'Anarquistas, Graças a Deus' foi concebida originalmente como novela para o horário das 18h. A emissora também cogitou lançar a história às 20h, indo ao ar após o término de 'Sol de Verão', cujo final foi antecipado por causa da morte do ator Jardel Filho. A equipe chegou a gravar a trama como novela, mas o programa só foi exibido um ano depois e em formato de minissérie.
O elenco de 'Anarquistas, Graças a Deus' teve aulas para exercitar o sotaque do norte da Itália, uma exigência do diretor Walter Avancini.
Filmes antigos da época da imigração, trazidos de Roma, ajudaram a contextualizar a trama ambientada no início do século XX.
Zélia Gattai autora do livro Anarquistas, Graças a Deus, 1984 — Foto: Eduardo França/Globo
Ao contrário de seu marido, Jorge Amado, que declarava não gostar de assistir a suas histórias na TV, Zélia Gattai acompanhou toda a série e gostou do resultado. A autora elogiou o desempenho do ator Ney Latorraca, que deu vida a seu pai, Ernesto Gattai. Através de um telegrama, o parabenizou pela interpretação, dizendo que o pai certamente ficaria orgulhoso em se ver na televisão.
Débora Duarte e Ney Latorraca em Anarquistas, Graças a Deus, 1984 — Foto: Eduardo França/Globo
Em função da minissérie, o livro de Zélia Gattai teve as vendas aumentadas em 15 vezes.
'Anarquistas, Graças a Deus' foi tema de inúmeras reportagens na imprensa italiana.
A minissérie foi reapresentada de dezembro de 1985 a janeiro de 1986, às 16h50, em versão compacta.
Em 2008, a minissérie foi lançada em DVD e foi vendida para vários países, como Angola, Argentina, Bolívia, Estados Unidos, Itália, Honduras, Portugal, Suíça e Venezuela.
Prêmios
Pela minissérie, o diretor Walter Avancini recebeu o prêmio Presença da Itália no Brasil, em 1985, entregue durante as comemorações da Festa Nacional Italiana, em São Paulo, no Círculo Italiano. Os atores Ney Latorraca, Débora Duarte e Daniele Rodrigues também foram homenageados na cerimônia.