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Por Lucas Salgado — Rio de Janeiro

Após fazer sua estreia na direção com “Ódiquê?” (2004), drama com Alexandre Moretzsohn, Cauã Reymond e Dudu Azevedo sobre jovens de classe média que entram para o mundo do crime, Felipe Joffily, hoje com 47 anos, ficou conhecido pelo trabalho em comédias de sucesso como “Muita calma nessa hora” (2010), “E aí... comeu?” (2012) e “Os caras de pau em o misterioso roubo do anel” (2014), os três em parceria com o produtor Augusto Casé. Na sequência, o diretor levou a experiência no humor do cinema para a TV, trabalhando na série da Globo “Tá no ar” (2014-2019), com Marcelo Adnet.

Agora, Joffily retorna aos cinemas para um projeto que reúne seus dois antigos parceiros, Casé e Adnet. Trata-se de “Nas ondas da fé”, comédia em cartaz desde quinta-feira sobre Hickson (Adnet), homem simples de classe média que vive dos mais diversos bicos, trabalhando como técnico de informática e locutor de carro de telemensagem para tentar dar uma vida melhor para ele e a mulher, Jéssika (Letícia Lima).

As falhas de cada um

Ao arrumar emprego como ajudante de uma rádio evangélica, Hickson passa a chamar a atenção com seu carisma e sua desenvoltura. Com pouco tempo, acaba sendo um dos apresentadores da rádio e assumindo a função de pastor. Passa, então, a conquistar a admiração das pessoas, mas também a inveja de colegas da rádio.

— É um personagem muito brasileiro, comum, falho. É uma pessoa da qual você pode admitir os erros, e ao mesmo tempo caminhar ao lado dela. A malandragem brasileira muitas vezes também é uma resistência, uma forma de existir. Não queria que o personagem fosse um Macunaíma, que fosse a cara da lei de Gérson, mas ele carrega um pouco tudo isso — diz Joffily.

Letícia Lima, Felipe Joffily e Marcelo Adnet durante as filmagens de 'Nas ondas da fé' — Foto: Peter Wrede/Divulgação
Letícia Lima, Felipe Joffily e Marcelo Adnet durante as filmagens de 'Nas ondas da fé' — Foto: Peter Wrede/Divulgação

O diretor reforça que o objetivo do longa nunca foi fazer piada com a população evangélica, mas rir ao lado dela. O alvo são aqueles que exploram a fé dessas pessoas.

— Fizemos este filme com o maior cuidado possível, por respeito à fé religiosa — diz Joffily, que conta que os produtores já têm planos para uma continuação. — A ideia original sempre foi fazer dois filmes. Por um período até pensamos em rodar ao mesmo tempo, o que acabou não acontecendo. Vamos ver como o filme se sai, mas sempre foi pensado para ter uma continuação.

Nesta quinta, uma semana após o lançamento de “Nas ondas da fé”, Joffily chega aos cinemas com outra comédia dirigida por ele: “Fervo”. O longa acompanha um casal de arquitetos que compra um casarão abandonado e decide fazer uma reforma. Com o tempo, os novos proprietários descobrem que o espaço era palco de luxuosas festas LGBTQIA+. Além disso, começam a viver experiências sobrenaturais e passam a ver três fantasmas que costumavam frequentar o local.

Joffily se preocupa ao ver os dois projetos chegando praticamente juntos aos cinemas.

— Foi uma coincidência pós-pandêmica, culpa dessa demanda reprimida por que passou o cinema. É interessante ter dois filmes ao mesmo tempo, mas preferiria que tivessem chegado em momentos diferentes. Pessoalmente, pode ser bom para chamar a atenção para o meu nome, mas, pensando nos filmes, acho que não é muito produtivo, pois um pode canibalizar o outro.

“Fervo” conta com as presenças de Felipe Abib, Georgiana Góes, Rita von Hunty, Gabriel Godoy, Renata Gaspar e Paulo Vieira no elenco, além das participações especiais de Julia Lemmertz, Tonico Pereira e do próprio Adnet.

Desde que terminou as filmagens do longa, no início de 2020, pouco antes da pandemia, Joffily viu um de seus atores, Paulo Vieira, ganhar fama na comédia nacional. Os dois se conheceram na retrospectiva de humor da Globo, “A gente riu assim” (2019), quando o diretor falou sobre o projeto com o comediante e ele aceitou de cara.

— O Paulo foi muito bom para o filme e espero que o filme seja bom para ele. Acredito que pode ser o início de uma parceria no cinema. Ainda quero fazer alguma coisa com ele como protagonista — afirma o diretor. — Não acho que ele é só cara do momento, ele é o cara de agora, mas também tem muito chão pela frente. O Paulo tem habilidade para ser um novo Jô Soares. Ele tem um aspecto muito amplo, um alcance popular. Já está na categoria dos grandes comediantes brasileiros.

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