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Por Emerson Rocha — Petrolina


Há mais de 20 anos, um grupo de servidores da justiça de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e de Juazeiro, no Norte da Bahia, tem um encontro sagrado. Eles se reúnem durante dois dias da semana para jogar bola. O “Baba da Justiça”, disputado nas tardes de quarta-feira e nas manhãs de sábado, no Clube da Ilha do Sol, virou um espaço de confraternização e uma maneira de aliviar o stress do dia a dia.

Parte dos jogadores do Baba da Justiça — Foto: Lindomar Batista Medeiros / Arquivo pessoal

– Quando está no horário do baba, a gente solta tudo que pode ali dentro – confessa o agente de proteção da Vara da Infância de Petrolina, Lindomar Batista Medeiros, 50 anos, responsável por enviar a história do Baba da Justiça para o GloboEsporte.com.

O baba, composto por 60 sócios, tem espaço para os diversos seguimentos que atuam na justiça. Tem juiz, promotor, policial. O espaço também é aberto para os convidados, com uma condição, como lembra bem Lindomar.

– Não olhamos para a classe, olhamos conduta. Se teve boa conduta é aceito.

Apesar do número de 60 sócios, nem todos conseguem participar do baba. Para jogar, existe uma regra simples: a ordem de chegada.

– Tem o limite de 32 pessoas, formando quatro times. Quem chegar depois, fica de fora. Vai só assistir – destaca Lindomar.

Mesmo sendo um momento de descontração, Lindomar garante que ninguém quer sair derrotado no baba. A turma leva o negócio a sério.

- Tem aquela coisa de não querer perder. Ninguém quer. Eu vou mais para tirar o lazer. Aí, os caras reclamam e dizem que não tenho sangue – confessa.

E com toda rivalidade e vontade de ganhar, no baba da justiça pode xingar o juiz?

- É o que mais acontece – entrega Lindomar.

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