Cultura

Após denúncias, servidores do Theatro Municipal se reúnem com Comissão de Cultura da Alerj

Deputados irão solicitar reunião com presidente do teatro e com secretária estadual de Cultura, Danielle Barros
Plateia do Theatro Municipal vista do palco Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Plateia do Theatro Municipal vista do palco Foto: Ana Branco / Agência O Globo

Após denúncias sobre as más condições de algumas das instalações do Theatro Municipal e a necessidade de reposição dos corpos artísticos através de concursos, nesta quarta-feira (11) a Comissão de Cultura da Alerj recebeu representantes dos servidores da casa para ouvir os relatos sobre os problemas existentes. Presidente da Comissão, o deputado Eliomar Coelho (PSOL) disse que, a partir do que foi informado, será solicitada uma reunião com a presidente do Municipal, a historiadora Clara Paulino, e a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio, Danielle Barros.

—O Municipal, na verdade, vem sofrendo há muito tempo com vários desses problemas, que são reflexo da redução do orçamento para o seu custeio. É urgente a realização dos concursos, para resolver as lacunas dos corpos artísticos — comenta Coelho. — Também queremos propor emendas destinadas ao Municipal, acredito que a Alerj será sensível a estas necessidades.

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Sobre as vagas abertas, Clara Paulino informou na terça ao GLOBO que fez a solicitação ao governo em outubro e que seu impacto financeiro está sendo avaliado pela assessoria de planejamento do teatro.

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O deputado disse que os relatos ouvidos ontem geraram preocupação em relação à segurança do público e dos corpos artísticos:

— Não se pode arriscar que um bailarino se machuque porque o piso do palco não tem um sistema de amortecimento adequado, ou que o público não seja recebido em plenas condições. O Theatro Municipal é uma referência da cultura carioca para o Brasil e o mundo, não podemos deixar que este patrimônio seja ameaçado.

Em 2019, na gestão do presidente Aldo Mussi, foram arrecadados US$ 68 mil para a compra de um amortecedor que possibilitaria coreografias mais seguras, mas o piso nunca foi trocado e não se sabe o destino do dinheiro. Clara Paulino, que assumiu o teatro em fevereiro deste ano, informou ao GLOBO que desconhecia a informação até semana passada e que está tentando localizar o dinheiro.