A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quinta-feira, mais duas mortes por leptospirose no estado, desde o início das enchentes. Com os óbitos ocorridos em Cachoeirinha e Porto Alegre, o número de mortos subiu para quatro. No total, 54 casos da doença foram registrados neste mês.
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A vítima da capital gaúcha foi identificada como um homem de 50 anos, falecido no dia 18 de maio. Já o morador de Cachoeirinha que contraiu a doença, um homem de 56 anos, morreu um dia antes. Ambos os casos foram confirmados após o resultado positivo da amostra analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre.
A segunda morte, de um residente do município de Venâncio Aires, foi confirmada nesta terça-feira. A vítima foi identificada como um homem de 33 anos, morador da região central da cidade. Segundo familiares, ele teria entrado em contato com a água das enchentes, apesar de adotar cuidados necessários, como o uso de botas. Outros dois casos na cidade que também testaram positivo já estão recuperados. Em 2024, até o momento, nove casos da doença foram confirmados, no município.
Nesta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul confirmou a primeira morte por leptospirose após o início das chuvas. Eldo Gross, de 67 anos, era da cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari.
Antes dos temporais, o estado já havia registrado, somente em 2024, 129 casos e seis mortes por leptospirose. Em 2023, foram 477 casos e 25 mortes.
Quais são os sintomas da leptospirose?
Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (principalmente na panturrilha), e calafrios. A Secretaria da Saúde reforça ser imprescindível buscar ajuda médica assim que os sintomas surgirem. Eles aparecem, em geral, de cinco a 14 dias após a contaminação.
Devido às enchentes, os casos suspeitos de pessoas que tenham tido contato com alagamentos devem ser tratados com medicação imediata. A partir do sétimo dia do início dos sintomas, as unidades de saúde devem coletar amostras para serem examinadas no Lacen. A automedicação não é recomendada.