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Liniker toca no Rio e fala sobre carreira: 'É preciso manter os pés no chão'

Cantora se apresenta na Varanda do Vivo Rio com músicas do álbum 'Remonta'

Em novembro, Liniker celebrou o lançamento de “Remonta”, seu primeiro disco, no Circo Voador
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Agência O Globo
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Fred Borges
Em novembro, Liniker celebrou o lançamento de “Remonta”, seu primeiro disco, no Circo Voador Foto: Agência O Globo / Fred Borges

RIO — Não faz muito tempo que Liniker, de 21 anos, deixou sua vida “normal” em Araraquara, no interior de São Paulo, e foi atrás de seu sonho — ganhar a vida com a música. Desde 2015, quando viralizou com os sucessos de “Cru”, seu primeiro EP, ela, que se apresenta hoje na Varanda do Vivo Rio, só tem visto seu sucesso crescer — e seu tempo livre, consequentemente, diminuir. Talvez por isso seja tão difícil conquistar um espaço na agenda da cantora (que concedeu a entrevista dentro de um táxi, entre um compromisso e outro). Querendo ou não, chegou o momento em que seu trabalho e sua vida pessoal começam a se confundir, mas ela garante: “é preciso manter os pés no chão”.

— Se a gente ficar nessa coisa de ser uma pessoa pública, a gente não vive e acaba achando que é só aquilo. O mais importante é ter saúde, sentir e ser de verdade, porque eu estou aqui mesmo é para cantar — conta Liniker, que diz que ser uma celebridade não vem com manual de instrução.

Voltando de 20 dias de férias, em que “foi dar uma volta, se meter no meio do mato”, a cantora afirma que essa pausa foi fundamental para retornar aos palcos com mais energia.

— Foi bom deixar esse cordão desligado por um tempo, até para deixar o processo criativo fluir. Agora, voltamos ao Rio mais calibrados e com uma energia totalmente renovada — acrescenta.

Na primeira vez que se apresentou na cidade, há um ano, Liniker ainda era tratada como “promessa do soul e da black music”, e abria o show para Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci. Agora, sabe que sua responsabilidade é maior, e avalia seu crescimento como um processo que ainda está em construção.

— Nós não imaginávamos que chegaríamos ao nosso primeiro show solo no Circo Voador ( em novembro do ano passado ) e as pessoas saberiam cantar todas as músicas. Aquilo foi um acontecimento, ficamos muito surpresos — conta a jovem, que já apresentava as canções do álbum “Remonta”, de 2016, antes mesmo de seu lançamento. — Não acho que ( o lançamento tardio do álbum ) atrapalhou. Na verdade, isso serviu para mostrar que o negócio ficou grande.

SERVIÇO

Onde: Varanda do Vivo Rio. Av. Infante Dom Henrique 85, Aterro do Flamengo.

Quando: Qui, às 23h.

Quanto: R$120.

Classificação: 18 anos.