Será necessário, contudo, aguardar os trâmites legais para que a compra seja concluída.

Incialmente, o GSS indicou que venderia o espaço pelo valor de R$ 80 milhões. Após análises da prefeitura (encomendadas por Nunes), ficou definido que o valor de R$ 65 milhões seria mais compatível com o real valor do terreno.

Para que o equipamento público saia do papel, contudo, será necessário que o Projeto de Lei que define sua instituição avance na Câmara dos Vereadores de São Paulo. A primeira votação sobre o tema ocorreu ontem, terça-feira, e teve 46 votos favoráveis e nenhum contrário. Uma segunda votação ainda é necessária.

Procurado, o GSS ainda não confirma o aceite do valor. Se a compra for concluída, será o fim de uma disputa de ao menos 40 anos para concluir o destino do terreno que, atualmente, abriga somente um estacionamento de carros.

A vontade inicial do GSS seria de instalar um conjunto residencial no endereço. A companhia teatral vizinha ao terreno, contudo, acredita que a construções de espigões de apartamento no endereço comprometeriam a experiência na arena de espetáculos. Vale dizer que o Oficina foi projetado pelos arquitetos Lina Bo Bardi (1914-1992) e Edson Elito.

O mais recente episódio da disputa pelo endereço ocorreu no começo do ano, quando o GSS mandou emparedar dois arcos cênicos que fazem parte da construção do Oficina. Na mesma operação, foi retirada uma escada de acesso que unia a arena de espetáculos ao parque. A alteração (feita sem aviso prévio ainda nas primeiras horas da manhã) foi feita sem aviso prévio e posteriormente questionada pelo Iphan, por tratar-se de um endereço tombado.

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