Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Por Míriam Leitão

O salão nobre do Planalto lotado na posse de Celso Sabino no Ministério do Turismo tem muitos significados. Os políticos do Centrão quiseram mostrar o prestígio e força desse movimento de entrada de partidos da base de Bolsonaro, como PP e Republicanos, na base do governo Lula. O presidente da Câmara, Arthur Lira, participou do evento e conversou amigavelmente com o presidente Lula. Tudo é jogo de informações e imagens.

O presidente está demorando com a reforma ministerial, porque qualquer mexida na Esplanada é um peso para ele. Ao agradar a uns, desagrada a outros. Depois que termina a reformulação, sempre há o choro de descontentes, o que desgasta o governo.

No caso do Ministério do Turismo, o presidente Lula conseguiu fazer um omelete sem quebrar ovos. O grupo que saiu com a ministra Daniela Carneiro, liderado pelo prefeito de Belford Roxo, Waguinho, estava mais interessado nas compensações no Rio de Janeiro do que no cargo em Brasília.

Por outro lado, conseguiu manter Marcelo Freixo na Embratur, o que deixou a esquerda atendida, nesse caso. Além disso, Freixo tem um excelente plano para a área, na perspectiva da indústria do turismo, da criação de empregos e movimentação financeira.

Para Sabino e o União Brasil, a vantagem foi manter o Ministério, que é considerado pequeno, mas potencializado por ser uma grande vitrine.

Este é o começo da reforma e o presidente ainda terá que conseguir espaço para mais dois nomes no ministério: André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos). Mas outros pedidos do grupo de Lira têm um preço muito alto: acho difícil, por exemplo, que o presidente entregue o ministério de Desenvolvimento Social, que é o coração da política social do PT. O fato é que Lula tem que terminar esse xadrez durante o mês de agosto e o mais rápido possível já que há informações que Lira está atrasando a votação do arcabouço até o fim da reforma ministerial.

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