![Abertura da minissérie 'A Muralha' (2000). Abertura da minissérie 'A Muralha' (2000).](https://cdn.statically.io/img/s02.video.glbimg.com/x240/2228065.jpg)
Abertura da minissérie 'A Muralha' (2000).
Minissérie baseada em obra homônima de Dinah Silveira de Queiroz. A trama se passa por volta de 1600, época em que os bandeirantes buscavam terras cultiváveis, riquezas e índios para serem vendidos como escravos. A muralha do título refere-se à serra do Mar, o maior obstáculo às incursões ao centro do país. Do outro lado da muralha, nas cercanias da vila de São Paulo, na fazenda de Lagoa Serena, mora Dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), um patriarca que lidera sua família e sua bandeira com muito trabalho e sacrifício. Sua luta principal é dominar e vender mão-de-obra indígena, adquirida através das empreitadas feitas ao interior. Nisto se difere de seu filho Tiago Olinto (Leonardo Brício), que vê na conquista do ouro a grande razão para seu empenho pessoal. Criado no Colégio dos Jesuítas, Tiago é contra a dominação e o desrespeito aos índios, o que torna o conflito entre ele e seu pai inevitável.
Autoria: Maria Adelaide Amaral | Escrita por: Maria Adelaide Amaral, João Emanuel Carneiro e Vincent Villari | Direção: Denise Saraceni, Carlos Araújo e Luís Henrique Rios | Direção-geral: Denise Saraceni | Direção de núcleo: Denise Saraceni | Período de exibição: 04/01/2000 – 31/03/2000 | Horário: 22h30 Nº de capítulos: 51
Trama
Junto de Dom Braz em suas aventuras está também Afonso Góis (Celso Frateschi), seu genro, casado com Basília (Deborah Evelyn), sua filha. O casal padece da dor da perda do filho Pedro, que desapareceu, aos 13 anos, durante uma expedição com o pai. Rosália (Regiane Alves), a caçula de Braz, é uma jovem determinada, que se dispõe a largar tudo quando se apaixona de verdade por Bento Coutinho (Caco Ciocler), que trabalha na bandeira de seu pai.
Bastidores
'A Muralha' passou por três adaptações antes de inspirar a produção da Globo. Foi ao ar em 1958, na TV Tupi; em 1963, na TV Cultura; e em 1968, na TV Excelsior. Na Globo, a exibição de 'A Muralha', em 2000, fez parte dos eventos comemorativos em função dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
Diferentemente do romance de Dinah Silveira de Queiroz, e das adaptações televisivas anteriores, a minissérie de Maria Adelaide Amaral não foi ambientada no século XVIII, mas no final do século XVI. A mudança decorreu menos da vontade da autora do que da programação da TV Globo. Na ocasião, a emissora iria produzir cinco minisséries – o que acabou não acontecendo –, cobrindo a história do Brasil desde 1500. Escolhidos as obras e os autores que assinariam as respectivas produções, Maria Adelaide Amaral decidiu contar ao telespectador o período histórico inaugurado com o ciclo dos bandeirantes paulistas. Para tanto, ela recuou a trama original de A Muralha até a história dos avós daqueles personagens mostrados no livro de Dinah Silveira Queiroz. Em seguida, com o cancelamento das demais minisséries previstas inicialmente e o aumento no número de capítulos de A Muralha, Maria Adelaide Amaral optou por criar novos núcleos e personagens, como o padre Miguel, a índia Moatira e Dom Jerônimo.
Fonte